Poltrona Estreia/ Estreias da Semana/ Parte 1

Poltrona Estreia/ Estreias da Semana/ Parte 1

2390_capa.jpg

La La Land: Melhor filme do Globo de Ouro e possível vencedor do Óscar. Musical de Damien Chazelle.

Sinopse: Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian conhece a atriz iniciante Mia e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.

2395_capa.jpg

 

Manchester À Beira-Mar: Drama de Kenneth Lonergan. Outro filme forte candidato ao prêmio do Óscar.

Sinopse: Lee Chandler é uma espécie de faz-tudo do pequeno complexo de apartamento onde vive, no subúrbio de Boston. Ele passa seus dias tirando neve das portas, consertando vazamentos e fazendo o possível para ignorar a conversa de seus vizinhos. Em suas noites vazias, Lee bebe cerveja no bar local e arruma confusão com qualquer um que lhe lançar um olhar. Quando seu irmão mais velho morre, ele recebe a desagradável surpresa de sua nomeação como tutor de seu sobrinho. De volta a sua cidade natal, ele terá que lidar com memórias queridas e dolorosas.

Os Penetras 2 – Quem Dá Mais? – Comédia brasileira de Andrucha Waddington.

Sinopse: No início da história, encontramos Beto desolado por ter sido enganado por Marco, o malandro profissional. Internado em uma clínica psiquiátrica, Beto é surpreendido por uma notícia que muda os rumos de sua vida e de seus parceiros Laura ( e Nelson. Em seguida, os três conhecem Santiago, um milionário sedutor, e Oleg, um mafioso russo. De golpe em golpe, eles vivem uma das maiores confusões de suas vidas.

Por: Vitor Arouca

Melhores filmes de 2016 no CCBB em janeiro

Melhores filmes de 2016 no CCBB em janeiro

A Mostra Melhores Filmes do Ano é um evento renomado no calendário do cinema carioca que acontece no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) durante o mês de janeiro. Os filmes são escolhidos pela Associação  de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ).

Os destaques são as películas “Aquarius” e “Elle”.

Confira a programação da Mostra Melhores Filmes do Ano 2016:

Quarta, 18/01
15h00 –  Carol (EUA, 2015), de Todd Haynes.
17h30 –  Elle (França, 2016), de Paul Verhoeven.
19h30 –  Debate com a atriz Bianca Comparato, além dos membros da ACCRJ Ana Rodrigues e Rodrigo Fonseca.

Quinta, 19/01
16h00- Taxi Teerã (Irã, 2015), de Jafar Panahi.
17h30 – Filho de Saul (Hungria, 2015), de László Nemes.
19h30- Debate com o músico João Barone e a cineasta Petra Costa, além dos membros da ACCRJ Filippo Pitanga e Ricardo Cota.

Sexta, 20/01
15h00- Certo Agora, Errado Antes (Coréia do Sul, 2015), de Hong Sang-soo.
17h30 – As Montanhas Se Separam (China, 2015), de Jia Zhang-ke.
19h30 – Debate com o cineasta Dodô Azevedo, além dos membros da ACCRJ Gilberto Silva Jr. e Pedro Butcher.

Sábado 21/01
19h – Elle (França, 2016), de Paul Verhoeven.

Domingo, 22/01
15h00 – Certo Agora, Errado Antes (Coréia do Sul, 2015), de Hong Sang-soo.
17h30 – O Cavalo de Turim (Hungria, 2011), de Béla Tarr e Ágnes Hranitzky.

Segunda, 23/01
14h10 – Os Oito Odiados (EUA, 2015), de Quentin Tarantino.
17h40 – Café Society (EUA, 2016), de Woody Allen.
19h30 – Debate com a cineasta Júlia Rezende, além dos membros da ACCRJ Luiz Fernando Gallego e Marcelo Janot.

Quarta, 25/01
15h00- O Cavalo de Turim (Hungria, 2011), de Béla Tarr e Ágnes Hranitzky.
17h40 – A Bruxa (EUA, 2015), de Robert Eggers.
19h30 – Debate com a atriz Stella Brajterman, além dos membros da ACCRJ Carlos Brito e Mario Abbade.

