Maratona Oscar: Dune parte 2/Diego Uzeda

Maratona Oscar: Dune parte 2/Diego Uzeda

Duna 2 não é simplesmente mais do mesmo como muitas continuações. É o tipo de filme que faz muita diferença entre assistir na tela grande e em casa. Villeneuve usou tudo que podia em imagem e som ao fazer gente que nem era tão interessada assim na saga a grudar o olho na tela e tentar entender todo aquele universo, que apesar de muitos não saberem foi escrita nos anos 60 dando base a muitas outras histórias que estiveram na imaginação das últimas gerações de fãs.

A mítica jornada de Paul Atreides continua numa estória que remete a outros contos que falam da profecia de um futuro Messias. A vida na areia e a jornada junto com os Fremen apresenta uma nova realidade para Paul e sua mãe Jessica -que recebe a liderança espiritual do povo de areia, sendo ela própria a descendente de uma longa linhagem das “feiticeiras” Bene Gesserit.

Ao começar o romance com a Fremen chamada Chani, o suposto Messias causa espanto ao dominar um grande verme de areia e demonstrar a promessa de ser o escolhido. Os efeitos e os visuais de Duna 2 fazem com que a realização do filme nem se compare a obra de David Lynch de 1984, realmente tudo muito hipnotizante e que te traz dentro da estória mostrando com realismo toda essas trama. Realmente imperdível e acho que todos estão ansiosos para a continuação. 

Indicações para o Oscar Duna 2:

  • Melhor Filme
  • Melhor Design de Produção
  • Melhor Som
  • Melhores Efeitos Visuais
  • Melhor Fotografia

Maratona Oscar: A Verdadeira Dor/Anna Barros

Maratona Oscar: A Verdadeira Dor/Anna Barros

A Verdadeira Dor, filme de Jesse Eisenberg que também escreveu o roteiro é um filme delicado e sensível que fala de Holocausto mas num contexto do relacionamento de dois primos David e Benji, que acabam se distanciando.

Kieran Culkin como o primo Benji está sensacional com as doses certas de tristeza e euforia que compõem o seu personagem que passou por um período de depressão após a morte da avó e topa fazer essa jornada com seu primo workaholic David que trabalha com vendas na internet, casado, pai de uma filha.  A impressão é que Benji sofre de bipolaridade.  Parte de David a ideia de fazer esse resgate através dessa viagem até a Polônia para prestar uma homenagem à terra da avó de quem era ligado e para animar e elevar a moral do primo, mesmo sabendo dos conflitos que eles têm e que a experiência possa ser deveras dolorosa.

Os outros membros da excursão são judeus também como eles e Benji se desentendeu com alguns mas no fim acaba cativando a todos. Ele se relaciona com Márcia de forma intensa, crítica o guia de turismo mas acaba deixando marcas nas vidas de todos, inclusive na de seu primo David. O guia de turismo até aceita as críticas construtivas de Benji.

Chorei no filme porque ele realmente me conquistou. Assim como Zoe Saldana em Emília Perez, Kieran Culkin é a grande barbada só Oscar em Melhor Ator Coadjuvante mesmo concorrendo com os ótimos desempenhos de Edward Norton em Um Completo Desconhecido e com Guy Pearce em O Brutalista. Eu não gostei do Yura Burisov, de Anora.

O momento mais emocionante é quando os primos visitam Auschwitz, o campo de concentração. Também fiquei tocada com o fim do filme porque o Benji fica no aeroporto mais tempo e dispensa um almoço com David e sua família.

Vale muito a pena assistir à esse filme e aplaudir de pé a atuação de Kieran Culkin que também disputa a estatueta com seu companheiro de Succession, Jeremy Strong que concorre por O Aprendiz.

Kieran já ganhou o Globo de Ouro, Crítics Chove, Bafta, SAG Awards.

Digno de nota é Jennifer Grey de Sorry Dancinha como Márcia.

O filme também concorre a Roteiro Original, escrito por Jesse Eisenberg e é favoritaço. Seu maior concorrente é A Substância. Os outros fortes candidatos nessa categoria são Anora e O Brutalista.

5/5 poltronas

Maratona Oscar: Quatro Paredes/Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar: Quatro Paredes/Cesar Augusto Mota

A expressão “nadar contra a maré” nunca fez tanto sentido, principalmente nas sociedades em que mulheres oprimidas lutam contra sistemas patriarcais e opressores que a desacreditam e até mesmo a ridicularizam. No documentário escrito e dirigido por Shiori Ito, “Quatro Paredes” irá registrar a luta incessante de uma mulher contra uma sociedade japonesa patriarcal e de regras seculares.

