Poltrona Cabine: Olympia 2016/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Olympia 2016/Cesar Augusto Mota

filmes_11533_olim1O Rio de Janeiro está prestes a receber os Jogos Olímpicos, mas o planejamento da cidade para as competições, os milhões de reais gastos, as obras superfaturadas, bem como os diversos problemas não resolvidos e que impactam a cidade e o país nos fazem voltar a discutir um problema cada vez mais habitual e que infesta a sociedade brasileira: a corrupção.

“Olympia 2016”, misto de documentário e ficção, traz um debate inteligente sobre o assunto, e o pano de fundo é a cidade fictícia de Olympia, escolhida em 2009 para ser sede de uma edição das Olimpíadas. O início da discussão sobre corrupção se deu com a construção de um campo de golfe numa reserva ambiental, mas sem um projeto que envolvesse licitação, estudo sobre impactos ambientais, tampouco audiências públicas sobre a viabilidade do projeto.

A narrativa é dividida em três partes: a primeira trará a origem do fenômeno da corrupção, seja no Brasil e no restante do mundo, a evolução, bem como seus efeitos e consequências para as gerações futuras.

A segunda parte ilustra Olympia como um cenário maravilhoso para a realização dos Jogos Olímpicos, capaz de proporcionar felicidade para seus moradores por conta do recebimento de milhares de atletas e grande quantidade de empregos criados com a realização dos jogos, mas com bastidores obscuros, onde predomina a arbitrariedade, o uso do poder e o desvio de verbas.

Já a última parte levanta uma breve discussão acerca do tema e o papel de cada indivíduo na sociedade e os deveres no combate a um dos maiores males protagonizados pelo homem. A corrupção pode ter várias faces, mas não só em um setor ele está situado, como pode estar também no Poder Judiciário e até nas mais diversas camadas sociais, como traz o documentário.

Além de depoimentos de advogados, filósofos, de Juca Kfouri, Vladimir Safatle, Bernardo Toro, há importantes relatos dos moradores da Vila Autódromo, destruída em boa parte por conta da construção do Parque Olímpico. Essas opiniões dos habitantes da comunidade enriquecem o debate sobre a corrupção e trazem suas percepções do atual cenário político do país, de como era o Brasil na época da Ditadura, bem como reiteram o desejo de lutar até as últimas consequências pelo espaço que lhes pertencem, sem ceder a quaisquer pressões e sem esquecer do papel de cidadão que cada um possui.

Se você quer refletir sobre a corrupção e fazer um estudo mais aprofundado do tema, bem como saber se um país como o Brasil e que possui um mal tão enraizado ainda tem jeito, não deixe de acompanhar “Olympia 2016”, um projeto que contou com financiamento coletivo de 534 pessoas. A direção é de Rodrigo Mac Niven, com distribuição da Fênix Filmes, possui pré-estreia prevista para 30 de julho e lançamento em 08 de setembro de 2016 para todo o Brasil.

Vencedores do Prêmio Platino

Vencedores do Prêmio Platino

 

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Em noite de entrega do Prêmio Platino, que consagrou O Abraço da Serpente, no Uruguai, Ricardo Darin foi homenageado com um prêmio especial pelo conjunto da obra e Que horas ela volta?, de Anna Mulayert, levou um prêmio fora de competição.

Veja abaixo os ganhadores dos Prêmios Platino de Cinema Ibero-Americano:
Melhor filme
“O abraço da serpente” (Colômbina, Venezuela e Argentina)

Melhor diretor

Ciro Guerra (“O abraço da serpente”)

Melhor ator

Guillermo Francella (“O clã”)

Melhor atriz

Dolores Fonzi (“Paulina”)

Melhor roteiro

Pablo Larraín, Guillermo Calderón e Daniel Villalobos (“O clube”)

Melhor animação
“Atrapa la bandera” (Espanha)

Melhor documentário

“El botón de nácar” (Chile e Espanha)

Melhor edição

Etienne Boussac e Cristina Gallego (“O abraço da serpente”)

Melhor direção de arte
Angélica Perea (“O abraço da serpente”)

Melhor direção de fotografia
Carlos García e Marco Salavarria (“O abraço da serpente”)

Melhor música original

Nascuy Linares (“O abraço da serpente”)

Melhor direção de som
Carlos García e Marco Salaverría (“O abraço da serpente”)
Prêmio Platino Camilo Vives a longa de estreia de seu diretor

“Ixcanul” (Guatemala)

Crédito da foto: Reuters

 

Por Anna Barros

Oficial! Brie Larson será Carol Danvers, a Capitã Marvel nos cinemas

Oficial! Brie Larson será Carol Danvers, a Capitã Marvel nos cinemas

brie-larson-as-captain-marvel-does-she-have-what-it-takes-captain-marvel-and-brie-larso-1007931O Universo Marvel terá uma protagonista feminina, e o mistério foi desfeito durante um painel da San Diego Comic-Con: Brie Larson, atriz vencedora do Oscar 2016 por “O Quarto de Jack” será Carol Danvers, a “Capitã Marvel”.

Carol Danvers foi piloto da força-aérea norte-americana e adquiriu super-poderes , como agilidade, força, resistência, capacidade de voar e projeção de energia após explosão radiativa durante luta com Yon-Rogg, inimigo do capitão Marvel. A radiação foi absorvida pelo seu corpo e Danvers se tornou uma híbrida genética, iniciando assim uma carreira de heroína, com entrada posterior para o seleto grupo dos Vingadores.

