Notabilizado por realizar produções suntuosas, com figuras femininas fortes e cenas recheadas de muita ação, adrenalina e pancadaria, o cineasta francês Luc Besson (Lucy) já mostrou que vai muito além de mostrar a mulher como femme fatale em suas obras. Foi assim com Anne Parillaud em ‘Nikita: Criada para Matar’, Milla Jovovich em ‘O Quinto Elemento’ e mais recentemente com Scarlett Johansson em ‘Lucy’ e Cara Delevingne em ‘Valerian e a Cidade dos Mil Planetas’. Agora, o diretor segue pelo mesmo rumo e aposta em Sasha Luss como protagonista em ‘Anna – O Perigo Tem Nome’ (Anna) com a missão de entregar ao público um bom filme de espionagem.
Anna Poliatova (Luss) é uma modelo famosa e requisitada pelas mais importantes marcas de luxo. Com um histórico de chamar a atenção, com passagem pela Marinha onde ficou até os dezessete anos e alguns trabalhos como espiã, ela é recrutada pela KGB com a missão de eliminar dezenas de alvos e se desvencilhar da CIA, a Agência de Inteligência dos Estados Unidos. Após se destacar por seu charme, ousadia e alto grau de periculosidade, ela passa a chamar a atenção dos norte-americanos e fica ainda mais nos holofotes ao começar um forte embate entre Estados Unidos e Rússia, com sequências de tira o fôlego, muitos tiros e diversas idas e vindas.
O roteiro, também de responsabilidade de Besson, traz logo de início um interessante recurso, a apresentação dos personagens e das sequências que constroem a história em uma linha de tempo de cinco anos com um posterior retorno às mesmas cenas acrescidas de novas informações e sob diferentes ângulos. Tudo isso acontece para estimular a atenção do espectador e dar uma continuidade mais dinâmica à trama, quem não havia se atentado para algum detalhe passa a ter uma nova oportunidade e passa a enxergar tudo sob um novo prisma. A personagem central é bem delineada, com características fortes, de agilidade, frieza e personalidade calculista, além de seu objetivo claramente definido, o alcance de sua liberdade. A precisa montagem que é feita ao longo dos 120 minutos de projeção contribui para essa percepção acerca da protagonista e também dos personagens secundários, numa história que não para um só minuto e sequer dá tempo para respirar ou ter uma mínima distração.
Além da montagem, a produção chama a atenção pelo ritmo nas cenas de ação, lembrando John Wick e Operação Red Sparrow. As sequências que envolvem tiros e luta são críveis, o espectador é convencido da capacidade, destreza e rapidez da poderosa espiã, mesmo que precise enfrentar mais de trinta soldados para sair viva do quartel general ou simplesmente escapar pelos corredores de grandes hotéis nos quais se apresenta como modelo em desfiles. Besson capricha na história e no plano visual, com inserções de slow motion em cenas de maior profundidade, além de oferecer viradas espetaculares na história e inesperadas traições.
O elenco dá consistência à história e apresenta personagens sólidos. Quem mais se destaca é Helen Mirren (A Maldição da Casa Winchester), que está na pele de Olga, a líder da KGB, sempre imponente e dando as cartas o tempo todo. Os planos mais insanos e diabólicos com os quais nos deparamos partem de suas mãos, e por meio deles que constatamos as melhores interações da protagonista. Sasha Luss, dentro do esperado, entrega uma personagem que sabe envolver a plateia, conduzir a história e se destacar mais pelas cenas de ação e perseguição, sem apelo sexual.
Apesar de ficar no lugar comum e não oferecer muitas novidades, Luc Besson brinda o espectador com uma história dinâmica, imprevisível e que mexe com a mente do espectador, que nunca sabe quando vai surgir uma reviravolta e de que modo a trama vai ser resolvida. Uma obra a ser acompanhada e admirada, com certeza.
Sétimo longa-metragem do diretor cearense concorrerá a uma vaga entre os indicados finais da categoria de melhor filme internacional, cujo resultado será divulgado pela academia americana no dia 13 de janeiro
O longa-metragem ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, foi eleito nesta terça-feira pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar de 2020. A lista final de indicados será revelada pela academia americana no dia 13 de janeiro.