A jornalista Shiori Ito busca justiça por ter sofrido agressão sexual por um jornalista político, um aliado do Primeiro-Ministro do Japão na época do ocorrido. Diante de tantos acolhimentos após muitas dores e traumas, Ito não desistiu de seu propósito de redesignar um sistema jurídico regido por regras de mais de cem anos e bastante passivo. Além do abuso, sofreu intensas torturas psicológicas durante o processo de investigação, o que deixou a jornada mais dolorosa.

O fato por si só já chama a tenção e instiga o espectador a acompanhar um caso de alguém que bate de frente contra uma sociedade machista e opressora, além de tentar derrubar leis consideradas obsoletas para os dias atuais. E outro ponto chamativo está no jogo de imagens, inicialmente a vítima reluta em mostrar o rosto, com de ser estigmatizada e desacreditada, mas a coragem falou mais alto, se tornando um incentivo para novas vítimas fazem denúncias. Segundo dados coletados por Ito, apenas 4% dos casos de estupro no Japão tiveram desfecho.

A obra é didática, um verdadeiro grito contra a passividade, omissão e intolerância, além da busca pelo fortalecimento dos direitos das mulheres, de serem ouvidas, respeitadas e protegidas. Sem medir as consequências e sem receio de seu caso ter o mesmo destino de outros no Japão, Ito, juntamente com o apoio de outras vítimas, da sociedade japonesa e da mídia, foi forte em seu propósito, e serve de inspiração para novos casos.

Indicado na categoria de Oscar de melhor documentário, “Quatro Paredes” é um forte representante asiático na atual temporada de premiações. Merece a conferência e a audiência.

Cotação: 5/5 poltronas.

CONFIRA 5 MOTIVOS PARA ASSISTIR ‘ÚLTIMO ALVO’, NOVO FILME DE LIAM NEESON!

CONFIRA 5 MOTIVOS PARA ASSISTIR ‘ÚLTIMO ALVO’, NOVO FILME DE LIAM NEESON!

ÚLTIMO ALVO, novo filme protagonizado por Liam Neeson, estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 27 de fevereiro, com distribuição da Imagem Filmes. A produção reúne novamente Neeson e o diretor Hans Peter Molland, que já trabalharam juntos anteriormente no sucesso “Vingança a Sangue Frio”.
O longa narra a história de Murtaugh (Liam Neeson), um ex-mafioso que busca restaurar os vínculos com sua família distante, ao mesmo tempo em que enfrenta as dificuldades de envelhecer em um ambiente criminoso que já não o representa mais. Ao decidir se envolver em uma arriscada missão para desmontar uma gangue rival, ele se vê em um dilema: manter a lealdade ao seu passado ou aproveitar a oportunidade de iniciar uma nova vida antes que seja tarde demais.
Confira abaixo 5 principais motivos para assistir ÚLTIMO ALVO nos cinemas:
1. LIAM NEESON EM UM DOS MELHORES PAPÉIS DE SUA CARREIRA
Após os sucessos de “Busca Implacável” e outros thrillers de ação, Liam Neeson retorna a um papel que combina sua marca registrada de personagem implacável e determinado com uma trama mais sombria e introspectiva, sendo um dos melhores papéis de sua carreira. A habilidade de Neeson em equilibrar momentos de brutalidade com outros de vulnerabilidade e humanidade confere profundidade a um personagem essencialmente imperfeito.

2. DIREÇÃO DE HANS PETER MOLLAND
Depois de trabalharem juntos no sucesso “Vingança a Sangue Frio”, que trouxe uma mistura de ação e drama emocional, a dupla Neeson e Moland retorna em Último Alvo. O diretor traz mais uma vez sua visão visceral e tensa, enquanto o ator britânico oferece uma performance que mistura momentos de brutalidade com vulnerabilidade, destacando-se como um dos maiores nomes do cinema atual.

3. UMA TRAMA QUE EXPLORA DILEMAS EXISTENCIAIS
No longa, Murtagh (Liam Neeson), um ex-gângster diagnosticado com uma doença terminal, tenta reconstruir sua vida longe do crime. No entanto, sua busca por redenção será desafiada por antigos inimigos e aliados que não estão prontos para deixá-lo ir. O filme mistura ação implacável com uma análise profunda da luta interna do protagonista, criando uma história complexa e emocionante.

