Minha Lista de Melhores Filmes de 2018/ Cesar Augusto Mota

Minha Lista de Melhores Filmes de 2018/ Cesar Augusto Mota

Olá, leitor do Poltrona de Cinema!

Nesta última postagem de 2018 eu venho com minha lista dos melhores filmes de 2018. Não estranhem a ausência de alguns filmes famosos e aclamados durante o ano, essas produções listadas abaixo por mim foram para não coincidir com a lista da amiga Anna Barros, que trouxe grandes obras, por sinal. Aprecie e opine, algum outro poderia ter figurado nessa lista? Feliz 2019!

10) Os Incríveis 2 (Incredibles 2)

A família de heróis mais amada está de volta após 14 anos e em uma aventura ainda mais emocionante. Quando Helena Pêra é chamada para voltar a lutar contra o crime como a super-heroína Mulher-Elástica, cabe ao seu marido, Roberto, a tarefa de cuidar das crianças, especialmente o bebê Zezé. O que ele não esperava era que o caçula da família também tivesse superpoderes, que surgem sem qualquer controle.  Você vai se impressionar com a dinâmica dessa animação e vai matar as saudades dessa simpática e carismática família, que só quer o bem do próximo e limar todos os bandidos da cidade.

9) Ilha dos Cachorros (Isle of Dogs)

Nesta fantástica animação de Wes Anderson (O Fantástico Sr. Raposo), vemos Atari Kobayashi, um garoto japonês de 12 anos de idade, residente na cidade de Megasaki, sob tutela do corrupto prefeito Kobayashi. O político aprova uma nova lei que proíbe os cachorros de morarem no local, fazendo com que todos os animais sejam enviados a uma ilha vizinha repleta de lixo. Como não aceita se separar do cachorro Spots, Atari convoca os amigos, rouba um jato em miniatura em parte em busca de seu fiel amigo, aventura que transforma completamente a vida da cidade. O visual desse longa é impecável, e com temas pontuais e que valem a pena ser discutidos, como xenofobia, militarização e polarização. Uma bela homenagem à cultura japonesa, especialmente o filme ‘Os Sete Samurais’, de Akira Kurosawa.

8) Viva-A Vida é uma Festa (Coco)

Uma belíssima animação da Pixar e vencedora do Oscar que revela as descobertas de Miguel, um garotinho mexicano que sonha em se tornar um grande músico. Um filme que trata não só de música, mas também de luto, e celebrar o dia dos mortos é uma tradição da cultura mexicana, costume este que vai promover a união entre gerações e vai resgatar um tema que antes era tratado como tabu pela família Rivera, a música.

7) Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman)

Apontado como um dos melhores filmes já feitos por Spike Lee, ‘Infiltrado na Klan’ resgata uma história insana e real de um passado recente para criticar não só o racismo existente nos anos 70, mas também o vivido nos dias atuais. Trata-se de uma adaptação da história real de Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro da cidade de Colorado Springs. Ele não só conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan, como conquistou a confiança de seus membros até estabelecer contato direto com o líder David Duke (Topher Grace), que na época se autointitulava Diretor Nacional e usava roupas formais no lugar dos capuzes brancos — uma forma de disfarçar sua associação com a organização. O objetivo de Stallworth era identificar ataques de cunho racial contra ativistas do movimento negro.

6) Jogador Nº 1 (Ready Player One)

Uma ficção científica que marca o retorno triunfal de Steven Spielberg, vencedor de dois Oscars. O filme se passa no ano de 2045, com o mundo à beira do caos e do colapso. Contudo, as pessoas encontraram refúgio no OASIS, um amplo universo de realidade virtual criado pelo genial e excêntrico James Halliday (Mark Rylance). Quando Halliday morre, ele deixa sua fortuna para a primeira pessoa que encontrar o tesouro que ele escondeu em algum lugar do OASIS, dando origem a uma competição que envolve o mundo inteiro. Quando um jovem e improvável herói chamado Wade Watts (Tye Sheridan) decide participar da competição, ele entra em uma caça ao tesouro arriscada e capaz de distorcer a realidade, através de um universo fantástico de mistério, descoberta e perigo.