A produção, que traz no elenco Carol Duarte, Julia Stockler, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Fernanda Montenegro – como atriz convidada –, será lançada antecipadamente nas telas do Nordeste no dia 19 de setembro, enquanto estreia nas outras regiões do país no dia 31 de outubro.
O diretor dedica a indicação a todas as mulheres e às trabalhadoras e trabalhadores do audiovisual brasileiro.
“É uma alegria incomensurável. É uma realização não só para o filme em si, mas para todas as mulheres do mundo, para os trabalhadores e trabalhadoras do audiovisual e para o país como um todo. É uma honra estar junto com outros filmes tão importantes que celebram esse momento singular do cinema brasileiro. Espero que possamos fazer jus a essa indicação e representar o Brasil na lista final da premiação”, comemora Aïnouz.
“Isso demonstra que a cultura cinematográfica brasileira, num momento como esse, nos credencia como artistas e cidadãos. Karim merece”, exalta Fernanda Montenegro.
O produtor Rodrigo Teixeira, por sua vez, enaltece a força do filme, cuja primeira exibição em território brasileiro acontece nesta sexta-feira, 30 de agosto, na abertura do Cine Ceará 2019.
“É uma das maiores emoções da minha vida. Estar nessa corrida junto com um filme tão especial como Bacurau, que também vem tendo grande reconhecimento por onde passa, só engrandece o valor dessa indicação”, celebra o produtor.
Com distribuição conjunta da Sony Pictures e Vitrine Filmes, o sétimo longa-metragem da carreira do diretor cearense vem conquistando prêmios importantes nos principais festivais do mundo, como o Grand Prix da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes – inédito na história do cinema brasileiro –, além de prêmios do público de Melhor Filme e do júri de Melhor Fotografia, no Festival de Cinema de Lima; e o CineCoPro Award, no Festival de Munique.
‘A Vida Invisível’ terá distribuição nos EUA pela Amazon Studios e já foi vendido para mais de 30 países, incluindo Grécia; França; Polônia; China; Hungria; Eslovênia; Croácia; Luxemburgo; Bélgica; Holanda; Sérvia; Argélia; Egito; Irã; Israel; Jordânia; Líbia; Marrocos; Emirados Árabes; Reino Unido; Portugal; Itália; Coréia do Sul; Rússia; Cazaquistão; Ucrânia; Taiwan; Suíça; Espanha e Turquia.
O longa já recebeu elogios de algumas das mais prestigiosas publicações do segmento de cinema no mundo. Segundo David Rooney, do The Hollywood Reporter – que relacionou o filme entre os 10 melhores do Festival de Cannes –, “‘A Vida Invisível’ é um drama assombroso que celebra a resiliência das mulheres, mesmo quando elas toleram existências combalidas”. O crítico ainda chamou a atenção para as texturas brilhantes, as cores ousadas e os sons exuberantes que servem para “intensificar a intimidade do deslumbrante melodrama de Karim Aïnouz sobre mulheres cujas mentalidades independentes permanecem inalteradas, mesmo quando seus sonhos são destruídos por uma sociedade patriarcal sufocante”.
Já para Lee Marshall, do Screen Daily, que também elegeu ‘A Vida Invisível’ como um dos filmes imperdíveis do festival, Karim prova que o “eletrizante e emocionante” filme de época pode ser apresentado de forma verdadeira e ao mesmo tempo ser um deleite. “Com a forte reação crítica e o boca-a-boca que essa contundente e bem-acabada saga familiar parece suscitar, é quase certo que o filme viaje para além do Brasil e dos territórios de língua portuguesa”, prevê o crítico, que adverte: “É melhor você deixar um lenço separado para as cenas finais”.
O jornalista Guy Lodge, da Variety, por sua vez, afirma que o longa-metragem pode ser considerado “um forte concorrente do Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro”.
Livre adaptação do romance de Martha Batalha, ‘A Vida Invisível’ é uma produção da RT Features, de Rodrigo Teixeira, em coprodução com a alemã Pola Pandora, braço de produção da The Match Factory, de Michael Weber e Viola Fügen, além da Sony Pictures, Canal Brasil e Naymar (infraestrutura audiovisual), e conta com o financiamento do fundo alemão Medienboard Berlin Brandenburg e do Fundo Setorial do Audiovisual/Ancine.