Quinta, 26/01
15h00 – Aquarius (Brasil, 2016), de Kleber Mendonça Filho.
17h40- Anomalisa (EUA, 2015), de Charlie Kaufman.
19h30 – Debate com o diretor de animação Andrés Lieban, além dos membros da ACCRJ Leonardo Luiz Ferreira e Ricardo Largman.

Sexta, 27/01
14h00 – Filho de Saul (Hungria, 2015), de László Nemes.
16h00 – A Bruxa (EUA, 2015), de Robert Eggers.
18h00 – Os Oito Odiados (EUA, 2015), de Quentin Tarantino.

Sábado, 28/01
16h00 – Café Society (EUA, 2016), de Woody Allen.
18h00 – Anomalisa (EUA, 2015), de Charlie Kaufman.

Domingo, 29/01
15h30 – As Montanhas se Separam (China, 2015), de Jia Zhang-ke.
18h00 – Carol (EUA, 2015), de Todd Haynes.

Segunda, 30/01
16h30 – Meu Amigo Hindu (Brasil, 2015), de Hector Babenco.
18h30 – Cópia Fiel (França, 2010), de Abbas Kiarostami.

Quarta, 01/02
16h00 – Aquarius (Brasil, 2016), de Kleber Mendonça Filho.
19h00 – Taxi Teerã (Irã, 2015) de Jafar Panahi.

Quinta, 02/02
16h00 – Cópia Fiel (França, 2010), de Abbas Kiarostami.
18h00 – As Montanhas se Separam (China, 2015), de Jia Zhang-ke.

Sexta, 03/02
16h00 – Taxi Teerã (Irã, 2015) de Jafar Panahi.
18h00 – Os Oito Odiados (EUA, 2015), de Quentin Tarantino.

Sábado, 04/02
16h00 – Anomalisa (EUA, 2015), de Charlie Kaufman.
18h00 – Café Society (EUA, 2016), de Woody Allen.

Domingo, 05/02
16h00 – Carol (EUA, 2015), de Todd Haynes.
18h30 –A Bruxa (EUA, 2015), de Robert Eggers.

Segunda, 06/02
16h00 – Meu Amigo Hindu (Brasil, 2015), de Hector Babenco.
18h30 – Cópia Fiel (França, 2010), de Abbas Kiarostami.

Informações de ingressos somente na bilheteria do CCBB do RJ.
Por: Vitor Arouca
Dica Netflix: Um cadáver para sobreviver

Dica Netflix: Um cadáver para sobreviver

download-1Entre flatulências e pênis funcionando como bússolas temos um filme estranho mas encantador, detentor de um sombrio senso de humor.Eu não duvidaria nada se Adam Sendler entrasse e fizesse mais uma das suas completando o humor desconjuntando e sem sentido, que só é entendido no final do filme.O trabalho dos atores, principalmente de Daniel Radcliff foi fantástico.

 Um Cadáver para Sobreviver traz um subtexto onde a  piada oferece uma outra leitura. Filme altamente poético e irônico, usando do mais alto grau de humor negro e escatologia demonstra uma solidão e uma falta de rumo do personagem. Traz para salvar este personagem perdido, um cadáver que  mata sua  sede de beber, de viver e de amar. Quem não se sentiu emocionado está, verdadeiramente, morto por dentro.

Sinopse: Hank (Paul Dano), um homem perdido no deserto, e sem esperanças, encontra um corpo no meio do caminho. Decidido em ficar amigo do morto, eles vão partir, juntos, em uma jornada surrealista para voltar para casa. Ao mesmo tempo em que  Hank descobre que o corpo é a chave para sua sobrevivência, ele é forçado a convencer o morto o quanto vale a pena viver.

https://www.youtube.com/watch?v=icPMWXVcuXw

Protagonista de Passageiros, Chris Pratt surpreende com vídeo de transformação para o filme

Protagonista de Passageiros, Chris Pratt surpreende com vídeo de transformação para o filme

Meet The FilmMakers: "Guardians Of The Galaxy"Disposto a grandes desafios e transformações, o ator Chris Pratt surpreendeu seus fãs em postagem no Instagram. O protagonista de “Passageiros”, filme em que atua ao lado de Jennifer Lawrence, postou um vídeo que mostra mudança de seu visual para a produção ambientada no espaço.

