Se você espera um filme cheio de ação, com ótimos efeitos especiais e com uso preciso de magia e elementos sobrenaturais, “Doutor Estranho” certamente é o filme ideal. A produção que se inspira no herói dos quadrinhos da Marvel teve estreia antecipada no Brasil para a próxima quarta-feira (02/11) e tem tudo para ser um grande sucesso.

Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), um neurocirurgião de carreira vitoriosa e com ego altamente inflado, sofre acidente de carro e fica impossibilitado de utilizar suas mãos com destreza, sendo obrigado a se afastar da profissão. Desesperado, o doutor Strange procura todo tipo de ajuda e após todos os esforços da medicina tradicional falharem, é forçado a partir para um plano B e acaba chegando a um centro de cura em Katmandú, no Nepal- o Kamar Taj.

O doutor Strange conhece a Anciã (Tilda Swinton) e o mestre Mordo (Chiwetel Ejiofor), figuras que serão importantes em seu aprendizado das artes místicas e se tornarão essenciais na luta contra todas as forças que ameaçam o mundo real. Bastante cético no início, Stephen Strange vai aos poucos se convencendo de que pode curar as mãos com bastante treinamento de magia e se alcançar um nível de fé elevado. O que difere a interação entre esses personagens do filme para a HQ é que neste Mordo é rival do Doutor Estranho e quem comanda o Kamar Taj é um velho ancião.

Foi possível notar um trabalho de destaque com os efeitos especiais, bem como a atuação do elenco, que esteve em perfeita sintonia. Na medida em que o doutor Estranho era mais exigido a usar seus poderes e agilidade contra os inimigos, principalmente contra Kaecilius (Mads Mikkelsen), que teve o mesmo treinamento de Strange e que traiu a Anciã, os efeitos CGI se mostraram imprescindíveis para ilustrar a força da magia e reforçar o clima frenético do filme. Além disso, o entrosamento mostrado entre Strange, Wong (Benedict Wong) e a Anciã é de impressionar, e esta última traz um ar de suspense em boa parte do filme, com uma revelação surpreendente sobre seu passado.

Mas “Doutor Estranho” não é só ação e tensão, com evolução dos cenários para outras dimensões e sobreposição de objetos, há também pitadas de humor, com as comparações icônicas do doutor Strange com o nome de Wong, associando-o a ícones famosas do pop, além das situações engraçadas entre Stephen Strange e Christine Palmer (Rachel Mc Addams), colega de trabalho que tem forte carinho e devoção por ele. Não há um romance aprofundado entre eles, mas há belas cenas que reforçam a amizade e o carinho entre eles.

Ficou curioso para ver “Doutor Estranho”? Além do confronto entre o protagonista e Kaecilius, há também o embate com Dormammu, um ser místico que vive numa dimensão sombria e disposto a aniquilar o mundo real. E sem esquecer de uma hilária aparição do mestre Stan Lee e de duas cenas pós-créditos, não saia com pressa.

“Doutor Estranho” apresentará ao espectador uma interessante viagem frenética a mundos obscuros, misteriosos e recheados de cenas emocionantes, aliadas à magia e dinamismo de seus personagens. Vale a pena!