SOBRE O FILME
Definido pelo cineasta como um melodrama tropical, a obra apresenta nos papeis principais duas jovens estreantes no cinema. Tanto Carol Duarte, reconhecida por seu trabalho na TV aberta, como Julia Stockler, experiente atriz de teatro, foram escolhidas após participarem de um concorrido teste com mais de 300 candidatas. O elenco traz ainda Fernanda Montenegro, como atriz convidada, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavio Bauraqui e Maria Manoella.
“Eu trabalhei com um maravilhoso grupo de atrizes e atores. Eles são todos muito diferentes, de diferentes gerações, diferentes registros de atuação – e o desafio foi alcançar o mesmo tom, a mesma vibração”, conta o diretor.
“Eu fiquei profundamente tocado quando eu li o livro. Disparou memórias intensas da minha vida. Eu fui criado no nordeste dos anos 60, numa sociedade machista e conservadora, dentro de uma família matriarcal. Os homens ou haviam ido embora ou eram ausentes. Numa cultura patriarcal, eu tive a oportunidade de crescer numa família onde as mulheres comandavam o espetáculo – elas eram as protagonistas”, recorda Aïnouz. “O que me levou a adaptar ‘A Vida Invisível’ foi o desejo de dar visibilidade a tantas vidas invisíveis, como as de mulheres da geração da minha mãe, minha avó, das minhas tias e de tantas outras mulheres dessa época. As histórias dessas personagens não foram contadas o suficiente, seja em romances, livros de história ou no cinema”, completa.
Segundo o diretor, trata-se de um melodrama tropical porque a abordagem mistura preceitos clássicos do gênero, mas com um olhar que busca se adaptar a uma contemporaneidade brasileira.
“Eu sempre quis fazer um melodrama que pudesse ser relevante para os nossos tempos. Como eu poderia me engajar com o gênero e ainda torná-lo contemporâneo e brasileiro? Como eu poderia criar um filme que fosse emocionante como uma grande ópera, em cores florescentes e saturadas, maior que a vida? Eu me lembrava de Janete Clair e das novelas lá do início. Eu queria fazer um melodrama tropical filmado no Rio de Janeiro, uma cidade entre a urbis e a floresta”, pondera.
A colaboração de Rodrigo Teixeira com Karim começou nas origens do projeto. Ao receber o manuscrito de Martha Batalha, o produtor pensou imediatamente no diretor, não apenas pelo estilo de sua filmografia, mas também pela interseção entre o livro e a história familiar do diretor, onde observou a invisibilidade das mulheres conduzidas por uma geração machista.
“Quando eu li o livro eu pensei muito no Karim, tanto pela narrativa ter relação com a história pessoal de vida dele, especificamente com o momento que ele estava vivendo naquela época, e também porque o universo me remetia muito a dois filmes dele: ‘O Céu de Suely’ e ‘Seams’, o primeiro de sua carreira, ambos projetos que falam de mulheres fortes, que lutam para sobreviver na nossa sociedade”, explica Teixeira. “Além disso, há tempos Karim me dizia que gostaria de filmar um melodrama, que queria realizar um longa que se aproximasse de Fassbinder, de Sirk. E vi nessa história da Martha Batalha um potencial melodrama a ser adaptado. Eu e Karim colaboramos há mais de 15 anos e fazia tempo que estávamos buscando uma grande história para voltarmos a fazer outro filme juntos”, continua o produtor.
As irmãs Guida e Eurídice são como duas faces da mesma moeda – irmãs apaixonadas, cúmplices, inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar com um príncipe encantado e ter uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado. Ao retornar grávida, seis meses depois e sozinha, o pai, um português conservador, a expulsa de casa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.
Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa – ambientado majoritariamente na década de 50 – foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão.