Brie Larson tinha como concorrentes para o papel as atrizes Niki Caro, (Terra Fria), Jennifer Kent (O Babadook) e Elizabeth Wood (White Girl). O roteiro do longa será escrito por Meg LeFauve (Divertida Mente) e Nicole Perlman (Guardiões Da Galáxia). Já a estreia está prevista para 28 de fevereiro de 2019.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: O Bom Gigante Amigo/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: O Bom Gigante Amigo/Cesar Augusto Mota

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Quem está ansioso para ver a nova aventura produzida pelos estúdios Disney, pode se preparar: “O Bom Gigante Amigo” vem com uma história recheada de ação, ótima fotografia e um roteiro que promete cativar os espectadores.

A pequena Sophie, carente e que vive num orfanato, é levada de repente para a Terra dos Gigantes por uma criatura de aparência assustadora e pouco mais de 7 metros de altura, mas lá nasce uma linda amizade entre eles. BGA ou BFG (Bom Gigante Amigo, em inglês) tem como diferencial o fato de se recusar a devorar crianças, além de possuir uma alma pura e bondosa e armazenar sonhos em diversos frascos de vidro.

Aos poucos, o espectador vai descobrindo os segredos do personagem, bem como os de Sophie, que revela ser uma criança infeliz no orfanato, que já contou diversas mentiras e fugiu várias vezes. Mas não ser um devorador de crianças se torna um problema para BGA, tendo em vista que os demais gigantes procuram por ele após sentirem cheiro  humano e acharem um cobertor na Terra dos Gigantes. Esconder Sophie e protegê-la desse iminente perigo não será tarefa fácil para BGA.

Como não conseguem capturar Sophie e devorá-la, os gigantes mudam de estratégia e fazem desaparecer outras crianças, o que provoca mudança de planos de BGA e Sophie, que antes pensavam em se livrar deles e permanecerem escondidos, e depois passam a pensar em procurar a Rainha da Inglaterra e pedir ajuda ao seu exército para barrar essas criaturas maléficas.

O encontro entre eles foi confuso no início, mas com o jeito simpático e irreverente de BGA, bem como o carisma e olhar cativante de Sophie mobilizam a todos e surge uma batalha intensa para livrar a cidade de todo o mal que a aflige.

A história, ambientada na Inglaterra e na Terra dos Gigantes, mostra belíssimos efeitos visuais, bem como o bom aproveitamento do CGI(computação gráfica), o que encaixa bem e contribui para a boa interação entre os personagens, além do emprego dos focos de luz num ambiente escuro e sombrio e um show de luzes que simbolizam os sonhos que são libertados dos vidros guardados por BGA. Os ditos sonhos se inserem no interior dos personagens e esses passam a ter uma nova sensação, de um mundo mágico e cheio de felicidade.

Como todo filme tem seus prós e contras, vamos a eles: Mark Rylance, agraciado com o Oscar este ano por “Ponte dos Espiões” passou por uma espetacular transformação para viver o protagonista de “O Bom Gigante Amigo”, além de uma atuação de destaque e ótima química demonstrada entre seu personagem e o da jovem e estreante Ruby Barnhill, na pele de Sophie.

A história mostra um roteiro conciso e bem amarrado em sua maior parte, além do ótimo aproveitamento dos recursos de CGI e uma ótima fotografia, com tons escuros e sombrios e o contraste de luzes com  ambiente, permitindo ao espectador se inserir na história e imaginar que está num sonho, mas não há uma ilustração mais detalhada de como era a vida de Sophie no orfanato, nem dos habitantes da Terra de Gigantes, além de a Rainha da Inglaterra ter demorado a surgir na trama e de uma forma um pouco solta. Um saldo positivo para essa produção da Disney, mesmo com algumas imprecisões.

“O Bom Gigante Amigo” conta com a produção e direção de Steven Spielberg e roteiro de Melissa Mathison, a mesma roteirista que escreveu “E.T.-O Extraterrestre”, também com  direção de Spielberg. A história é baseada no conto infantil escrito pelo escritor britânico Roald Dahl, que também possui livros que inspiraram as produções deMatilda” eA Fantástica Fábrica de Chocolate”. A previsão de estreia nos cinemas brasileiros é em 28 de julho de 2016.

Poltrona Vintage: Filmes de Hector Babenco/Anna Barros

Poltrona Vintage: Filmes de Hector Babenco/Anna Barros

hector babencoNa última quarta, dia 13 de julho, o cinema brasileiro perdeu um de seus maiores expoentes: Hector Babenco. Babenco era argentino mas se considerava paulistano e era naturalizado brasileiro. Amava São Paulo e o Brasil. O Poltrona Vintage presta uma homenagem a esse cineasta genial que impunha a sua marca em todos os seus filmes.

O seu filme mais interessante foi O Beijo  da Mulher Aranha que concorreu ao Oscar e onde William Hurt levou de Melhor Ator. Há outras obras primas como Pixote, a Lei do mais fraco e Carandiru.

Seu último filme em que ele já lutava contra um câncer foi Meu amigo hindu com William Dafoe e Maria Fernanda Cândido.

Outro filme memorável foi Lucio Flavio, Passageiro da Agonia.

Vale a pena ver todos os seus filmes com imenso carinho e atenção. Ali você encontra São Paulo que é um misto de várias cidades brasileiras e do mundo.

Hector Babenco deixa muitas saudades. Era casado com a atriz Barbara Paz.