Poltrona Cabine: Eu Só Posso Imaginar/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Eu Só Posso Imaginar/ Cesar Augusto Mota

Você curte drama e que fale sobre o valor do perdão? E que tal um que é baseado em uma história real e que serviu de inspiração para a composição da canção cristã mais popular de todos os tempos dos Estados Unidos? Dirigido pelos irmãos Andrew e Jon Erwin (Mamãe: Operação Balada), ‘Eu só posso Imaginar’ (I Can Only Imagine), longa-metragem com título homônimo da música do cantor e compositor Bart Millard, vocalista da banda norte-americana MercyMe chega aos cinemas não só para surpreender o público como também para transmitir importantes valores da vida, como o amor, a compreensão e a superação.

Somos apresentados à emocionante e difícil jornada de Bart Millard, vivido por J. Michael Finley, um jovem que teve uma infância difícil e conturbada e sofreu maus-tratos de seu pai, interpretado por Dennis Quaid (Quadro Vidas de um Cachorro), um homem violento e que nunca compreendeu a paixão do filho pela música. O filho se distancia cada vez mais do pai e passa a correr atrás de seu sonho, mas para isso vai encontrar muitos percalços e acabará por se surpreender com alguns ensinamentos de fé que não só transformarão sua vida como também o ajudarão a mudar para sempre a do patriarca.

Esse filme não é aquele típico dramalhão presente nas novelas mexicanas e tampouco uma produção de Sessão da Tarde, com clichês e muitas risadas. Trata-se de um longa com premissas bem definidas e que mostra a que veio, com mensagens importantes em momentos precisos e dramaticidade quando as ocasiões pedem. O roteiro soube trabalhar bem esses dois elementos, além de nos apresentar uma perfeita sincronia da narração off do protagonista com os momentos épicos e tortuosos pelos quais passou, sem esquecer da perfeita montagem utilizada para inserir o espectador e mantê-lo conectado com a história do protagonista. Os diálogos são poderosos, e mensagens como ‘Sonhos não pagam contas e eles s&oacute ; servem para deixar você distante do mundo real’ são recorrentes e necessários, sem ser piegas e muito menos enfadonho.

Outro ponto alto está nas atuações do elenco, proporcionando as mais diversas sensações e também criando fortes laços com o público, cada vez mais envolvido com a história e torcendo para o sucesso de Bart em sua jornada. J. Michael Finley consegue entregar um protagonista carismático e inseguro, mas que soube reconhecer seus defeitos e aos poucos se libertando de seus medos e fantasmas do passado, que o impediam de avançar e chegar com força ao seu objetivo. Dennis Quaid, o principal antagonista da trama, convence como pai violento de Bart e apresenta uma transformação impressionante que vai ser responsável por uma importante virada do filho na reta final da trama. E menções honrosas também para dois atores secundários que exercem papel importante e são os dinâmicos da história, como Madeline Carrol (O Reencontro) e Trace Adkins (O Poder e a Lei), a namorada e o empresário da banda MercyMe, respectivamente. Ambos mostram ao personagem central o quanto ele era forte e o que ainda faltava para alcançar seu sonho. Havia lacunas que precisavam ser preenchidas, e eles conseguem ajudar Bart Millard a fazer isso com coragem, mestria e muita perseverança, pontos que são valorizados no filme e mostrados com um perfeito enfoque e que valorizam ainda mais a trajetória de Bart e da banda MercyMe, famosa até hoje e com forte influência nas vidas dos norte-americanos.

Uma história edificante, motivacional e de forte apelo, ‘Eu só Posso Imaginar’ sem dúvida vai atingir os corações do público e mostrar o que está por atrás de uma canção tão cultuada e que já inspirou milhões de pessoas. E antes de sair da sala, você terá uma bela surpresa, não perca!

Cotação: 5/5 poltronas.

 

Por: Cesar Augusto Mota

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