5) Assunto de Família (Shoplifters)

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, você sem dúvida vai se sensibilizar com essa história e com a família desse filme de Hirokazu Kore-eda. Depois de uma de suas sessões de furtos, Osamu (Lily Franky) e seu filho se deparam com uma garotinha. A princípio eles relutam em abrigar a menina, mas a esposa de Osamu concorda em cuidar dela depois de saber das dificuldades que enfrenta. Embora a família seja pobre e mal ganhem dinheiro dos pequenos crimes que cometem, eles parecem viver felizes juntos até que um incidente revela segredos escondidos, testando os laços que os unem.

4) Um Lugar Silencioso (A Quiet Place)

Esse filme de terror pós-apocalíptico, dirigido por John Krasinski, sem dúvida está entre as grandes produções do ano, com tensão e agonia do início ao fim. Quem acompanha se sente inserido no ambiente no qual se passa a trama, e fazer barulho pode ser fatal e pode despertar uma sombria criatura que vive ali, sensível a qualquer ruído. Emily Blunt é o grande destaque, que passa veracidade e muita dramaticidade em sua atuação, o público se sente atingido e vai com ela até o fim da trama, em busca de sobrevivência e de fuga da nefasta criatura.

3) Bird Box

Essa produção da Netflix possui uma premissa semelhante a ‘Um Lugar Silencioso’, mas os personagens são privados de enxergar, e caso vejam o que está ao redor, serão afetados por uma criatura invisível, que irá provocar uma sucessão de suicídios coletivos. Sandra Bullock, a vencedora do Oscar por Um Sonho Possível (The Blind Side) é a estrela desse filme pós-apocalíptico, que entrega uma atuação forte, explosiva e muito envolvente, sem dúvida uma das melhores de sua carreira.

2) Roma

Outra produção da Netflix e com forte potencial a receber uma indicação ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro. A produção de Alfonso Cuarón, vencedor do Oscar por Gravidade (Gravity), a trama se passa na Cidade do México, no bairro Roma, em 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.

1) Aquaman

Bastante aclamado pelo público e pela imprensa brasileira e internacional, esse novo filme da DC consegue aliar dinamismo, humor, grandes efeitos especiais e muitas sequências frenéticas de ação, que faltaram nas últimas produções do Universo DC.  O mundo retratado no filme de James Wan (Invocação do Mal) é crível, exuberante e recheado de batalhas épicas embaixo d´água e que ameaçam o Império de Atlantis. Vale a pena, se não viu ainda, corra e aproveite!

Por: Cesar Augusto Mota

Os Dez Piores Filmes de 2018

Os Dez Piores Filmes de 2018

Olá, leitor do Poltrona de Cinema!

Não poderíamos nos despedir de 2018 e entrar em 2019 sem trazer os melhores e os piores filmes do ano, não é mesmo? Então antes da parte boa, vamos apresentar a ruim, seguem os piores filmes de 2018, na minha opinião. Opine se você acha que outro filme poderia ter entrado ou se algum não deveria estar nessa lista, ok? Aprecie e aguarde também pelos melhores de 2018.

10) Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom)

Que a franquia Jurassic Park, do consagrado Steven Spielberg, foi de um grande sucesso e repercute até hoje, ninguém pode negar. Mas a tentativa de emplacar uma nova sequência é um tanto desastrosa, apesar do relativo sucesso do primeiro filme, reboot lançado em 2015. Vemos uma série de cenas colocadas umas sobre as outras, efeitos visuais falhos, além da tentativa forçada de domesticar as criaturas e fazer uma aproximação forçada entre humanos e dinossauros, em especial Owen (Chris Pratt) e o velociraptor Blue. Uma verdadeira decepção!