A direção de fotografia é da francesa Hélène Louvart, que assina seu primeiro longa brasileiro e acumula trabalhos importantes na carreira, como os filmes ‘Pina’, de Wim Wenders; ‘The Smell of Us’, de Larry Clark; ‘As Praias de Agnes’, de Agnès Varda; e ‘Lázaro Feliz’, de Alice Rohwacher, entre outros. A alemã Heike Parplies, responsável pela edição do longa-metragem ‘Toni Erdmann’, da diretora Maren Ade, indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, assina a montagem.
SINOPSE
Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que moram com os pais em um lar conservador. Ambas têm um sonho: Eurídice o de se tornar uma pianista profissional e Guida de viver uma grande história de amor. Mas elas acabam sendo separadas pelo pai e forçadas a viver distantes uma da outra. Sozinhas, elas irão lutar para tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto nunca desistem de se reencontrar.
FICHA TÉCNICA
Direção: Karim Aïnouz
Roteiro: Murilo Hauser
Co-roteiro: Inés Bortagaray e Karim Aïnouz
Baseado na obra de Martha Batalha
Elenco: Carol Duarte, Julia Stockler, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flávia Gusmão, Antônio Fonseca, Flavio Bauraqui, Maria Manoella e participação especial de Fernanda Montenegro.
Produtor: Rodrigo Teixeira
Co-produtores: Michael Weber e Viola Fügen.
Empresas produtoras: RT Features, Pola Pandora, Sony Pictures, Canal Brasil e Naymar.
Produtores Executivos: Camilo Cavalcanti, Mariana Coelho, Viviane Mendoça, Cécile Tollu-Polonowski, André Novis Produtor Associado: Michel Merkt
Diretora Assistente: Nina Kopko
Direção de Fotografia: Hélène Louvart (AFC)
Direção de Arte: Rodrigo Martirena
Figurino: Marina Franco
Maquiagem: Rosemary Paiva
Diretora de Produção: Silvia Sobral
Montagem: Heike Parplies (BFS)
Montagem de som: Waldir Xavier
Som direto: Laura Zimmerman
Música Original: Benedikt Schiefer
Mixagem: Björn Wiese
Idioma: Português
Gênero: Melodrama
Ano: 2019
País: Brasil
TEASER
SOBRE O DIRETOR
Formado em Arquitetura pela Universidade de Brasília, Aïnouz fez mestrado em Teoria e História do Cinema pela Universidade de Nova York e participou do Whitney Independent Study Program. Cineasta premiado e celebrado mundialmente, roteirista e artista visual, realizou diversos curtas-metragens, documentários e instalações. Dirigiu os longas-metragens ‘Madame Satã’ (2002), ‘O Céu de Suely’ (2006), ‘Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo’ (2009, codirigido com Marcelo Gomes), ‘O Abismo Prateado’ (2011, produzido pela RT Features), ‘Praia do Futuro’ (2014), além do documentário ‘Aeroporto Central’ (2018). O próximo longa-metragem, ‘A Vida Invisível’, tem previsão de lançamento no dia 31 de outubro de 2019. Para a televisão, codirigiu com Sergio Machado a minissérie ‘Alice’, filmada no Brasil e transmitida pelo canal HBO em 2008. Aïnouz é um dos tutores do laboratório de roteiros do Porto Iracema das Artes em Fortaleza e membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
SOBRE A RT FEATURES
Fundada e dirigida por Rodrigo Teixeira, a RT Features é uma produtora nacional e internacional de conteúdo cultural e entretenimento para cinema e televisão, com base em São Paulo, Brasil, e escritório em Nova York, nos EUA. Dentre outras produções, seu currículo conta com os longas-metragens ‘O Cheiro do Ralo’ (2006), ‘O Abismo Prateado’ (2010), ‘Tim Maia’ (2014), ‘Alemão’ (2014), ‘O Silêncio do Céu’ (2016) e a série ‘O Hipnotizador’ (para a HBO Latin America em 2015).
No mercado internacional, produziu os longas Frances Ha (2013), O amor é estranho (2014), Love (2015), Mistress America (2015), A Bruxa (2016), Patti Cake$ (2017) e Me chame pelo seu nome (2017), indicado ao Oscar em quatro categorias tendo sido vencedor por Melhor Roteiro Adaptado. Em 2018, entre outros filmes, produziu o novo filme de James Gray, Ad Astra, protagonizado por Brad Pitt, com previsão de estreia em setembro.
