Uma cinebiografia bastante aguardada enfim estreou no Festival de Cannes. Exibido em pré-estreia nessa quinta-feira (16) e fora de competição, ‘Rocketman’ traz a história de Elton John, um dos maiores ídolos da história do rock/pop mundial.
E antes da exibição, um grande momento no tapete vermelho. Taron Egerton, ator que interpreta Elton no filme, beija a mão do astro e se rende à seu carisma e grandiosidade, como se pode ver na foto abaixo. Ambos foram clicados pela Revista Variety, que publicou em sua conta no Instagram.
O longa explora a ascensão do cantor e compositor, além de sua relação de trabalho com o compositor Bernie Taupin, que escreveu as letras de várias de suas canções.
Dentre os grandes sucessos de Elton estão ‘Your Song’, ‘Bennie and The Jets’, ‘Tiny Dancer’ e ‘Candle In The Wind’, todos interpretados por Egerton no filme. O elenco ainda conta com nomes como Jamie Bell, interpretando Bernie Taupin; Richard Madden, como John Reid, seu primeiro empresário; e Bryce Dallas Howard, como a mãe de Elton, Sheila Farebrother. A direção é de Dexter Fletcher, quem também terminou as filmagens de Bohemian Rhapsody.
‘Rocketman’ estreia nos cinemas brasileiros em 30 de maio de 2019.
Por Agência Universitária de Notícias (AUN-USP) Gabriel Araujo
O cineasta português Silvino Santos, radicado no Norte do Brasil, em ação (Reprodução/A Crítica)
O nome do cineasta e fotógrafo Silvino Santos pode não ser de conhecimento do brasileiro comum, mas o fato é que são dele alguns dos mais importantes (e até mesmo controversos) registros visuais da Amazônia. Na primeira metade do século 20, Santos produziu documentos fundamentais da região, como o longa No Paiz das Amazonas (1921). Hoje, quase 100 anos após o lançamento de sua obra mais reconhecida, Santos volta a ser figura do meio acadêmico, como tema da tese de doutorado de Sávio Luis Stoco na Escola de Comunicações e Artes da USP: O cinema de Silvino Santos (1918-1922) e a representação amazônica: história, arte e sociedade.
Português radicado no Norte do Brasil, Santos desenvolveu seu trabalho – primeiramente com fotografia, em seguida com cinema – em Manaus (AM), onde morreu em 1970, aos 84 anos. No período estudado por Stoco, que coincide com a fundação da Amazônia Cine Film, produtora cinematográfica pioneira na região e com a qual Silvino Santos contribuiu diretamente, também consta na filmografia do lusitano Amazonas, maior rio do mundo (1918).
“As primeiras (e até hoje mais afamadas) iniciativas de pesquisa com relação a esse cineasta foram promovidas pelo movimento cineclubista manauense, que existiu na década de 1960”, conta Stoco, cujo interesse por Santos advém de sua graduação, realizada na Universidade Federal do Amazonas. Entre os trabalhos mais atuais sobre o tema, o pesquisador destaca os de Selda Vale da Costa (Ufam) e Eduardo Morettin (seu orientador na ECA-USP) como fontes de estímulo. “O meio acadêmico está aperfeiçoando seus métodos para o estudo e consideração das imagens de Silvino”, diz.
Para as análises em sua tese, Stoco destaca a importância de não se tratar as produções de Santos como “espelho do real”. Segundo ele, mesmo como documentações sociais e históricas fundamentais, elas não são comprovações diretas de fatos. Como exemplo, o pesquisador cita uma disputa que colocava, à época de No Paiz das Amazonas, os indígenas parintim e do oriente peruano como entraves ao progresso e bloqueios à exploração da área, com um extermínio étnico destes em curso. O tema é deixado de lado na produção, o que se atribui à ligação do cineasta com as elites locais, de comerciantes a governantes.
