Maratona Oscar: Me chame pelo seu nome/Paula Hermógenes

Maratona Oscar: Me chame pelo seu nome/Paula Hermógenes

Call me by your name – uma receita que deu muito certo
Os ingredientes:  uma pitoresca cidade do interior no norte da Itália, um pai acadêmico que recebe estudantes para estágio de pesquisa no verão, uma mãe amorosa e tolerante, um filho de 17 anos (magistralmente interpretado por Timothée Chalamet) descobrindo sua sexualidade.  Todos. exceto o estudante americano poliglotas e, a alternância de idiomas em diálogos confere ao filme um charme especial.  O sol de verão italiano e maravilhosas paisagens compondo as cenas divinamente.  O que mais faltaria?   Parece que nada já que até a polêmica cena envolvendo um pêssego é divinamente dirigida.
Ao que consta. o projeto de realização deste filme remonta 2007 quando o diretor italiano Luca Guadagnino adquiriu os direitos sobre a publicação  original do escritor americano Andre Aciman.  Uns anos mais tarde a Sony Pictures resolveu apostar na película durante o Festival de Sundance.  Com sucesso, promoveu um lançamento discreto nos USA e capitais Europeias em Novembro de 2017 e…finalmente, após sucesso de crítica grande lançamento mundial em janeiro de 2018.
Call me by your name é tão delicado e ao mesmo tempo traz diálogos poderosos, principalmente nas falas do pai de Elio, o professor pesquisador. Sim, há quem prefira tratar Call me By Your Name como um filme gay. Sim, o encontro amoroso de maior destaque se dá entre dois homens. E, sim, a reação de Oliver ao perceber o pêssego no quarto de Elio é de uma carga sexual maior do que a que a antecede. Mas eu prefiro acreditar que o filme é sobre a descoberta do amor e da dor da primeira desilusão amorosa e recados sobre a sociedade moderna.
O primeiro é a hipocrisia, afinal Oliver – o objeto da paixão de Elio opta por ocultar sua bissexualidade e proteger-se na falsa imagem da clássica família americana dos comerciais de margarina. O segundo recado é preciso no diálogo final do filme de onde se pode tirar a citação: “Nature has cunning ways of finding our weakest spot.”.  Em Português: ” A natureza tem formas espirituosas de encontrar nosso ponto fraco.”
Se você não viu o filme, leia o livro e vá ao cinema!  Um excelente roteiro adaptado, um jovem ator esbanjando qualidade, uma paisagem deslumbrante e um filme da melhor qualidade!
Ganhador do prêmio Goya 2018, ‘A Livraria’ estreia em 22 de março no Brasil

Ganhador do prêmio Goya 2018, ‘A Livraria’ estreia em 22 de março no Brasil

Baseado no romance homônimo de Penelope Fitzgerald, o filme “A LIVRARIA”, de Isabel Coixet, traz a história da viúva Florence Green (Emily Mortimer), que decide reconstruir sua vida e, para isso, resolve abrir uma livraria, apesar da oposição da população do vilarejo onde vive, na Inglaterra, em 1959. Com estreia marcada para o dia 22 de março, o longa foi o grande vencedor do Goya 2018, considerado o Oscar do cinema espanhol, e foi exibido recentemente no Festival de Berlim.

– Eu li o romance de Penelope Fitzgerald há quase dez anos, durante um verão particularmente frio nas Ilhas Britânicas. Ler o livro foi uma verdadeira revelação: senti-me totalmente transportada para 1959 e realmente me projetei na inocente, doce e idealista Florence Green. Na verdade, eu sou essa mulher. Eu me sinto profundamente conectada com essa personagem de um jeito que nunca senti com alguma protagonista de outro filme meu – revela Coixet.

A personagem vivida por Emily Mortimer é uma viúva de espírito livre, que vai contra a humidade, o frio e a apatia da cidadezinha de Hardborough para realizar o desejo de abrir um estabelecimento. Apesar da resistência que enfrenta, logo ela consegue virar o jogo quando mostra aos habitantes locais o melhor da literatura da época, incluindo o escandaloso Lolita, de Nabokov, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.