Dedicada a trabalhar com jovens e talentosos diretores desde a criação de sua empresa, a RT Features formou uma joint venture com a Sikelia Productions, de Martin Scorsese, com o objetivo de produzir filmes de cineastas emergentes em todo o mundo. O primeiro longa-metragem desta parceria, A Ciambra, estreou na Quinzena dos Realizadores em 2017, e o segundo filme, Port Authority, foi selecionado para o Festival de Cannes e exibido na mostra oficial Un Certain Regard.
A RT Features também teve um terceiro filme exibido em Cannes, The Lighthouse de Robert Eggers, com Willem Dafoe e Robert Pattinson, esteve na Quinzena dos Realizadores, e levou o FIPRESCI – prêmio da crítica internacional, de Melhor Filme.
SOBRE A VITRINE FILMES
Em nove anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 140 filmes. Entre seus maiores sucessos estão “Aquarius” e “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro, e “O Filmes da Minha Vida”, de Selton Mello.
Mais recentemente a distribuidora lançou “Divinas Divas”, dirigido por Leandra Leal, o documentário mais visto de 2017 e “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.
Entre os lançamentos de 2019 estão “Divino Amor”, dirigido por Gabriel Mascaro, “Bacurau”, novo filme do diretor Kleber Mendonça Filho em parceria com Juliano Dornelles, e “A Vida Invisível”, Karim Aïnouz. Além disso a Vitrine Filmes segue pelo terceiro ano consecutivo com o projeto de distribuição coletiva de filmes Sessão Vitrine, que durante o ano todo irá lançar longas nacionais em diversas cidades do Brasil.
SOBRE A SONY PICTURES
A Sony Pictures Entertainment (SPE) é uma subsidiária da Sony Corporation of America, uma subsidiária da japonesa Sony Corporation. As operações globais da SPE abrangem produção, aquisição e distribuição de filmes em cinema, home entertainment, televisão e mídias digitais; uma rede global de canais; operação de estúdio, desenvolvimento de novos produtos audiovisuais, serviços e tecnologias. Tudo isto representa a distribuição de entretenimento em mais de 140 países.
Com presença marcante no mercado nacional, a Sony Pictures distribuiu e/ou co-produziu no Brasil, 22 dos 25 filmes nacionais lançados na década de 90, momento da retomada. Em 2018, através do investimento em inúmeras produções, apostando em novos talentos e diferentes gêneros ao longo dos últimos anos, a Sony chega à marca de mais de 60 filmes nacionais distribuídos e/ou co-produzidos, entre eles: Deus é Brasileiro, O Auto da Compadecida, Carandiru, Cazuza, 2 Filhos de Francisco, Meu Nome Não é Johnny, Chico Xavier, Xingu, Tainá, Confissões de Adolescente, Um Tio Quase Perfeito e Entre Irmãs.
SOBRE O CANAL BRASIL
O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com mais de 300 longas-metragens coproduzidos só nos últimos 10 anos. No ar há duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.
O fim da série dramática THE DEUCE se aproxima com o início da terceira e última temporada. Criada por George Pelecanos e David Simon, em oito episódios inéditos a produção faz um balanço do surgimento da indústria da pornografia e da transformação desse setor bilionário nos Estados Unidos.
HBO
NOVOS DOCUMENTÁRIOS
EU TE AMO, AGORA MORRA: O CASO MICHELLE CARTER |DOCUMENTÁRIO ESTREIA: 3 DE SETEMBRO
Conrad Roy se suicidou em um estacionamento, nos Estados Unidos, após receber mensagens de sua namorada, Michelle Carter, que o incentivava a tirar a própria vida. Dividido em duas partes, EU TE AMO, AGORA MORRA: O CASO MICHELLE CARTER debate a influência das redes sociais na vida das pessoas, sobretudo, nos jovens.
