Poltrona Resenha: Homem-Aranha: Longe de Casa/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Homem-Aranha: Longe de Casa/ Cesar Augusto Mota

O Cabeça de Teia, o seu amigo da vizinhança está de volta. Peter Parker (Tom Holland), que já contou com o apoio do Homem de Ferro e o integrou o time dos Vingadores, está envolvido em mais um imbróglio que envolve a segurança mundial, além de estar em um período de férias com os amigos durante as férias escolares numa grande viagem à Europa. O jovem já sofre pressão por ter que salvar o mundo e também pelo fato de ser um adolescente e ter que amadurecer. Mas ele está preparado para mais uma missão e crescer como ser humano?

Em uma trama na qual inicialmente se vê um tour de Parker e seus amigos por Praga, Paris e Londres, surge um candidato disposto a tomar o espaço que foi do Homem de Ferro (Robert Downey Jr) e forte mentor do Homem-Aranha. Ele se apresenta como Mistério (Jake Gyllenhaal), uma espécie de super-herói sombrio e desconhecido disposto a proteger a humanidade das criaturas mais malignas e compostas pelos quatro elementos da natureza, fogo, terra, água e ar. Mas ninguém suspeitava do que Quentin Beck, que está por trás de Mistério, é capaz de fazer para deixar o Homem-Aranha para trás e conseguir tudo o que quer, como o prestígio da humanidade e também o controle do mundo. Nosso heróis vai ter que usar muito mais que sua força e inteligência para conseguir salvar o planeta e também vencer o embate contra os mais poderosos inimigos, e isso passa não só por um bom plano como também pela superação e crescimento de Parker, também preocupado em como conquistar seu crush, MJ (Zendaya), durante a viagem.

O filme tem um grande desafio, de como continuar o enredo após ‘Vingadores: Ultimato’, que teve mais da metade da população dizimada e o Universo Marvel sofreu fortes alterações e um destino inimaginável. O Homem-Aranha, além de mostrar que mereceu o posto de vingador, tem como missão ilustrar ao mundo que merece sua confiança e que ele ainda é uma esperança para a humanidade, tendo em vista que surgiram novos inimigos e armas que parecem indestrutíveis. E os ingredientes não poderiam ser os melhores possíveis, com perseguições frenéticas, explosões e inteligência artificial, composto por um universo de realidade virtual e imagens que podem enganar o Cabeça de Teia, os personagens secundários e os espectadores.

Apresentar uma tecnologia mais presente em produções de ficção científica, bem como os dois universos, do Homem-Aranha, como de Peter Parker, sem dúvida funcionam e se entrelaçam. O espectador é brindado com muitas reviravoltas, doses de humor na medida certa e, claro, muita adrenalina. E o Homem-Aranha não está sozinho, contará com o apoio primordial de Nick Fury (Samuel L.Jackson), um ex-agente da S.H.I.EL.D que fará nosso herói abrir os olhos não só para os perigos de Mistério e das temidas criaturas, mas da vida e todas as peças que ela possa pregar.

As atuações são primorosas, Tom Holland mostra o porquê é um ator em ascensão, com um grande desembaraço para interpretar um herói carismático e emblemático do Universo Marvel. Samuel L. Jackson mostra com seu personagem um importante aliado do Homem-Aranha e intervenções que são decisivas nos rumos da história. E dentre o núcleo jovem, Zendaya, mesmo fria em boa parte do tempo com Peter Parker, é uma grande surpresa do segundo para o terceiro ato e conquista o público com a sinceridade e cumplicidade demonstrada junto a Peter.

‘Homem-Aranha: Longe de Casa’ mostra que, mesmo distante do lar e em meio a grandes turbulências, o Cabeça de Teia se mostra cada vez mais perto das pessoas e mais forte no combate ao crume, além de um jovem mais calejado em relação às agruras e armadilhas da vida e mais confiante nos campos da amizade e do amor. Um filme divertido e que reserva fortes emoções.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

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