– Tem algo de heroico na personagem Florence Green, algo simples e corriqueiro. Ela está se expondo, e por nenhum outro desejo senão o de abrir uma livraria. Ela não se preocupa com apoios ou procura por eles ao seu redor. Ela só arregaça as mangas para alcançar seu objetivo. E assim, Florence Green chama a atenção – defende a diretora.

No entanto, nem tudo são flores para Florence. Com o sucesso do seu negócio, ela acaba incitando a hostilidade dos lojistas menos prósperos da cidade e cruza os interesses da Sra. Gamart (Patricia Clarkson), a vingativa e amargurada mulher que se julga a decana da cena artística local. A história relata as dificuldades e obstáculos que Florence encontra no processo: ignorância, inveja e a falsa moral dos cidadãos que irão tentar colocar um fim no sonho dela.

– As pessoas se arriscam todos os dias. Oportunidades grandes e pequenas, seguras ou perigosas: e muitas delas passam despercebidas. Mas o que acontece quando essas oportunidades SÃO percebidas? E como isso se reflete no mundo em que todos nós vivemos hoje? – conclui a diretora.

SINOPSE

Baseado no romance homônimo de Penelope Fitzgerald, A Livraria é situado em 1959. Florence Green (Emily Mortimer) é uma viúva de espírito livre, que deixa o luto para trás e arrisca tudo para abrir uma livraria – o primeiro estabelecimento desse tipo na sonolenta cidade litorânea de Hardborough, Inglaterra. Contra a umidade, o frio e a considerável apatia local, ele luta para se estabelecer, mas logo sua sorte muda para melhor.

FICHA TÉCNICA

Gênero: Drama
Duração: 108 minutos
Ano: 2017
País: Espanha
Classificação: a definir
Formato: Digital 4K
Locações: Irlanda do Norte e Barcelona
Produção executiva: Albert Sagalés, Paz Recolons, Fernando Riera, Manuel Monzón
Coprodução: Jamila Wenske, Sol Bondy
Coprodução executiva: Thierry Wase-Bailey, Henriette Wollmann]
Direção de fotografia: Jean Claude Larrieu (a.f.c.)
Música composta por: Alfonso de Vilallonga
Assistência de direção: Luca Vacchi
Casting: Jeremy Zimmermann
Produção em linha: Jordi Berenguer, Alex Boyd
Design de produção: Llorenç Miquel
Edição: Bernat Aragonés
Figurino: Mercè Paloma
Maquiagem: Montse Sanfeliu
Cabelos: Laura Vacas
Mixagem de som: Albert Gay
Desenho de som: Enrique G. Bermejo
Mixagem: Carlos Jiménez

Elenco (por ordem de aparição)

Florence Green – Emily Mortimer
Edmund Brundish – Bill Nighy
Mr. Keble – Hunter Tremayne
Christine – Honor Kneafsey
Mr. Raven – Michael Fitzgerald
Jessie Welford – Frances Barber
General Gamart – Reg Wilson
Milo North – James Lance
Violet Gamart – Patricia Clarkson
Convidado 1 – Lucy Beckwith
Mr. Deben – Nigel O’Neill
Mr. Thornton – Jorge Suquet
Wally – Harvey Bennett
Ivy Welford – Lana O’Kell
Mrs. Traill – Adie Allen
Mrs. Gipping – Lucy Tillett
Peter Gipping – Toby Gibson
Theodore Gill – Gary Piquer
Ladrão – Alfie Rowland
Leitor 1 – Sophie Heydel
Mrs. Keble – Mary O’Driscoll
Mrs. Deben – Karen Ardiff
Kattie – Charlotte Veja
Inspetor Sheppard – Barry Barnes
Garoto – Conor Smith
Inspetora – Rachel Gadd
Lionel Fitzhugh – James Murphy
Harold – Nick Devlin
William – Richard Felix
Christine (adulta) – Francesca McGill

 

Danielle Winits vive uma mulher impulsiva em Os Farofeiros

Danielle Winits vive uma mulher impulsiva em Os Farofeiros

“Foi só uma furadinha! E eu tava de TPM também”, tenta amenizar a enlouquecida Renata (Danielle Winits) para o marido Alexandre (Antônio Fragoso) sobre o fato de ter apontado uma faca para o cunhado. Irritada por ter sido desconvidada pela irmã para passar o feriadão em Búzios, ela liga para o marido, se nega a ficar em casa e ordena que ele encontre um lugar para eles e os filhos ficarem: “Se vira!”. A cena está disponível logo abaixo e é parte da comédia “Os Farofeiros”, que estreia em 8 de março com direção de Roberto Santuci.

