Poltrona Resenha: Jezebel (1938)/ Tom Machado

Poltrona Resenha: Jezebel (1938)/ Tom Machado

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Foto: Divulgação

Como causar uma cena de impacto envolvendo um vestido vermelho num filme em preto e branco? A resposta é Bette Davis! Neste elegante e sofisticado longa-metragem do gênio William Wyler, é ambientada uma história de amor numa época em que se esperava certo tipo de comportamento das mulheres. “Estou a pensar em Jezebel, uma mulher que fez mal aos olhos de Deus…”

Em 1852, em Nova Orleans, na sociedade escravagista do Sul, uma jovem egocêntrica da aristocracia local provoca o rompimento do seu noivado ao usar um vestido vermelho, quando as moças deviam usar branco. Apesar de seu antigo noivo se casar com outra mulher, ela continua amando-o. Ela tem a grande chance de lhe provar que realmente deixou de ser uma jovem mimada quando uma peste se abate sobre a cidade.

Julie Marsden é uma das personagens mais atrevidas que eu já vi! Veste trajes inadequados, adentra estabelecimentos exclusivos de homens, não respeita ninguém e ainda espera que a valorizem por isso. Uma perfeita mistura de garota mimada e mulher de personalidade. Uma erva daninha no meio de rosas, totalmente insubmissa.

Além da magnífica Bette, o filme conta com um elenco excepcional: O charmosíssimo Henry Fonda no papel de Preston, o par romântico de Julie; Fay Bainter no papel da tia Belle; George Brent no papel de Buck, entre outros. Uma verdadeira joia na carreira de todos que fizeram parte dessa obra. Jezebel foi indicado nas categorias de Melhor Filme, Fotografia e Trilha Sonora, não vencendo em nenhuma. Mas, se serve de consolo, Bette e Fay venceram nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante. Não é para qualquer uma!

É necessário destacar também o cenário social da história: Wyler deixa de uma forma bem crua para o telespectador a forma como os negros eram vistos pela sociedade sulista, totalmente contra a abolição da escravatura. Uma verdadeira aula sobre o regionalismo entre sul e norte daquele tempo e como o racismo e o machismo eram enraizados naquela sociedade. Em certos momentos, o filme chegou a me lembrar do clássico “E o vento levou”, mas diferente deste, não romantiza tanto essa terrível relação entre brancos e escravos.

Por fim, eu fiquei encantado (principalmente com Julie). Não acho que seja um roteiro perfeito, muito menos algo de outro planeta, mas é realmente muito bom. Elenco e atuações fantásticas eternizam este clássico. Simbolicamente falando, mostra perfeitamente o arrependimento de Julie, que rende-se, purificando-se de sua própria Jezebel…

Por Tom Machado

Começa a produção do novo longa-metragem de Clint Eastwood

Começa a produção do novo longa-metragem de Clint Eastwood

Começou a produção do novo longa-metragem dirigido por Clint Eastwood, The 15:17 to Paris, ainda sem título em português, que conta a história real de três homens cujos atos de extrema coragem os transformaram em verdadeiros heróis durante uma viagem de trem de alta velocidade.

No início da noite do dia 21 de agosto de 2015, o mundo assistiu em silêncio às notícias de um ataque terrorista frustrado no trem Thalys #9364 com destino a Paris – que foi impedido por três corajosos jovens norte-americanos em viagem pela Europa. O filme The 15:17 to Paris acompanha a vida dos três amigos desde as dificuldades que enfrentaram na infância até a série de fatos incomuns que os levaram ao dia do ataque. Ao longo do inesperado desafio e da angustiante ameaça, a amizade entre eles os fortalece e se torna a sua maior arma, permitindo-lhes salvar a vida dos mais de 500 passageiros a bordo do trem.

O heroico trio é formado por Anthony Sadler, Alek Skarlatos, da Guarda Nacional do Oregon, e Spencer Stone, piloto de primeira classe da Força Aérea Americana – e são os três amigos que interpretam a si mesmos no filme. No elenco do filme estão ainda Jenna Fischer (“Passe Livre”, série de TV “The Office”); Judy Greer (“Planeta dos Macacos: A Guerra”); e Ray Corasani (série de TV ainda inédita “The Long Road Home”). Paul-Mikél Williams interpreta o jovem Anthony; Max Ivutin e Bryce Gheisar fazem as versões mais jovens de Alek; e Cole Eichenberger e William Jennings interpretam Spencer quando mais jovem.