“Pouco disso está explícito nas imagens, mas o trabalho de pesquisa serve para que aprofundemos o que não se mostra – claro, de maneira mais documentada e consistente possível”, afirma Stoco. “Evitei acreditar na valorização da cultura daquelas etnias, em uma etnografia ‘à frente de seu tempo’, pois essa é uma concepção mais tardia e que não estava no horizonte dos produtores”.
Segundo o pesquisador, as obras estudadas foram bem recebidas à época de lançamento, apresentadas com bons públicos nas principais capitais brasileiras e, ainda que não consolidada a profissão de crítico à época, analisadas positivamente pela imprensa. Os filmes fizeram relativo sucesso também na Europa, contando inclusive com a valorização de Léon Moussinac, um dos principais críticos de cinema da França. “Na Europa, Amazonas, maior rio do mundo circulou de forma pirata, como não era raro no período”, acrescenta.
Ainda assim, com o passar do tempo, Silvino Santos não se tornou uma figura carimbada do cinema nacional – não à toa, não alcançou a maior parte da população brasileira, apesar de receber cada vez mais atenção do nicho cinematográfico. Segundo Stoco, é notável um reconhecimento interessante à obra de Silvino, mas ainda restrito aos especialistas em cinema e documentário brasileiros. No gênero em que atuou, seu nome se destaca juntamente ao do cineasta do marechal Cândido Rondon, Thomaz Reis.
“O que acho que seria importante no momento é investimento em restauro das obras desse cineasta. Houve muitas perdas, algumas incontornáveis, mas descobertas recentes mostram que há ainda alguns ótimos caminhos para serem trilhados em termos de restauro”, afirma o pesquisador. “Sem os filmes em si, a pesquisa crítica e historiográfica fica dificultada”, completa Stoco – que, apesar dos percalços, acrescenta uma nova obra acadêmica ao tema Silvino Santos e ao assunto cinema amazônico.
Entre os dias 14 e 25 de maio Cannes recebe a edição 2019 do tradicional festival de cinema, se transformando no centro das atenções do mundo da dramaturgia internacional. Aqui, reunimos todos os looks das estrelas que cruzam o red carpet do evento.
O filme brasileiro Bacurau concorre à Palma de Ouro do Festival de Cannes.
Confiram os looks das estrelas no Red Carpet d e uma das cidades mais badaladas da Riviera Francesa.
E teve brasileiro que marcou presença na 72ª edição do Festival de Cannes. Foi exibida no fim da noite da última quarta-feira (15) o filme ‘Bacurau’, do cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho, em uma sessão de gala para convidados.
A narrativa se passa num futuro muito próximo, na localidade sertaneja de Bacurau, que some do mapa. Os celulares param de funcionar, deixando os moradores isolados. Os assassinos têm carta branca para matar todo mundo.
“Bacurau”, carregada de cenas truculentas e uma estética inspirada nos filmes de faroeste dos anos 1970, pode ser encarado como um tributo às comunidades do interior do Brasil, que nesta produção não se deixam intimidar pelo grupo de assassinos americanos que trabalham para as autoridades locais. “A diferença em relação aos westerns tradicionais é que os índios eram filmados de longe, só era possível ouvi-los gritar”, diz Dornelles.
Após a exibição, as primeiras críticas da imprensa internacional começaram a ser publicadas e em boa parte delas, o filme foi bem recebido. Os destaques vão para as publicações do jornal inglês de Guardian e o site sobre filmes independentes IndieWire.
De acordo com o crítico crítico Peter Bradshaw, do ‘The Guardian’, o filme é um “trauma alucinatório com algo de Alejandro Jodorowsky, ou ‘Pelos caminhos do Inferno’, de Ted Kotcheff. É também uma vingança paranoica ocidental que lembra Clint Eastwood em ‘Por um punhado de dólares'”.
