Os Dez Piores Filmes de 2018

Os Dez Piores Filmes de 2018

Olá, leitor do Poltrona de Cinema!

Não poderíamos nos despedir de 2018 e entrar em 2019 sem trazer os melhores e os piores filmes do ano, não é mesmo? Então antes da parte boa, vamos apresentar a ruim, seguem os piores filmes de 2018, na minha opinião. Opine se você acha que outro filme poderia ter entrado ou se algum não deveria estar nessa lista, ok? Aprecie e aguarde também pelos melhores de 2018.

10) Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom)

Que a franquia Jurassic Park, do consagrado Steven Spielberg, foi de um grande sucesso e repercute até hoje, ninguém pode negar. Mas a tentativa de emplacar uma nova sequência é um tanto desastrosa, apesar do relativo sucesso do primeiro filme, reboot lançado em 2015. Vemos uma série de cenas colocadas umas sobre as outras, efeitos visuais falhos, além da tentativa forçada de domesticar as criaturas e fazer uma aproximação forçada entre humanos e dinossauros, em especial Owen (Chris Pratt) e o velociraptor Blue. Uma verdadeira decepção!

9) Han Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars Story)

Sempre que se fala em Lucas Films e na saga Star Wars, espera-se sempre que uma grande produção vai ser lançada, certo? Mas não foi o caso de Han Solo: Uma História Star Wars, que contou com uma sequência bastante desconexa, um roteiro mal escrito e com um protagonista com sérios problemas de interpretação. Alden Ehrenreich pode até ter arrancado risadas em ‘Ave, Cesar’, dos irmãos Cohen, mas mostra claramente que o universo Star Wars não é a praia dele, Emilia Clarke transparece que se sentiria mais à vontade na aclamada série Game of Thrones e percebemos que o filme soa como uma espécie de faroeste no estilo Star Wars. Apenas Donald Glover e Woody Harrelson se salvam, um filme para ser visto apenas uma vez e logo ser esquecido.

8) Cinquenta Tons de Liberdade (Fifty Shades Freed)

Para a alegria de muitos, a saga Cinquenta Tons de Cinza, inspirada na trilogia de livros escritos por E.L. James, chegou ao fim, mas da pior forma possível. Temos o casamento de Anastacia Steele (Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan), mas um vilão muito mal desenvolvido e uma sequência de ações que se repetem. Não há muitas novidades na trama, o espectador mais uma vez se depara com cenas quentes, principalmente as que se desenrolam no famoso quarto vermelho, mas a forte libido de Grey e seus traumas do passado não mais comovem o público, que ainda se depara com uma reviravolta bastante insana. Menos mal que esse universo terminou, pois não haveria mais paciência e estômago para aguentar tamanhas sandices.

7) Os Estranhos: Caçada Noturna (The Strangers: Prey at Night)

O primeiro filme, Os Estranhos, com Liv Tyler como protagonista, fez um relativo sucesso, mas a tentativa de realizar um reboot não deu muito certo. O que se vê são praticamente as mesmas sequências de ações, sem tantas novidades, o típico terror slasher que já estamos acostumados a ver, é um filme que é um pouco mais do mesmo.

6) Slender Man: Pesadelo sem Rosto (Slender Man)

Sabe aquele terror genérico, que abusa das jump scares, com muitas cenas na penumbra e uma criatura que se comporta de diversas formas e não possui características tão precisas? Slender Man, baseado em uma lenda criada na internet nos anos 2000, podia render uma boa história e criar mais um ícone do terror, mas não é o caso. Tudo é feito de maneira apressada, os personagens sem um mínimo de impacto e um roteiro preguiçoso. Outro filme para ser esquecido ao longo do tempo.

5) A Maldição da Casa Winchester (Winchester: The House That Ghosts Built)

Mesmo estrelado por Ellen Mirren e inspirado na história real da herdeira da famosa marca fabricante de armas Winchester, o que temos é um verdadeiro emaranhado de itens, sem conexão entre eles, sustos bobos e bastante sucessivos, além de uma trama que não oferece muitas opções ao público e com um desfecho decepcionante. Uma premissa interessante que poderia e merecia ter sido mais bem aproveitada e, consequentemente, uma história mais interessante poderia ter sido contada ao espectador. Uma pena.

4) O Predador (The Predator)

A proposta desse filme é clara de fazer uma homenagem à primeira versão de Predador (1987), e as cenas de ação são até bem feitas e proporcionam grandes emoções. Porém, a trama é confusa, dotada de muitos clichês e os diálogos muito imprecisos. Há buracos em demasia, a falta de história é compensada com altas doses de violência, é um produto que lamentavelmente é desperdiçado. Dificilmente a saga deve sobreviver por muito tempo.

3)15h17-Trem para Paris (The 15:17 to Paris)

O filme traz a história de Alek Skarlatos, Spencer Stone e Anthony Sadler, três norte-americanos que resolvem passar férias na Europa, mas são surpreendidos por uma tentativa de atentado a um trem com destino a Paris. Eles resolvem ajudar os outros passageiros com seus conhecimentos acerca de primeiros socorros e também militares que aprenderam durante o Exército, além de tentar barrar os autores do crime. Até aí tudo bem, um longa com selo Clint Eastwood, vencedor de quatro Oscars, mas o roteiro perde tempo em demasia só em apresentar os três personagens, sem esquecer que não houve uma intensa carga dramática explorada durante  história. E em vez de autores, foram chamados os três rapazes que vivenciaram a história, e, claro, as atuações não foram lá das melhores, mas isso se perdoa, eles não são profissionais. Mas uma premissa que poderia ter sido mais bem trabalhada acabou por se tornar um verdadeiro dramalhão e ao mesmo tempo uma autopromoção dos Estados Unidos, que teria o sistema de segurança mais robusto do mundo, pelo menos foi assim retratado na obra. Eastwood poderia ter ficado sem fazer um filme desse.

2)Uma Dobra no Tempo (A Wrinkle in Time)

O que era para apresentar um universo fantasioso, envolvente e intrigante,a adaptação  do livro de Madeleine L’Engle acaba por se perder ao longo da projeção. O ritmo é prejudicado, a história é confusa e não diverte tanto quanto poderia. A proposta era a de cativar crianças da nova geração e fazê-las se interessar e guardar na memória o universo idealizado por Madeleine L´Engle. Uma produção que foi um verdadeiro tiro no pé da Disney, um filme catastrófico e que não deverá ser lembrado por quem teve coragem de acompanhar.

1) O Grande Circo Místico

Acredite se quiser, mas esse filme, com direção de Carlos Diegues, foi o representante brasileiro na tentativa de conseguir uma indicação para o Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro. Mas o que se vê é um filme um tanto confuso, sem uma proposta definida e que abusa das cenas de sexo, da objetificação da mulher e de muitas intervenções violentas, e em maior parte das vezes contra as mulheres. Enquanto a indústria cinematográfica, principalmente no exterior, abre espaço para movimentos contra o assédio, como o Time´s Up e o #MeToo, além de dar mais voz às mulheres, nós vamos na contramão e nos deparamos com um filme que vai contra essas ideias, bandeiras apreciadas pela Academia. Lamentavelmente perdemos mais uma vez uma oportunidade de escolhermos um filme que melhor representasse o cinema nacional no Oscar, que possa servir de exemplo e que o cinema brasileiro possa mostrar que é capaz de mostrar mais que isso, e pode ir um pouco mais adiante.

Por: Cesar Augusto Mota

 

 

 

 

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