Clint Eastwood (“Sully: O Herói do Rio Hudson”, “Sniper Americano”) dirige o longa a partir do roteiro de Dorothy Blyskal, baseado no livro “The 15:17 to Paris: The True Story of a Terrorist, a Train, and Three American Heroes”, escrito por Anthony Sadler, Alek Skarlatos, Spencer Stone e Jeffrey E. Stern. Eastwood também é produtor do filme, com Tim Moore, Kristina Rivera e Jessica Meier. A produção executiva é de Bruce Berman.

Na equipe de produção de The 15:17 to Paris estão frequentes colaboradores de Clint Eastwood como Tom Stern, que assinou a direção de fotografia de 13 filmes anteriores do diretor; Deborah Hopper, figurinista em 17 trabalhos em parceria com Eastwood; e Blu Murray, que mais recentemente fez a edição de “Sully: O Herói do Rio Hudson”. O veterano diretor de arte Kevin Ishioka, que também participou de “Sully: O Herói do Rio Hudson” e de “Dunkirk”, é o designer de produção.

The 15:17 to Paris terá distribuição internacional da Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment Company, e em territórios selecionados pela Village Roadshow Pictures.

Top 5: Filmes Sobre Amizade/Anna Barros

Top 5: Filmes Sobre Amizade/Anna Barros

O Dia Mundial do Amigo é 20 de julho. A data oficial é essa, por mais que Mark Zuckerberg queira mudá-la. Para celebrar a data, vamos enumerar o Top 5 de Filmes sobre Amizade que eu mais gosto e me identifico. Aceito sugestões de outros e comentários são bem-vindos. Dedico esse post a todos os meus amigos verdadeiros, dos mais antigos aos mais novos. Eles sabem, no fundo do coração, quem são.

Vamos lá à nossa lista:

5- Intocáveis

O sucesso unânime de Intocáveis nem precisava ser explicado. O longa trata de um tema triste, com uma abordagem tão leve e divertida, que é impossível não gostar. Os amigos aqui são Philippe (François Cluzet) e Driss (Omar Sy), mas essa é uma amizade improvável desde o início e essa é a graça da história. Philippe é um milionário careta e tratado como um pedaço frágil de vidro por sua condição médica, ele está à procura de um enfermeiro e o contratado é o senegalês Driss, um homem pobre e que só quer aproveitar o melhor da vida. Philippe o contrata por sua inexperiência no serviço e por sua espontaneidade.Os dois homens ultrapassam a relação profissional e se tornam grandes amigos, com Philippe oferecendo a Driss uma vida financeiramente mais estável e Driss, a seu chefe e amigo, a oportunidade de viver aventuras que ele jamais teria vivido com um enfermeiro regular. O filme é divertido. Philippe descobre o valor de uma verdadeira amizade e acaba redescobrindo o amor.

 

4-  Cinema Paradiso

Um filme que representa a amizade de duas formas: amizade ao cinema e amizade entre duas pessoas. A amizade ao cinema é representada mais na forma de uma paixão pela sétima arte, o que faz do filme uma verdadeira homenagem. É um dos filmes mais puros e mais lindos que eu já vi.  Já a amizade entre duas pessoas, fica a cargo de  Salvatore di Vitto, conhecido como Toto, e Alfredo, o projetista de um cinema que Toto costumava ir, inclusive é onde os dois se conhecem. À princípio, aquela amizade não deu muito certo, especialmente pela diferença de idade entre os dois. Toto era apenas um menino ainda e Alfredo já era mais velho e ranzinza (apesar de possuir um enorme coração). O tempo passa e Toto começa a trabalhar no cinema. Uma tragédia ocorre no local e a vida do menino é salva pelo projetista, que acaba ficando cego no acidente. Anos mais tarde, Toto torna-se um cineasta e decide fazer uma homenagem ao seu grande amigo Alfredo. O filme é por si só emocionante e se torna ainda mais encantador pela amizade entre os dois personagens. Para ver e rever e se debulhar em lágrimas. O filme é uma ode ao que há de mais encantador no cinema.