É a partir daí que eles decidem aceitar o convite de Lima (Maurício Manfrini) para viajar para uma casa alugada em Maringuaba junto com Jussara (Cacau Protásio), Elisa Pinheiro (Vanete), Charles Pareventi (Rocha), Ellen (Aline Riscado) e Diguinho (Nilton Bicudo). Chegando lá, serão surpreendidos por uma casa caindo aos pedaços no meio do nada além de terem que enfrentar engarrafamentos quilométricos e ataques de mosquitos. Mesmo assim, eles não vão desistir de curtir o passeio. Depois de uma verdadeira força-tarefa para deixar o local um pouco mais habitável, eles passarão por situações hilárias e ainda precisarão vencer os problemas de convivência para que a viagem realmente dê certo.

Com participações de Felipe Roque e Alice Borges, o filme tem roteiro de Paulo Cursino e Odete Damico, produção da Camisa Listrada, coprodução da Fox International Productions,  Panorama Filmes, Telecine, Globo Filmes e distribuição da Downtown Filmes/Paris Filmes.

A estreia está prevista para o dia 8 de março.

Maratona Oscar: Projeto Flórida/ Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar: Projeto Flórida/ Cesar Augusto Mota

Após se destacar com um longa-metragem inteiramente filmado com um Iphone, Sean Baker chega para mostrar que está ainda mais afiado.  Assim como fez em Tangerine, o cineasta mostra que é capaz de produzir com poucos recursos, mas com bastante competência e talento. ‘Projeto Flórida’ vai mostrar isso, bem como sensibilizar e inserir o público no universo que será retratado em seus 115 minutos de projeção.

A narrativa apresenta ao espectador a dura realidade de várias famílias que moram em motéis baratos à beira das rodovias de Orlando, na Flórida, e as dificuldades que enfrentam para se manterem ali, pagando US$ 35 por noite. No centro desse contexto, há um foco especial na jovem Halley (Bria Vinaite) e sua filha Moonee (Brooklynn Prince). A primeira, uma jovem mãe abatida pelas dificuldades que a vida impôs e por ter ingressado na vida adulta após gravidez precoce, e a segunda, uma criança espevitada e que curte para valer suas férias de verão ao lado das crianças da vizinhança e se divertindo das mais diversas formas, seja pedindo dinheiro aos transeuntes para comprar sorvete, transitando entre casas velhas e abandonadas ou até em travando competições de cuspe à distância.

O local é administrado por Bobby (Willem Dafoe), um homem simples, disciplinado e preocupado em seguir as regras que sua função de gerente impõe, bem como com o bem-estar dos moradores. Ele tem uma relação muito especial e de carinho com as crianças das redondezas, principalmente com Moonee, que sempre o inferniza com suas brincadeiras e seu jeito espontâneo e alegre de ser. Bobby é um personagem que cativa o público, não só pela maneira como administra os conflitos e os problemas das pessoas que moram no hotel, como também sua personalidade, flexível em algumas situações, mas rígido quando deve ser. Dafoe tem uma atuação de destaque, e mereceu a indicação para o Oscar como at or coadjuvante, por sua atuação e pela maneira que lidou ao trabalhar com um grupo de atores iniciantes, bem à vontade ao lado deles.

Não só Dafoe, mas os atores que compuseram os inquilinos se destacaram durante a trama, com atenção especial para Bria Vinaite e Brooklynn Prince. Bria ilustra uma mãe amorosa e dedicada, mas um tanto inconsequente, uma mulher que não mede esforços para criar a filha, mas não reflete sobre as consequências de seus atos para conseguir dinheiro, alguns golpes e roubos estão entre eles. Já a garotinha impressiona por sua desenvoltura em cena, em um nível elevado para uma personagem de apenas seis anos. As cenas entre as duas, além de convincentes, são muito comoventes, com uma amparando a outra, além de muitos sorrisos, apesar da difícil situação que vivem. E é melhor mesmo sorrir para os prob lemas do que chorar e se desesperar, não é mesmo?