What would take a normal team a couple hours takes my #passengersmovie hair and makeup team only 60 seconds!

Um vídeo publicado por chris pratt (@prattprattpratt) em Jan 12, 2017 às 2:44 PST

//platform.instagram.com/en_US/embeds.js

Na legenda, Pratt exalta a equipe de maquiagem: “O que outra equipe levaria horas para fazer, o meu time em Passageiros fazia em apenas 60 segundos”, diz.

A narrativa de “Passageiros” trata da viagem de uma nave especial para um planeta colônia, que transporta cerca de cinco mil pessoas. Uma das câmaras de sono sofre um dano, e desperta um dos viajantes com 90 anos de antecedência de chegada ao destino final. Com receio de envelhecer e morrer sozinho, o tripulante resolve acordar um segundo passageiro, desencadeando um relacionamento amoroso e uma constante luta pela sobrevivência após descoberta de outro defeito na nave.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Manchester à Beira-Mar

Poltrona Resenha: Manchester à Beira-Mar

391735A maneira de lidar com a perda e formas de superá-la, não é fácil abordar o sofrimento das pessoas de uma forma sólida, ainda mais com uma narrativa concisa e um cenário que ajude a transmitir melancolia para o espectador. Pois bem, o diretor e roteirista Ken Lonergan já havia tratado do assunto em filmes como “Conte Comigo” e “Margaret” e volta a fazê-lo em “Manchester à Beira-Mar”. Essa produção tem tudo para receber indicações e também levar estatuetas do Oscar.

O zelador Lee Chandler (Casey Affleck), uma espécie de “faz-tudo”, como denominado na história, trabalha em um condomínio residencial e enfrenta problemas com os moradores do prédio por conta de seu comportamento truculento e agressivo. De repente, Lee recebe um telefonema com uma terrível notícia, o que o obriga a retornar para sua terra natal, que havia deixado para trás anos antes por causa de uma grande tragédia.

Após a morte do irmão que sofrera de ataque cardíaco, Lee terá a incumbência de resolver os trâmites burocráticos para o funeral, além de cuidar de Patrick (Lucas Hedges), seu sobrinho adolescente. Mas não será fácil para Lee Chandler cumprir as duas tarefas, pois um grande fantasma do passado ainda assombra sua vida e ele precisa se libertar do trauma. Para lidar com a dor, Lee adota um comportamento introspectivo e opta pelo isolamento.

Além de lidar com a dor, Lee Chandler enfrenta dificuldades de se relacionar com Patrick, muito por conta de sua personalidade introvertida e também pela dor que carrega após sofrer dois baques na vida. Lee se vê incapaz de se tornar tutor do sobrinho, como queria o irmão Joe (Kyle Chandler) em testamento. Além disso, há divergências com a mãe de Patrick, que enfrentou problemas com o álcool e abandonou o filho muito cedo.

A forma como Ken Lonergan utiliza para contar a história, com duas linhas do tempo, uma com flashbacks para explicar os motivos da fuga e isolamento de Lee Chandler, e a outra, com o momento presente, mas com um trauma já enraizado e difícil de ser controlado pelo protagonista. O diretor consegue ilustrar tudo de uma forma sutil, sem confundir o espectador, aliado a um ambiente cinza e sombrio, com uma conotação sensível e capaz de tocar o público.

O clima de tristeza, desolação e angústia é bem transmitido pelo elenco da trama. Casey Affleck consegue convencer como Lee Chandler, mas seu personagem não permite que ele vá além do homem amargurado e de humor contido. Lucas Hedges é uma surpresa, mostra um bom entrosamento com Affleck e tem atuação segura, e Michelle Willians, que interpreta Randi, a ex-esposa de Lee, demonstra toda a sua habilidade em representar papéis dramáticos.

“Manchester à Beira-Mar” possui também algumas doses de humor, mas o drama e a prostração falam mais alto, e não há apelação para o choro fácil. É uma história que traz uma experiência única e reflexiva para o espectador, além de mostrar que existem várias formas de se lidar com a perda, mas que a vida precisa continuar e é necessário ser forte. Uma excelente produção e cotadíssima para o Oscar!

Por: Cesar Augusto Mota