9) Han Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars Story)

Sempre que se fala em Lucas Films e na saga Star Wars, espera-se sempre que uma grande produção vai ser lançada, certo? Mas não foi o caso de Han Solo: Uma História Star Wars, que contou com uma sequência bastante desconexa, um roteiro mal escrito e com um protagonista com sérios problemas de interpretação. Alden Ehrenreich pode até ter arrancado risadas em ‘Ave, Cesar’, dos irmãos Cohen, mas mostra claramente que o universo Star Wars não é a praia dele, Emilia Clarke transparece que se sentiria mais à vontade na aclamada série Game of Thrones e percebemos que o filme soa como uma espécie de faroeste no estilo Star Wars. Apenas Donald Glover e Woody Harrelson se salvam, um filme para ser visto apenas uma vez e logo ser esquecido.

8) Cinquenta Tons de Liberdade (Fifty Shades Freed)

Para a alegria de muitos, a saga Cinquenta Tons de Cinza, inspirada na trilogia de livros escritos por E.L. James, chegou ao fim, mas da pior forma possível. Temos o casamento de Anastacia Steele (Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan), mas um vilão muito mal desenvolvido e uma sequência de ações que se repetem. Não há muitas novidades na trama, o espectador mais uma vez se depara com cenas quentes, principalmente as que se desenrolam no famoso quarto vermelho, mas a forte libido de Grey e seus traumas do passado não mais comovem o público, que ainda se depara com uma reviravolta bastante insana. Menos mal que esse universo terminou, pois não haveria mais paciência e estômago para aguentar tamanhas sandices.

7) Os Estranhos: Caçada Noturna (The Strangers: Prey at Night)

O primeiro filme, Os Estranhos, com Liv Tyler como protagonista, fez um relativo sucesso, mas a tentativa de realizar um reboot não deu muito certo. O que se vê são praticamente as mesmas sequências de ações, sem tantas novidades, o típico terror slasher que já estamos acostumados a ver, é um filme que é um pouco mais do mesmo.

6) Slender Man: Pesadelo sem Rosto (Slender Man)

Sabe aquele terror genérico, que abusa das jump scares, com muitas cenas na penumbra e uma criatura que se comporta de diversas formas e não possui características tão precisas? Slender Man, baseado em uma lenda criada na internet nos anos 2000, podia render uma boa história e criar mais um ícone do terror, mas não é o caso. Tudo é feito de maneira apressada, os personagens sem um mínimo de impacto e um roteiro preguiçoso. Outro filme para ser esquecido ao longo do tempo.

5) A Maldição da Casa Winchester (Winchester: The House That Ghosts Built)

Mesmo estrelado por Ellen Mirren e inspirado na história real da herdeira da famosa marca fabricante de armas Winchester, o que temos é um verdadeiro emaranhado de itens, sem conexão entre eles, sustos bobos e bastante sucessivos, além de uma trama que não oferece muitas opções ao público e com um desfecho decepcionante. Uma premissa interessante que poderia e merecia ter sido mais bem aproveitada e, consequentemente, uma história mais interessante poderia ter sido contada ao espectador. Uma pena.

4) O Predador (The Predator)

A proposta desse filme é clara de fazer uma homenagem à primeira versão de Predador (1987), e as cenas de ação são até bem feitas e proporcionam grandes emoções. Porém, a trama é confusa, dotada de muitos clichês e os diálogos muito imprecisos. Há buracos em demasia, a falta de história é compensada com altas doses de violência, é um produto que lamentavelmente é desperdiçado. Dificilmente a saga deve sobreviver por muito tempo.

