Maratona Oscar: Penélope Cruz em Mães Paralelas/Anna Barros

Maratona Oscar: Penélope Cruz em Mães Paralelas/Anna Barros

Mães Paralelas é um filme com a grife Almodóvar e tem Penélope Cruz, parceria esta iniciada em CarneTrêmula. Nesse filme, Almodóvar volta a falar em maternidade de uma forma diferente. Ele traça um paralelo entre duas mães solteiras: uma aos 40 e outra adolescente que tem suas vidas cruzadas na maternidade, na hora do parto. Jani vivida por Penélope e Ana vivida por Milena Smitt.

Janis é fotógrafa, independente, liberada e Ana é adolescente, se sente rejeitada pela mãe que só pensa na carreira dela e acaba engravidando vítima de uma noite de estupro.

Além da questão forte da maternidade, Almodóvar explora as vítimas da Ditadura Franco na Espanha, dentre elas os avós de Janis. Ela decide procurar um arqueólogo para recuperar os restos mortais da família e conhece melhor o pai de sua filha.

A vida das duas se cruzam de forma surpreendente e inesperada e um fato que envolve as duas acaba endo revelado após a investigação de Janis. Penélope Cruz realmente arrasa na interpretação e é o grande azarão a noite do Oscar porque as concorrentes são muito fortes: Kristen Stewart, Nicole Kidman, Olivia Colman e Jessica Chastain. E ela não deve nada às atuações de todas. É segura, sentimental, forte, uma verdadeira personagem almodovariana. O filme tem um ótimo roteiro e vale a pena assistir pela interpretação dela.

Concorre ao Oscar de Melhor Atriz e a Melhor Trilha Sonora.

Disponível na Netflix. Este e mais doze filmes de Pedro Almodóvar. Filmes imperdíveis como Tudo sobre minha mãe, Fale com ela, Carne Trêmula, Mulher à Beira de um Ataque de Nervos, dentre outros.

Sinopse: Em Mães Paralelas, duas mulheres, Janis (Penélope Cruz) e Ana (Milena Smit), dão a luz no mesmo dia e no mesmo hospital. Janis, de meia idade, teve a gravidez planejada e já se sente preparada e eufórica para ser mãe. Ana, adolescente, engravidou por acidente e sente medo do que está por vir, além de estar assustada, arrependida e traumatizada. As duas enfrentam essa jornada como mães solos, e enquanto esperam pela chegada de seus bebês, elas passeiam pelos corredores do hospital, trocando confissões e desabafos. Ao dividir não só o mesmo quarto de hospital, como também esse momento tão transformador e intenso de suas vidas, elas constroem um vínculo muito profundo e esse encontro por acaso, pode mudar a vida de ambas para sempre, como um forte laço unido pela maternidade.

5/5 poltronas

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