Por Luis Fernando Salles
O final de 2017 presenteou os fãs do universo de O Senhor dos Anéis com uma excelente notícia: A Amazon Studios venceu a concorrência e produzirá a série baseada na famosa saga, em parceria com a Tolkien Estate and Trust e a New Line Cinema (divisão da Warner Bros).
As histórias escritas por J. R. R. Tolkien não se resumem somente as obras de O Senhor dos Anéis e O Hobbit, que se tornaram produções cinematográficas recentemente e conquistaram inúmeras indicações e prêmios de Oscar (principalmente O Retorno do Rei que levou nada mais, nada menos do que onze estatuetas da Academia). Tolkien escreveu inúmeros livros sobre a Terra Média, um deles, inclusive, publicado recentemente.
A Amazon teve que desembolsar cerca de 250 milhões de dólares para conseguir os direitos autorais sobre as obras de Tolkien, que estavam sobre os cuidados de seus filhos. A empresa de streaming planeja fazer no mínimo cinco temporadas, mais spin-offs. Além disso, estima-se que o valor total para a produção de apenas uma temporada da série chegaria impressionantes 1 bilhão de dólares (atualmente a série de maior custo é The Crown, produzida pela Netflix e com o valor de US$ 130 milhões por temporada).
A adaptação das obras para a televisão gerou reações diversas de personalidades que participaram dos longas de O Senhor dos Anéis e o Hobbit, dirigidos por Peter Jackson. John Rhys-Davies, que interpretou o anão Gimli na primeira trilogia, disse que “Tolkien deve estar se remexendo no túmulo”. O ator alega que as produtoras deveriam focar em outras histórias do universo criado pelo autor. Já Ian McKellen, que interpretou o mago Gandalf, um dos principais personagens da saga, disse que aprova a ideia e assim se pronunciou sobre a possibilidade do mago ser interpretado por outro ator: “Como assim, outro Gandalf? Você está sugerindo que outra pessoa vai interpretá-lo? Gandalf tem 7000 anos, então não estou tão velho!”.
O que os fãs da saga podem ter certeza que as produções referentes a Terra Média ainda entrarão muito em pauta nos próximos anos, seja por uma readaptação da saga principal ou pela exploração de outras histórias menos famosas do universo literário de Tolkien.