3)15h17-Trem para Paris (The 15:17 to Paris)

O filme traz a história de Alek Skarlatos, Spencer Stone e Anthony Sadler, três norte-americanos que resolvem passar férias na Europa, mas são surpreendidos por uma tentativa de atentado a um trem com destino a Paris. Eles resolvem ajudar os outros passageiros com seus conhecimentos acerca de primeiros socorros e também militares que aprenderam durante o Exército, além de tentar barrar os autores do crime. Até aí tudo bem, um longa com selo Clint Eastwood, vencedor de quatro Oscars, mas o roteiro perde tempo em demasia só em apresentar os três personagens, sem esquecer que não houve uma intensa carga dramática explorada durante  história. E em vez de autores, foram chamados os três rapazes que vivenciaram a história, e, claro, as atuações não foram lá das melhores, mas isso se perdoa, eles não são profissionais. Mas uma premissa que poderia ter sido mais bem trabalhada acabou por se tornar um verdadeiro dramalhão e ao mesmo tempo uma autopromoção dos Estados Unidos, que teria o sistema de segurança mais robusto do mundo, pelo menos foi assim retratado na obra. Eastwood poderia ter ficado sem fazer um filme desse.

2)Uma Dobra no Tempo (A Wrinkle in Time)

O que era para apresentar um universo fantasioso, envolvente e intrigante,a adaptação  do livro de Madeleine L’Engle acaba por se perder ao longo da projeção. O ritmo é prejudicado, a história é confusa e não diverte tanto quanto poderia. A proposta era a de cativar crianças da nova geração e fazê-las se interessar e guardar na memória o universo idealizado por Madeleine L´Engle. Uma produção que foi um verdadeiro tiro no pé da Disney, um filme catastrófico e que não deverá ser lembrado por quem teve coragem de acompanhar.

1) O Grande Circo Místico

Acredite se quiser, mas esse filme, com direção de Carlos Diegues, foi o representante brasileiro na tentativa de conseguir uma indicação para o Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro. Mas o que se vê é um filme um tanto confuso, sem uma proposta definida e que abusa das cenas de sexo, da objetificação da mulher e de muitas intervenções violentas, e em maior parte das vezes contra as mulheres. Enquanto a indústria cinematográfica, principalmente no exterior, abre espaço para movimentos contra o assédio, como o Time´s Up e o #MeToo, além de dar mais voz às mulheres, nós vamos na contramão e nos deparamos com um filme que vai contra essas ideias, bandeiras apreciadas pela Academia. Lamentavelmente perdemos mais uma vez uma oportunidade de escolhermos um filme que melhor representasse o cinema nacional no Oscar, que possa servir de exemplo e que o cinema brasileiro possa mostrar que é capaz de mostrar mais que isso, e pode ir um pouco mais adiante.

Por: Cesar Augusto Mota

 

 

 

 

Cena inédita de ‘Diamantino’ compara futebol com arte

Cena inédita de ‘Diamantino’ compara futebol com arte

“DIAMANTINO”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, está em cartaz nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Maceió, Natal e Fortaleza. A trama traz o jogador de futebol Diamantino (Carloto Cotta) no centro da história. Depois de ser responsabilizado por um dos maiores fracassos da história recente do futebol português, o jogador resolve deixar os campos. Em crise, ele resolve fazer uma série de coisas em busca de um novo propósito na vida, entre elas, a adoção de um refugiado. Enquanto embarca nessa odisseia, as irmãs gêmeas do jogador tramam para continuarem lucrando às custas do seu talento nas quatro linhas.

Em cena inédita, Diamantino narra que seu pai o considera o novo Michelangelo, já que, para ele, o futebol é a arte mais bonita de todas, e o estádio é a catedral. Rodado em Portugal, o filme trata de maneira bem-humorada assuntos da atualidade, como o culto à celebridade, o crescimento da extrema direita e a crise dos refugiados.

O filme é uma coprodução entre a portuguesa Maria & Mayer, a francesa Les Films du Belier e a brasileira Syndrome Films, de Daniel van Hoogstraten, que produziu o premiado filme “Fala Comigo”. A distribuição no Brasil é da Vitrine Filmes.  O longa conquistou o Grande Prêmio da Semana da Crítica de Cannes e passou pelo Festival de Toronto, Mostra de Cinema de São Paulo e Festival do Rio.