Já para David Ehrlich, do ‘IndieWire’, u”Bacurau é um western levemente piscodélico que começa no espaço sideral, termina com Udo Kier sendo caçado por um fantasma, e passa o resto de sua duração misturando tudo, de ‘Os sete samurais’ a ‘O albergue’ em um ‘foda-se’ sangrento e sem remorso para quem pensa que a tecnologia de ponta lhe dá o direito de ver o mundo como seu próprio matadouro pessoal”.
Bacurau é o representante brasileiro na corrida pela Palma de Ouro no Festival de Cannes e conta com a codireção de Juliano Dornelles. Nomes como o de Sonia Braga, Karine Teles, Bárbara Colen e Udo Kier fazem parte do elenco e a estreia no Brasil está prevista para setembro.
Sinopse: Terceiro capítulo da franquia de ação estrelada por Keanu Reeves como o (ex-)matador de aluguel John Wick.
Hellboy
Ação, direção de Neil Marshall
Sinopse: Ao chegar à Terra ainda criança, após ser invocado por um feiticeiro contratado pelo governo nazista, Hellboy (David Harbour) foi criado como um filho por Trevor Bruttenholm (Ian McShane), um professor que estava no local no momento em que emergiu do inferno. Já adulto, Hellboy se torna um aliado dos humanos na batalha contra monstros de todo tipo. Quando a poderosa feiticeira Nimue (Milla Jovovich), também conhecida com a Rainha Sangrenta, insinua seu retorno, ele logo é convocado para enfrentá-la.
Kardec
Drama, direção de Wagner de Assis
Sinopse: A biografia do educador francês Hypolite Leon Denizard Rivail, reconhecido mais tarde como Allan Kardec. Além de tradutor e escritor, Kardec é conhecido por ter codificado o espiritismo, uma das doutrinas mais praticadas no Brasil. Ele escreveu os cinco livros que compõem a Codificação da Doutrina Espírita, entre eles “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e “O Livro dos Espíritos”.
UglyDolls
Animação, direção de Kelly Asbury
Sinopse: Moxy, Wage, Babo, Ice-Bat, Wedgehead e seus outros amigos Ugly Dolls batalham com seu desejo de serem amados mesmo sendo diferentes. Subvertendo a ideia do feio como um adjetivo negativo, eles descobrem que não é preciso ser perfeito para ser incrível.
O Sol Também é Uma Estrela
Romance, direção de Ry Russo-Young
Sinopse:Natasha é uma jovem extremamente pragmática, ela não acredita em destino, apenas em fatos explicados pela ciência. Em menos de doze horas, a família de Natasha será deportada para a Jamaica, mas antes que isso aconteça ela vê Daniel e se apaixona subitamente, colocando todas as suas convicções em cheque.
Sinopse: Em 1938, a britânica Joan Stanley estudava física em Cambridge quando se apaixonou por um jovem comunista. Na mesma época, ela foi convocada pelo Comitê de Segurança Russo (KGB) para atuar como espiã do Governo de Stalin no Reino Unido. Depois de mais de cinquenta anos de serviço muito bem sucedidos, ela foi descoberta e presa pela Serviço de Inteligência Britânico (MI5).
Sinopse: Elenco: Rafael de Bona, Mayara Constantino, Orlando Seale
Ao sofrer uma grande desilusão amorosa depois de aguardar por 45 dias um amor que nunca retornou, o jovem Rafael (Rafael De Bona) decide romper as próprias barreiras e embarca em uma inesperada viagem. Seu objetivo principal é ir até três locais diferentes, encontrar com três amigos que também optaram por abandonar suas vidas por outras razões.
Os Papéis de Aspern
Drama, direção de Julien Landais
Sinopse: Na Veneza de 1885, Morton Vint (Jonathan Rhys Meyers) é um ambicioso jovem escritor fascinado com o poeta Jeffrey Aspern (Jon Kortajarena). Sem ter certeza do que vai encontrar, ele decide ir atrás das cartas que Aspern escreveu para sua musa e amante Juliana Bordereau (Vanessa Redgrave).