QUEM MATOU GARRET PHILLIPS | DOCUMENTÁRIO|ESTREIA: 17 DE SETEMBRO
Em duas partes, o documentário investiga a assassinato de Garret Philips, de 12 anos, e o julgamento do treinador de futebol Nick Hillary, um dos poucos negros do local, e ex-namorado da mãe do garoto. A produção é dirigida pela ganhadora do Prêmio Emmy® Liz Garbus.
HBO
NOVOS FILMES
GOOSEBUMPS 2 | 7 DE SETEMBRO
Sequência do filme GOOSEBUMPS, o filme mostra as aventuras de dois garotos que encontram um manuscrito em uma casa abandonada. Ao abrir as páginas, liberam uma criatura que planeja criar um Halloween apocalíptico, com a ajuda de outros monstros amigos. Dirigido por Ari Sandel, o filme é baseado na famosa série homônima de livros de terror escritos por R. L Stine.
HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO| 14 DE SETEMBRO
Miles Morales é um jovem negro que se tornou o Homem-Aranha por causa do falecido Peter Parker. Ao visitar o túmulo de Parker em uma noite chuvosa, encontra o seu ídolo com o traje, no entanto ele veio de uma dimensão paralela, assim como outras versões do Homem-Aranha que aparecem na trama.
MILLENIUM: A GAROTA NA TEIA DE ARANHA| 21 DE SETEMBRO
A hacker e justiceira Lisbeth Salander é contratada para recuperar um programa de computador, que dá ao usuário acesso a um imenso arsenal bélico. Ela aceita a tarefa e consegue roubar o programa, mas não pensava que outros também o quisessem.
ANIMAIS FANTÁSTICOS: OS CRIMES DE GRINDELWALD|28 DE SETEMBRO
Cumprindo a promessa feita na primeira temporada, o vilão Grindelwald foge da prisão e passa a reunir seguidores para criar um mundo, onde os bruxos puro-sangue governarão os seres não mágicos. O mago Dumbledore pede ajuda para Newt, ex-aluno de Hogwarts, para derrotar o primeiro lorde das trevas.
Os fãs poderão acompanhar no canal MAX o fim da temporada da série documental BABEL SP, que fala sobre o convívio entre refugiados de origem árabe e brasileiros anteriormente sem teto em um prédio ocupado na região central de São Paulo. Neste episódio, imigrantes que passaram pela ocupação e hoje vivem em outros locais contam suas histórias.
JETT | FINAL DE TEMPORADA |27 DE SETEMBRO
O canal MAX PRIME exibe o último episódio da sérieJETT, que mostra as aventuras da ladra internacional Daisy, conhecida por Jett. Ao sair da prisão, ela pensa em se aposentar e se dedicar à sua filha. Pressionada por uma gangue poderosa, ela é obrigada a voltar ao submundo do crime. A série é protagonizada por Carla Gugino.
MAX
NOVOS FILMES
ESTRELAS DE CINEMA NUNCA MORREM 1a DE SETEMBRO
Narra o relacionamento do escritor Peter Turner com a atriz ganhadora do Oscar Gloria Grahame, nos anos 70, em Liverpool, na Inglaterra. O convívio durou até a morte dela por câncer de mama. O filme conta com Annette Bening, Jamie Bell e uma participação de Vanessa Redgrave.
55 PASSOS | 15 DE SETEMBRO
A produção é baseada na história real de Eleanor Riese, uma paciente psiquiátrica, que encabeça uma ação coletiva para dar aos pacientes psiquiátricos o direito de participar de seus cuidados com a saúde e não aceitar procedimentos e medicamento durante sua permanência no hospital. No elenco estão Helena Bohnam Carter, Hillary Swank e Jeffrey Tambor.
OITAVA SÉRIE | 22 DE SETEMBRO
Dirigida por Bo Burham, essa comédia dramática acompanha a vida e as lutas de Kayla, uma adolescente de 13 anos, vivida por Elsie Fisher, durante a última semana de aula antes de se formar no Ensino Fundamental. Típica representante da geração Z, Kayla usa a internet para tentar vencer a timidez e, meio de vlog, dá conselhos com o objetivo de melhorar a vida das outras pessoas.