Sinopse:
Diamantino, o maior jogador de futebol do mundo, perde seu talento e encerra sua carreira em desgraça. Em busca de um novo propósito na vida, o ícone internacional embarca numa odisseia delirante, onde ele enfrenta o neofascismo, a crise dos refugiados, mutações genéticas, e a busca pela origem de seu gênio.

Ficha Técnica:
direção: Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
produzido por: Daniel van Hoogstraten, Justin Taurand e Maria João Mayer
produtora: Maria & Mayer (Portugal) / Les Films du Belier (França)
coprodução: Syndrome Films (Brasil)
roteiro: Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
elenco: Carloto Cotta, Cleo Tavares, Anabela Moreira, Margarida Moreira, Joana Barrios, Maria Leite
direção de fotografia: Charles Ackley Anderson
direção de arte: Bruno Duarte e Cypress Cook
montagem: Raphaëlle Martin-Holger
edição de som: Daniel Turini e Fernando Henna
mixagem: Benjamin Viau
música original: Ulysse Klotz & Adriana Holtz

Trailer

SOBRE A SYNDROME FILMS

A Syndrome Films é uma produtora de conteúdo audiovisual, baseada no Rio de Janeiro, que desenvolve e produz projetos de alta qualidade artística, levando também em conta seu potencial comercial. Além de Diamantino, outras obras produzidas pela Syndrome e seus sócios estão o curta Tá, de Felipe Sholl (2007), ganhador do Teddy Award no Festival Internacional de Cinema de Berlim 2008, o documentário longa-metragem Rainhas, de Fernanda Tornaghi e Ricardo Bruno (2009), vencedor do grande prêmio do Festival Brasileiro de Nova Iorque 2010, o curta Gisela, de Felipe Sholl (2011), o longa-metragem Fala Comigo, de Felipe Sholl (2016), que estreou no Festival do Rio 2016, recebendo os prêmios de melhor atriz e melhor filme, e coproduziu os longas-metragens Pendular (2017), de Julia Murat, coprodução Argentino-Franco-Brasileira, que recebeu o prêmio FIPRECI na sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Berlim 2017.

SOBRE A VITRINE FILMES

Em oito anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 120 filmes. Entre seus maiores sucessos estão “Aquarius” e “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro e o americano “Frances Ha”, dirigido por Noah Baumbach, indicado ao Globo de Ouro em 2014.
Em 2017, a Vitrine lançou “O Filme da Minha Vida”, terceiro longa como diretor de Selton Mello, e “Divinas Divas”, dirigido por Leandra Leal, o documentário mais visto no ano.
Alguns dos mais importantes lançamentos deste ano da Vitrine foram “Paraíso Perdido”, de Monique Gardenberg, “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que está entre os 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional e “Benzinho”, dirigido por Gustavo Pizzi e protagonizado por Karine Teles, exibido no Festival de Sundance.

‘Greta’, filme protagonizado por Marco Nanini, é escolhido para Mostra Panorama do Festival de Berlim

‘Greta’, filme protagonizado por Marco Nanini, é escolhido para Mostra Panorama do Festival de Berlim

Com distribuição da Pandora Filmes, longa traz Marco Nanini no elenco

Marco Nanini está de volta aos cinemas na pele de Pedro, um enfermeiro homossexual de 70 anos, fã fervoroso de Greta Garbo. É em torno do personagem que a trama de “GRETA”, longa de estreia de Armando Praça, se desenvolve. O filme foi selecionado para a Mostra Panorama do Festival de Berlim de 2019.

No longa, Pedro (Marco Nanini) precisa liberar uma vaga no hospital onde trabalha para sua melhor amiga, Daniela (Denise Weiberg). Para conseguir internar a amiga travesti no hospital lotado, ele precisa ajudar Jean (Demick Lopes), um jovem que acaba de ser hospitalizado e algemado por ter cometido um crime. Jean pede ajuda para fugir do hospital, e Pedro vê a chance de conseguir salvar a amiga, que sofre de uma insuficiência renal grave. Pedro, então, esconde Jean na sua casa até a sua recuperação, e os dois acabam se envolvendo amorosamente.