 

3- Thelma e Louise

Se um filme pode ser dado como o start de empoderamento esse filme se chama Thelma e Louise, Dirigido por Ridley Scott, Thelma e Louise (personagens vividas por Geena Davis e Susan Sarandon) encanta ao mostrar uma relação entre duas mulheres que é mais que amizade, é uma cumplicidade, onde uma defenderia a outra como se estivesse defendendo a si mesma. Na história, elas cometem um crime e acabam fugindo. Essa fuga é uma jornada de renascimento e autodescoberta, uma vez que as duas mulheres assumem de volta as rédeas de suas vidas, e nada melhor para isso do que o apoio de uma grande amiga. O fim é trágico, mas você não consegue realmente ver outro final para a história de amizade dessas duas mulheres mais que empoderadas.

 

2-  Os Goonies

Um clássico da sessão da tarde que deve deixar muita gente nostálgica por ai é um dos filmes mais marcantes do chamado Anos 80,  Os Goonies. Na trama, um grupo de crianças encontra um mapa do tesouro em um sótão, o que os faz sair em busca do tesouro de Willy Caolho. Contudo, eles jamais imaginavam que teriam de se unir, como verdadeiros amigos, para completar aquela incrível e perigosa jornada. É a amizade com gostinho de infância! E essa amizade é a mais pura que existe!

 

1- Conta Comigo

Toda vez que penso nos meus amigos de juventude, eu penso nesse filme. E eu era vidrada no River Phoenix. O mais espetacular é que esse filme é baseado em um romance do escritor Stephen King e que também foge do gênero no qual o escritor é mestre, Conta Comigo é a verdadeira descrição de amizade.  O emocionante e nostálgico clássico da sessão da tarde mostra a história de quatro amigos que estão à procura do corpo de um adolescente desaparecido. Eles caem na estrada, em uma jornada de dois dias, e aprendem muito mais do que esperavam. A viagem é uma experiência inesquecível, onde eles se autodescobrem (afinal eles estavam crescendo e descobrindo o mundo), mais que isso, os garotos descobrem a verdadeira força da união e da amizade. Cada um depois toma um rumo diferente e inesperado e um deles, que virou escritor, resolveu compartilhar com seus leitores, aquele episódio que marcou de vez a vida dos garotos e foi a pedra fundamental da amizade deles.

 

Diretora e elenco contam história do drama em making of inédito

Diretora e elenco contam história do drama em making of inédito

Premiada em Cannes por sua direção, Sofia Coppola revela detalhes de “O Estranho Que Nós Amamos” (The Beguiled) em vídeo promocional inédito do filme. “É a história desse grupo de mulheres isolado do mundo e que não vê homens há tempos, mas leva para casa um soldado feriado que é o inimigo”, diz Coppola em meio às filmagens, que aconteceram por três semanas na Madewood Plantation, casa construída e projetada no século XIX.    

Retratada em 1971 em filme homônimo com Clint Eastwood e Geraldine Page, a história do filme é repleta de tensão e sexualidade. De acordo com a atriz Elle Fanning, parte disso deve-se as características das personagens, que em algumas cenas, parecem bruxas: “Essas mulheres detêm o poder nessa situação […] Elas abrigam um homem, mas ele acha que pode ser mais esperto que elas”, diz.            

Adaptado do livro homônimo de Thomas Cullinan, “O Estranho Que Nós Amamos” é ambientado durante a Guerra Civil em uma escola dedicada a meninas no sul da Virgínia. Abrigadas no colégio e afastada dos homens, as meninas encontram um soldado machucado que precisa de cuidados médicos, fornecem abrigo e cuidam de suas feridas. Mas, com sua chegada, a casa é estranhamente tomada por uma forte e perigosa tensão sexual que gera rivalidade entre as estudantes. Tabus são quebrados em uma inesperada reviravolta de acontecimentos.

Com estreia marcada para 10 de agosto, o longa traz Colin Farrell, Kirsten Dunst, Nicole Kidman, Elle Fanning, Emma Howard, Oona Laurence, Angourice Rice e Addison Riecke no elenco.

Por Anna Barros

 

HBO divulga fotos inéditas do segundo episódio da nova temporada de Game of Thrones

HBO divulga fotos inéditas do segundo episódio da nova temporada de Game of Thrones

A HBO acaba de divulgar novas fotos da sétima temporada da série original Game of Thrones. As imagens são do segundo episódio da nova temporada, “Stormborn”, que vai ao ar no domingo, 23 de junho, às 22h. A série baseada na saga literária “As Crônicas de Gelo e Fogo”, de George R. R. Martin, se tornou um dos maiores sucessos da HBO dos últimos tempos.

 

Sobre HBO Latin America 

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