BOUNDARIES | 29 DE SETEMBRO
Nesta comédia dirigida por Shana Feste e protagonizada por Christopher Plummer e Vera Farmiga, uma mulher cruza os Estados Unidos junto com seu filho adolescente para levar o pai até a casa da irmã. A viagem se desvirtua quando o pai insiste em fazer paradas imprevistas para se livrar de seu estoque de drogas e o jovem obriga a mãe a ir a cidade onde mora o pai.
HBO GO
São destaques da plataforma os episódios das séries THE DEUCE e JETT, os documentários EU TE AMO, AGORA MORRA: O CASO MICHELLE CARTER e QUEM MATOU GARRET PHILIPS e os filmesGOOSEBUMPS 2, HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO, MILLENIUM: A GAROTA NA TEIA DE ARANHAe ANIMAIS FANTÁSTICOS: OS CRIMES DE GRINDELWALD.
HBO Latin America é a rede de televisão premium por assinatura, líder na região, respeitada pela qualidade e pela diversidade de sua programação, que inclui séries, filmes, documentários e especiais originais e exclusivos. A rede exibe também alguns dos mais recentes blockbusters de Hollywood, antes de qualquer outro canal premium. Os conteúdos são exibidos em HD em mais de 40 países da América Latina e do Caribe por meio dos canais HBO®, HBO2, HBO Signature, HBO Plus, HBO Family, MAX, MAX Prime, MAX UP e o canal básico Cinemax®. A programação é oferecida também por meio de várias plataformas, como a HBO GO® e HBO On Demand®. HBO Latin America é uma joint venture entre Home Box Office, Inc. (subsidiária da Warner Media, LLC) e Ole Communications, Inc.
Realizada no último sábado (24) no Palácio dos Festivais, na Serra Gaúcha, a cerimônia de encerramento da 47ª edição do Festival de Gramado trouxe como grande vencedor o filme ‘Pacarrete’, que levou oito kikitos, dentre eles o de melhor filme, melhor atriz, melhor ator e atriz coadjuvantes, melhor direção, roteiro e desenho de som.
A produção cearense conta a história de “Pacarrete”, uma bailarina e professora de dança aposentada que vive em Russas, no interior do Ceará, e tem o sonho de estrelar uma apresentação para a população local durante a festa de 200 anos da cidade. Junto ao esforço dela em busca do objetivo, está a falta de interesse da população por espetáculos.
Dentre os filmes estrangeiros, o costa-riquenho ‘El Despertar de Las Hormigas’ levou o melhor prêmio e a animação “Apneia” venceu entre os curta-metragens brasileiros. Estreando na mostra competitiva, a categoria de longas gaúchos premiou “Raia 4” como melhor filme.
Veja abaixo a lista completa com todos os vencedores.
MOSTRA COMPETITIVA – LONGAS NACIONAIS:
MELHOR FILME Pacarrete
MELHOR FILME – JÚRI POPULAR Pacarrete
MELHOR FILME – JÚRI DA CRÍTICA
Raia 4
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
30 Anos Blues
MELHOR DIREÇÃO
Allan Deberton (Pacarrete)
MELHOR ATOR
Paulo Miklos (O Homem Cordial)
MELHOR ATRIZ
Marcélia Cartaxo (Pacarrete)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
João Miguel (Pacarrete)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Carol Castro (Veneza) e Soia Lira (Pacarrete)
MELHOR ROTEIRO Pacarrete
MELHOR TRILHA SONORA O Homem Cordial
MELHOR FOTOGRAFIA Raia 4
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Veneza
MELHOR MONTAGEM
Hebe – A Estrela do Brasil
MELHOR DESENHO DE SOM Pacarrete
MOSTRA COMPETITIVA – LONGAS LATINOS:
MELHOR FILME
El Despertar de las Hormigas
MELHOR FILME – JÚRI POPULAR
Perro Bomba
MELHOR FILME – JÚRI DA CRÍTICA El Despertar de las Hormigas
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Isabella Moscoso e Avril Alpizar (El Despertar de las Hormigas)