Ambientado em Fortaleza, o filme é livremente inspirado na peça Greta Garbo Quem Diria Acabou no Irajá, do dramaturgo Fernando Melo. “GRETA” será distribuído pela Pandora Filmes.

Sinopse

Pedro (Marco Nanini), um enfermeiro homossexual de 70 anos, fervoroso fã de Greta Garbo, precisa liberar uma vaga no hospital onde trabalha para Daniela (Denise Weiberg), sua melhor amiga. Para salvar Daniela, ele decide ajudar Jean, um jovem que acaba de ser hospitalizado e algemado por ter cometido um crime. Pedro o ajuda a fugir e esconde-o em sua própria casa até que ele se recupere e nesse período, eles se envolvem afetiva e sexualmente. Essa relação será essencial para que Pedro sobreviva à perda de Daniela, mas também cause mudanças surpreendentes em si mesmo e no modo como ele lida com a solidão.

Ficha Técnica

Direção / Roteiro: Armando Praça
Produção: João Vieira Jr., Nara Aragão e Armando Praça
Produção Executiva: Maurício Macêdo e João Vieira Jr.
Direção de Produção: Maurício Macêdo
Direção de Fotografia: Ivo Lopes Araújo
Direção de Arte: Diego Costa
Montagem: Karen Harley
Figurino: Thaís de Campos
Maquiagem: Amanda Mirage
Edição de Som: Waldir Xavier
Som Direto: Pedro Moreira e Moabe Filho
Mixagem: Nicolau Domingues
Elenco: Marco Nanini, Denise Weinberg, Démick Lopes, Gretta Sttar

SOBRE O DIRETOR

Armando Praça, nascido em 1978 em Aracati, Ceará é cineasta e sociólogo, trabalhou como assistente de direção, roteirista e preparador de elenco de importantes diretores brasileiros como, Marcelo Gomes, Karim Ainouz, Márcia Faria, Sérgio Rezende, Halder Gomes, Rosemberg Cariry, entre outros. Realizou curtas e médias metragens. Entre eles: A Mulher Biônica (exibido no festival de curtas metragens de Clermont Ferrand), O Amor do Palhaço, Origem: Destino e Parque de Diversões. Atualmente está lançando seu primeiro longa, Greta e se prepara para filmar o segundo, Fortaleza Hotel e desenvolve os projetos Ne Me Quitte Pas e Cachoeira do Descuido.

SOBRE A CARNAVAL FILMES

Fundada e dirigida pelos experientes produtores João Vieira Jr. e Nara Aragão, Carnaval Filmes tem foco em conteúdo original e cinema autoral. Em parceria com mentes criativas, tem entre seus recentes lançamentos os documentários Estou me guardando para quando o carnaval chegar, de Marcelo Gomes e Casa, de Letícia Simões, o longa de ficção Greta, de Armando Praça e a série infantil de animação Bia Desenha, para a TV Brasil.

Se prepara para filmar em 2019 a série Chão de Estrelas, de Hilton Lacerda, para o Canal Brasil e desenvolve o projeto de série de animação Dó Ré Mi Fadas e a série de ficção De volta para Casa.

Seus próximos lançamentos serão os longas Vestido branco, véu e grinalda, de Marcelo Gomes e Fim de Festa, de Hilton Lacerda

SOBRE A PANDORA FILMES

A Pandora Filmes é uma distribuidora de filmes de arte, ativa no Brasil desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição de filmes de arte no Brasil com relançamentos de clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder, e revelações de nomes outrora desconhecidos no país, como Wong Kar-Wai, Atom Egoyan e Agnés Jaoui.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora Filmes sempre reserva espaço especial para o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos. Dentro desse segmento, destaca-se o recente “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert, um grande sucesso, visto no cinema por mais de 500 mil espectadores.

