Poltrona Resenha: Vingadores-Guerra Infinita/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Vingadores-Guerra Infinita/ Cesar Augusto Mota

Dentre todos os filmes lançados até hoje pela Marvel, sem dúvida ‘Vingadores: Guerra Infinita’ é o mais aguardado. Com toda a expectativa e dramatização criados em torno do universo Marvel e seus personagens e a junção de todos eles, chegamos preparados para um filme que promete não só novas emoções como também ambientes mais sombrios e um vilão carismático e carregado de motivações fortes.  Mas será que esse longa dirigido pelos irmãos Anthony e Joseph V. Russoconsegue manter a essência de todos os personagens dos quadrinhos e encerrar o primeiro arco dos Vingadores com excelência?

Desta vez o Homem de Ferro, Hulk, Thor e companhia vão se deparar com Thanos (Josh Brolin), o ser mais poderoso do universo e que vem ávido para capturar todas as Joias do Infinito, para buscar o equilíbrio e favor da vida, mesmo que tenha que dizimar milhões de inocentes. Não há espaço para deslizes, qualquer falha pode ser fatal e a junção de todos os Vingadores será crucial para salvar a humanidade e deter um vilão que aparentemente é imbatível.

A figura de Thanos é construída como uma figura imponente, humanizada e de sentimentos que passam longe da pieguice. Ele impõe medo, transmite ameaça o tempo todo e envolve o espectador, além de se utilizar da sinceridade e do carisma para tornar válidos todos os seus atos. O inimigo é bem traçado e estabelecido na trama, além da devida conciliação de tantos heróis em uma mesma trama, com a distribuição deles nos momentos certos e impactados de alguma maneira, ninguém é mero figurante. O núcleo do Homem de Ferro (Robert Downey Jr), composto por Homem-Aranha (Tom Holland) e Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), no qual boa parte das ações se concentram, é um dos grandes destaques, com muita pancadaria, impressionantes efeitos especiais e um ótimo entrosamento dos personagens.

A ambientação das ações e os efeitos CGI também são pontos fortes do filme, com representações fortes da Ordem Negra e composições da Corvus Glaive (Michael James Shaw) e Próxima Meia-Noite (Carrie Coon), com excelentes cenas de ação contra os Vingadores. Não só protagonistas carismáticos e expressivos física e psicologicamente que vemos, mas também palcos que possibilitam que percebamos detalhadamente as interpretações de cada herói, além de suas virtudes e fragilidades. A essência dos ícones do Universo Marvel é devidamente respeitada, além de surpreender positivamente os fãs com uma história envolvente, com batalhas ép icas e momentos imprevisíveis.

A Marvel, portanto, consegue entregar ao espectador tudo o que prometeu, com um longa eletrizante, que foge da estrutura clássica de início, meio e fim e com um grande ponto de virada, perceptível após a exibição da cena pós-crédito. Não saia correndo, fique até o fim, vale a pena!

Avaliação: 5/5 estrelas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

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