MELHOR DIREÇÃO
Juan Caceres (Perro Bomba)
MELHOR ATOR
Fernando Arze (Muralla)
MELHOR ATRIZ
Julieta Díaz (La Forma de las Horas)
MELHOR ROTEIRO
En el Pozo
MELHOR FOTOGRAFIA En el Pozo
MENÇÃO HONROSA
Ishtar Yasin (Dos Fridas)
MOSTRA COMPETITIVA – CURTAS
MELHOR FILME Apneia
MELHOR FILME – JÚRI POPULAR Teoria sobre um Planeta Estranho
MELHOR FILME – JÚRI DA CRÍTICA Marie
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Divina Valéria e Wallie Ruy (Marie)
MELHOR DIREÇÃO
Diogo Leite (O Menino-Pássaro)
MELHOR ATOR
Rômulo Braga (Marie)
MELHOR ATRIZ
Cassia Damasceno (A Mulher que Sou)
MELHOR ROTEIRO O Véu de Armani
MELHOR TRILHA SONORA Teoria sobre um Planeta Estranho
MELHOR FOTOGRAFIA A Ética das Hienas
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE Sangro
MELHOR MONTAGEM Invasão Espacial
MELHOR DESENHO DE SOM Um Tempo Só
MENÇÃO HONROSA
Ester Amanda Schafer (A Pedra)
PRÊMIO CANAL BRASIL Marie
Crédito da foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto
Ícone cultural, ator, filósofo e lutador de artes marciais, Bruce Lee deixou um legado de poucos, porém clássicos, longas devido à sua morte prematura. E em setembro essas obras chegam às principais plataformas de streaming dando oportunidade às novas gerações de conferirem as produções que marcaram o início do gênero ‘filmes de artes marciais’.
Lee morreu em 1973, logo após filmar o primeiro longa de artes marciais produzido por um estúdio de Hollywood e antes de concluir as filmagens de O JOGO DA MORTE, que foi remontado com a ajuda de dublês e lançado em duas partes, em 1978 e 1981. Além desses filmes, também serão lançados nas plataformas VOD O DRAGÃO CHINÊS (1971), A FÚRIA DO DRAGÃO (1972) e O VOO DO DRAGÃO (1972).
Todos os filmes estarão disponíveis em 18 de setembro nas plataformas Apple TV, GooglePlay, Youtube, Now e Vivo Play, com pré-venda a partir de 23 de agosto na Apple TV.
O Dragão Chinês
(The Big Boss) 1971
Disponível a partir de 18 de setembro
*pré-venda a partir de 23 de agosto
UM CLÁSSICO COM BRUCE LEE. Um jovem, mestre em kung-fu, faz um juramento de não-violência e vai trabalhar com seus primos em uma fábrica de gelo. Quando sua família começa a desaparecer misteriosamente, ele decide que os vingará custe o que custar.
Classificação indicativa: 14 anos
A Fúria do Dragão
(Fists of Fury) 1972
Disponível a partir de 18 de setembro
*pré-venda a partir de 23 de agosto
UM CLÁSSICO COM BRUCE LEE. Um jovem busca vingança pela morte de seu professor.
Classificação indicativa: 14 anos
O Voo do Dragão
(The Way of The Dragon) 1972
Disponível a partir de 18 de setembro
*pré-venda a partir de 23 de agosto
UM CLÁSSICO COM BRUCE LEE. Um homem ao visitar seus parentes na Itália descobre que eles estão sendo ameaçados por uma perigosa gangue. Especialista em artes marciais, ele irá ajudá-los a se defender, e a salvar seu restaurante
UM CLÁSSICO COM BRUCE LEE. Um famoso ator mestre em artes marciais finge sua morte para escapar um perigoso bandido que o persegue. Nas sombras ele preparará sua vingança.
UM CLÁSSICO COM BRUCE LEE. Após a morte de seu melhor amigo, um mestre em artes marciais está disposto a tudo para descobrir quem é o culpado. Mas quando ele é a próxima vítima, é seu irmão que sai em busca de vingança
Classificação indicativa: 14 anos
Preços
Apple TV – R$14,90 (compra) / R$9,90 (aluguel)
Google Play – R$15,90 (compra)
Youtube – R$15,90 (compra)
Now – R$6,90 (aluguel)
Vivo Play – R$6,90 (aluguel)