Encerram no Brasil as filmagens de O Traidor

Encerram no Brasil as filmagens de O Traidor

Encerram as filmagens de O Traidor, longa-metragem filmado 8 semanas na Itália, 2 na Alemanha e 2 Brasil; e conta com paisagens da cidade do Rio de Janeiro em seu roteiro. Dirigido por Marco Bellocchio, é uma coprodução Itália-Brasil-Alemanha-França Brasil, uma produção IBC Movie, Kavac Film em coprodução com Rai Cinema (Itália), Gullane em coprodução com Telecine (Brasil), Match Factory Productions (Alemanha) e AD Vitam (França). O filme é uma biografia de Tommaso Buscetta, o primeiro chefe de alto escalão da máfia a se transformar em informante no caso “Cosa Nostra” em um ato de traição heroica, e é estrelado por Pierfrancesco Favino e Maria Fernanda Cândido. A distribuição no Brasil será feita pela 

Fênix Filmes e Pandora Filmes. 

Com roteiro de Marco Bellocchio, Bibbiana Santella, Ludovica Rampoldi e Francesco Piccolo, a intrigante história italiana mostra a perseguição de Buschetta pela família Corleonni, seu exílio no Rio de Janeiro e o emocionante julgamento (Maxiprocesso) onde pela primeira vez foi revelado publicamente o funcionamento interno da “Cosa Nostra”. O filme será majoritariamente falado em italiano e com algumas cenas em português. 

Marco Bellocchio é diretor de cinema, roteirista e ator italiano. Uma das personalidades italianas mais importantes, no meio intelectual e cultural, ganhou em 1991 o Urso de Prata – Prêmio Especial do Júri no 41º Festival Internacional de Cinema de Berlim por seu filme “The Conviction”. Em 2011, Bellocchio foi premiado com o Leão de Ouro no Festival Internacional de Cinema de Veneza por sua carreira cinematográfica. Em 2006, seu filme “The Wedding Director” foi exibido na seção Un Certain Regard no Festival de Cinema de Cannes. Em 2009, dirigiu “Vincere”, que esteve na principal competição do Festival de Cinema de Cannes. Seu filme de 2012 “Dormant Beauty” foi selecionado para competir pelo Leão de Ouro no 69º Festival Internacional de Cinema de Veneza. O longa é produzido por Giuseppe Chaschetto, Simone Gattoni, Fabiano Gullane, Caio Gullane, Michael Weber, Viola Fügen, e Alexandra Henochsberg.  

Sinopse   
Tommaso Buscetta, mafioso que se exilou no Brasil tentando deixar a vida de crimes, é preso e mandado de volta para a Itália. Durante o processo que se segue, ele, sentindo que a máfia abandonou os princípios sobre os quais foi fundada, faz um acordo com o estado para depor conta seus ex-colegas. Vamos aos poucos conhecendo as amizades e inimizades que trouxeram a situação até este ponto, enquanto Tommaso revê aqueles com quem um dia se associou.  

Ficha Técnica
Elenco: Pierfrancesco Favino como Tommaso Buscetta   
Maria Fernanda Candido como Cristina  
Direção: Marco Bellocchio  
Direção de Fotografia: Vladan Rodovic  
Direção de Arte: Andrea Castorina e Daniela Vilela  
Figurino: Daria Calvelli e Gabriella Marra  
Montagem: Maria Francesca Calvelli  
Produzido por: Giuseppe Chaschetto, Simone Gattoni, Fabiano Gullane, Caio Gullane, Michael Weber, Viola Fügen, e Alexandra Henochsberg  
Produtor Delegado Brasil: André Ristum  
Produtoras: IBC Movie, Kavac Film, Rai Cinema, Gullane, Match Farctory Productions e AD Vitam  
Distribuição Brasil: Fênix Filmes e Pandora Filmes

 

Por Anna Barros