Não se pode deixar de dar méritos também a Sean Baker, que conseguiu trazer uma narrativa complexa, envolvente, além de explorar a sensibilidade dos personagens e de mostrar o lado da esperança e da fantasia dos moradores, que curiosamente estão nas proximidades dos parques da Disney, muito cultuados pelos turistas, principalmente os brasileiros. O equilíbrio entre o sonho e a realidade é devidamente traçado, e de uma forma para lá de especial, com a razão dos adultos e a magia das crianças.

Um filme maravilhoso, fantasioso e emocionante, ‘Projeto Flórida’ é uma produção ousada, rica em detalhes e recheada de muito talento, seja de quem está diante das câmeras ou por trás delas. Assista e se emocione bastante!

Avaliação: 5/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Premiada animação Tartaruga Vermelha estreia dia 25 de fevereiro no MAX

Premiada animação Tartaruga Vermelha estreia dia 25 de fevereiro no MAX

Fusion x64 TIFF File

São Paulo, 21 de fevereiro de 2018 – Neste domingo, 25 de fevereiro, às 21h, o canal MAX exibe com exclusividade o premiado A Tartaruga Vermelha, filme que é considerado pela crítica uma obra-prima. Trata-se de uma animação, sem diálogos, coproduzida internacionalmente pela França, Bélgica e Japão, com roteiro e direção do holandês Michael Dudok de Wit, ganhador do Oscar® pelo longa Pai e Filha.

No filme, um marinheiro à deriva luta para sobreviver no meio de ondas gigantes de um imenso e furioso oceano. A ponto de desistir, o náufrago é levado pela tempestade para a praia de uma ilha tropical, onde há um bosque de bambu e uma pequena população de animais tímidos. Sozinho e faminto, mas determinado a se libertar da sua prisão, o homem constrói uma balsa e se aventura no oceano. No entanto, um adversário que ele não consegue identificar sempre frustra a sua fuga. Dia após dia, o homem exausto, mas sem perder as esperanças, tenta de novo. Só que o vasto oceano e suas criaturas, entre elas uma maravilhosa tartaruga vermelha, evitam a sua travessia. Agora, ele terá que descobrir se a misteriosa tartaruga é o seu inimigo ou seu aliado.
A Tartaruga Vermelha estreou mundialmente no Festival de Cannes em 2016, onde ganhou o prêmio Un Certain Regard e foi indicado à Câmera de Ouro. Além disso, recebeu 11 prêmios e 31 indicações internacionais, entre elas ao Oscar® 2017 de Melhor Filme Animado, ao Critics Choice Award, aos Prêmios César, aos European Film Awards e aos prêmios da Sociedade Internacional de Cinéfilos, também como Melhor Filme Animado.
Canais MAX
Os canais MAX fazem parte do pacote HBO/Max com programação complementar elaborada para três canais diferentes: MAX, MAX Prime e MAX Up. O Max oferece o melhor do cinema independente internacional, além de séries e documentários premiados no mundo todo. O MAX Up é o canal com conteúdo jovem para divertir toda a família. O MAX Prime oferece emoção, adrenalina e aventura com filmes de sucesso desses gêneros e séries originais como Banshee, Strike Back e Hell on Wheels.

Sobre HBO Latin America 

A HBO Latin America é a rede de televisão por assinatura premium líder na região, respeitada pela qualidade e pela diversidade de sua programação, incluindo séries, filmes, documentários e especiais originais, além da exibição de séries exclusivas e de alguns dos mais recentes blockbusters de Hollywood, antes de qualquer outro canal premium. A programação é exibida em HD em mais de 40 países da América Latina e do Caribe por meio dos canais HBO, HBO2, HBO Signature, HBO Plus, HBO Family, HBO Caribbean, MAX, MAX Prime, MAX UP, MAX Caribbean e Cinemax. Seu conteúdo também é oferecido em outras plataformas, como a HBO GO e HBO On Demand.

 

Por Anna Barros