4. AÇÃO VISCERAL E VISUAL IMPACTANTE
Com cenas eletrizantes de ação e uma narrativa que explora a crise existencial de Murtagh, o longa traz momentos de violência intensa aliados a um visual impactante. A deterioração mental do protagonista, que começa a questionar sua lealdade ao crime, traz uma camada emocional que se combina perfeitamente com as cenas de adrenalina.

5. ELENCO DE PESO
Além de Liam Neeson, conhecido por seus papéis em filmes de ação, o filme conta com um elenco de peso. Ao seu lado, Ron Perlman, famoso por seus papéis em “Hellboy” e “O Nome da Rosa”, traz sua característica presença imponente para o filme, interpretando um aliado enigmático. Yolanda Ross, conhecida por seu trabalho em “The Chi”, adiciona uma camada de complexidade ao enredo, enquanto Daniel Diemer, jovem talento em ascensão, complementa o grupo com sua performance marcante. Juntos, formam uma equipe poderosa, equilibrando ação, mistério e emoção em uma história cheia de reviravoltas.
Assista ao trailer
ÚLTIMO ALVO chega aos cinemas brasileiros em 27 de fevereiro, com distribuição nacional da Imagem Filmes

Sinopse:
Murtagh (Liam Neeson) é um ex-gângster que, após descobrir uma doença terminal, decide tentar reconstruir sua vida longe do crime. Mas essa decisão tem um preço alto: antigos aliados e novos inimigos não estão prontos para deixá-lo ir sem um último acerto de contas. Em uma corrida contra o tempo, ele precisará enfrentar seu passado violento enquanto luta para proteger o que ainda resta de seu futuro.


Elenco:
Liam Neeson
Ron Perlman
Yolanda Ross

Ficha Técnica:
Gênero: Ação, Thriller

Diretor: Hans Petter Moland

Roteiro: Tony Gayton

Produtores: Warren Goz e Eric Gold, Roger Birnbaum e Michael Besman

Votante do Globo de Ouro diz que Ainda Estou Aqui é a chance mais próxima em 20 anos

Votante do Globo de Ouro diz que Ainda Estou Aqui é a chance mais próxima em 20 anos

Votante brasileira do Globo de Ouro fala sobre ‘Ainda Estou Aqui’ no Oscar: “É literalmente a chance mais próxima que temos em mais de 20 anos” 
Crítica de cinema comenta favoritismo de Fernanda Torres e a luta pelo reconhecimento internacional 
 Reprodução Vitoria Vitorino/FCL

Isabella Faria, jornalista, crítica de cinema e votante do Golden Globes, revelou os bastidores das grandes premiações, em conversa para o podcast ‘Central 900’. O episódio, que foi ao ar nesta terça-feira (25), abordou diferentes assuntos relacionados à indústria cinematográfica, com destaque para o cinema nacional.

Ao ser questionada sobre as chances de vitória do longa ‘Ainda Estou Aqui’ no Oscar, a convidada afirmou que a academia tem preferência por filmes de drama, fomentando a expectativa dos brasileiros: “Um

drama familiar de ditadura baseado em fatos reais, não tem coisa que o Oscar goste mais do que isso”. Além disso, ela afirmou que “‘Ainda estou aqui’ é literalmente a chance mais próxima que temos em mais de 20 anos; tem tudo”.

Um dos assuntos mais comentados atualmente é sobre quem leva o prêmio de melhor atriz. Revistas internacionais como a ‘Variety’ afirmam que a disputa será entre Fernanda Torres e Demi Moore (A

Substância). Porém, Isabella Faria destaca a atuação da brasileira: “A Fernanda Torres está excepcional. Ela é a melhor da temporada. Eu a acho melhor do que a Demi Moore, inclusive. O papel dela é muito mais complexo e requer muito mais estudo”.

Ao longo do episódio, a apresentadora Marina Orfali e a especialista em cinema também comentaram sobre a dificuldade que um filme nacional tem de ser reconhecido internacionalmente. “Falta propaganda e

falta marketing. Nós temos boas histórias, atores e diretores e devemos mostrar isso para o mundo”.

Revelando detalhes sobre as grandes premiações, a jornalista afirma que existem muitas negociações por trás. “Está muito além de faltar algo (para o Brasil), mas o Oscar é sobre marketing e dinheiro”, conclui.