A Academia de Artes Cinematográficas, detentora dos prêmios Oscar, promoveu algumas injustiças no quesito Melhor Filme em anos recentes. Hoje, no Poltrona Vintage, vamos relembrar cinco dessas injustiças que fizeram até o prêmio da academia ser questionado, se era dado pela Arte ou pelo apelo comercial ou por algum outro motivo inerente ao meramente artístico.
Não gosto muito de Tarantino, mas o único filme que aprecio, deveria ter ganho o Oscar de Melhor Filme em 1995. O vencedor foi um filme bom, mas bem enquadrado aos padrões americanos: Forrest Gump.
O filme foi preterido pela comédia insossa Shakespeare Apaixonado em 1998. O filme ganhou em muitas categorias, provavelmente pelo jabá do agora indiciado Weinstein por assédio e estupro. E outra injustica da noite: a nossa Fernanda Montengro, de Central do Braisl, perdeu para Gwyneth Paltrow. Noite de dupla injustiça.
Avatar perdeu para Guerra ao Terror. Assim como outro candidato de peso, Bastardos Inglórios, que eu, particularmente, não gostei. Apenas gostei de Christopher Walz que levou o prêmio de ator coadjuvante. Avatar é todo rodado em 3D e fala de um tema ambiental nunca visto na história da Academia de Hollywood. E a maior bilheteria de todos os tempos. A Academia não valorizando a genialidade e a vanguarda de James Cameron.
O estupendo filme perdeu em 2015 para Birdman que redime a carreira de Michael Keaton. Birdman é muito bom, mas Boyhood, de Richard Linklater é sensacional. Todos brilham: Ethan Hawke, Patricia Arquette(que levou como atriz coadjuvante) e o menino cuja infância e adolescência são acompanhadas por Linklater por cinco anos.
Essa injustiça foi de 2017. O musical é sensível, espirituoso e vibrante. A cena inicial da cantoria num engarrafamento é épica. A história de um aspirante a pianista e uma aspirante a atriz é linda demais, apesar do final infeliz e inesperado da película. Perdeu para Moonlight, mas para que a Academia corrigisse um erro de poucos negros na premiação e uma não-valorização à diversidade do que outra coisa.



