‘A Sombra do Pai’, de Gabriela Amaral Almeida, começa carreira internacional no Festival de Cinema de Tóquio

‘A Sombra do Pai’, de Gabriela Amaral Almeida, começa carreira internacional no Festival de Cinema de Tóquio

Filme é o único brasileiro da lista

“A SOMBRA DO PAI”, novo longa-metragem da diretora Gabriela Amaral Almeida (O Animal Cordial), foi selecionado para o Festival de Cinema de Tóquio, que acontece entre 25 de outubro e 3 de novembro. O filme participará da competição internacional junto de outros 15 títulos vindos do mundo todo.

Protagonizado por Julio Machado (Joaquim) e Nina Medeiros (As Boas Maneiras), A SOMBRA DO PAI conta a história de Dalva, uma menina de nove anos às voltas com o silêncio do pai, o pedreiro Jorge (Machado), que fica mais e mais triste após perder o melhor amigo em um acidente. A irmã de Jorge, Cristina (Luciana Paes, de O Animal Cordial), administrava a vida de pai e filha desde a morte da mãe da menina, há três anos. Quando Cristina deixa a casa do irmão para se casar, Jorge e Dalva precisam enfrentar a distância que os separa.

Fã de filmes de terror, Dalva acredita ter poderes sobrenaturais e ser capaz de trazer a mãe de volta à vida. À medida que Jorge se torna mais e mais ausente – e eventualmente perigoso –, a Dalva resta a esperança de que sim, sua mãe há de voltar.

O filme aborda as consequências da inversão de papéis entre um pai e uma filha, que enfrentam uma situação de exceção, através de uma narração realista, com toques de horror e fantasia, marcas registradas da diretora. Gabriela volta a apresentar um filme em Brasília, após ter sido premiada em duas ocasiões, como melhor roteirista pelos curtas A Mão que Afaga (2011) e Estátua! (2014).

Ainda sem data de lançamento, A SOMBRA DO PAI teve estreia mundial no 51° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em setembro, e levou os troféus Candango de Melhor Som (Daniel Turini), Melhor Montagem (Karen Arkeman) e Melhor Atriz Coadjuvante ( Luciana Paes). O filme é uma produção da Acere em coprodução com a RT Features.

SINOPSE

Quando uma criança é obrigada a virar o “adulto da casa” porque seu pai está doente e a sua mãe, morta, há uma inversão na ordem natural das coisas. A infância se transforma em saga. E a paternidade frustrada, em condenação.

FICHA TÉCNICA

Direção e roteiro: Gabriela Amaral Almeida
Argumento: Gabriela Amaral Almeida
Elenco: Júlio Machado, Nina Medeiros, Luciana Paes
Produção: Acere
Coprodução: RT Features
Produção: Rodrigo Sarti Werthein, Rune Tavares e Rodrigo Teixeira
Produção Executiva: Rodrigo Sarti Werthein e Rune Tavares
Direção de Fotografia: Bárbara Álvarez
Direção de Arte: Valdy Lopes Jn.
Montador: Karen Akerman
Trilha Sonora: Rafael Cavalcanti
Idioma: Português
Gênero: Drama / Fantasia / Horror
Ano: 2018
País: Brasil
Classificação: 16 anos

SOBRE A DIRETORA

A SOMBRA DO PAI é o segundo projeto de longa-metragem de Gabriela Amaral Almeida, e estreia em Festivais quase simultaneamente à estreia comercial de seu primeiro filme, O ANIMAL CORDIAL (em cartaz nos cinemas brasileiros a partir do dia 9 de agosto). Diretora, roteirista e dramaturga, Gabriela é Mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA (Brasil) com especialização em roteiro pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) de Cuba. Escreveu (e escreve) para outros diretores, como Walter Salles, Cao Hamburger e Sérgio Machado. Como diretora, realizou os curtas “Náufragos” (2010, co-dirigido com Matheus Rocha), “Uma Primavera” (2011), “A Mão que Afaga” (2012), “Terno” (2013, co-dirigido com Luana Demange) e “Estátua” (2014). O conjunto de seus curtas foi selecionado para mais de cem festivais nacionais e internacionais, tais como o Festival de Cinema de Brasília, o Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o Festival de Curtas de Nova York, dentre outros.

São destaque os prêmios recebidos por algumas destas obras, como os prêmios de melhor roteiro, melhor atriz (para Luciana Paes) e prêmio da crítica no 45o Festival de Cinema de Brasília para “A Mão que Afaga”, e os prêmios de melhor atriz (para Maeve Jinkings) e melhor roteiro para “Estátua!”, no mesmo festival, dois anos depois. Com o seu projeto de longa-metragem “A Sombra do Pai”, foi selecionada para os laboratórios de Roteiro, Direção e Música e Desenho de Som do Sundance Institute. O projeto contou com a assessoria de Quentin Tarantino (“Pulp Fiction”), Marjane Satrapi (“Persépolis”), Robert Redford (“Butch Cassidy and the Sundance Kid”), dentre outros.

Seu mais recente trabalho como roteirista foi para o média-metragem “A Terra Treme”, drama ambientado na tragédia ambiental ocorrida em Mariana, Minas Gerais. Dirigido por Walter Salles, o curta integra uma antologia composta por cinco curtas, dirigidos por outros quatro diretores além de Salles: Aleksey Ferdochenko (Rússia), Madhur Bhandarkar (Índia), Jahmil X.T. Qubeka (África do Sul) e Jia Zhangke (China). O filme coletivo estreia no Festival de cinema BRICS, em Chengdu, na China, em junho deste ano (2017).

Atualmente, trabalha no desenvolvimento de seu próximo longa-metragem, uma fábula de exorcismo (ainda sem título), a ser produzida também pela RT Features. Nos Estados Unidos, é agenciada pela WME.

Sobre a ACERE

A ACERE é uma produtora audiovisual, fundada em 2007, focada na criação e desenvolvimento de conteúdos originais. Em 2016 a produtora lançou o longa “Entre idas e vindas” de José Eduardo Belmonte, com Ingrid Guimarães, Fabio Assunção e Alice Braga. Em 2017, a produtora finalizou a produção do longa “A Sombra do Pai”, de Gabriela Amaral Almeida, com lançamento comercial programado para o primeiro semestre de 2019. Também em 2017 estrutura-se seu Núcleo Criativo com parcerias artísticas com realizadores e autores como José Eduardo Belmonte, Pablo Stoll, Luiz Eduardo Soares, Ismail Xavier, Aarón Fernandez, Pedro Freire, Marcos Faustini, Jorge Saad Jafet, Maíra Bühler., entre outros. Em 2018, a produtora está em produção do longa “O Homem Cordial” de Iberê Carvalho com Paulo Miklos e Thaíde no elenco. Para 2019 prepara-se para filmar, “A Fúria”, de Ruy Guerra, e “Os Bacaninhas”, produção infanto-juvenil com direção de Alexandre Boury.

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