Maratona do Oscar: Brooklyn/Flavia Barbieri

Maratona do Oscar: Brooklyn/Flavia Barbieri

 

 

 

brooklynEilis Lacey (Saoirse Ronan) é uma jovem imigrante irlandesa vivendo no Brooklyn dos anos 50. Atraída pela promessa da América, Eilis parte da Irlanda, saindo do conforto da casa de sua mãe para a cidade de Nova York. Em sua nova cidade, Ellis vive um romance inebriado de amor com um nova-iorquino. Numa trama inteligente e um roteiro bem amarrado, vivenciamos as dúvidas e a tensão da jovem Eilis, na escolha entre dois países e na reflexão sobre as alternativas de sua vida.

 

A história é iniciada quando Eilis sente-se envolvida pelo charme italiano de Tony Fiorello (Emory Cohen), sendo apresentada a uma culinária e a um estilo de vida tão diferente do seu, quando casamentos e funerais a chamam de volta à Irlanda. Dividida entre os novos sentimentos e emoções mais familiares, Eilis se vê em um caminho de escolhas maduras e decisivas.

 

A narrativa, perfeitamente situada no início dos anos 50, com um estilo de cinema em que a mulher é figura central de toda a trama, como nos idos do cinema popular, traduz um filme emocionalmente inteligente que pode ser considerado a melhor obra do diretor John Crowley. Para os fãs de Bette Davis, Joan Crawford e Barbara Stanwyck, Brooklyn é, sem dúvida, um revival.

 

Nova York surge como um universo de sapatos vermelhos, vestidos amarelos e carros azuis. Mulheres austeramente encamisadas e meninos de blazer e cabelos oleosos ao estilo Garry Cooper.

 

O filme tem contrastes interessantes entre as cenas inciais de igrejas e dias chuvosos e frios, não apenas na temperatura, mas no sentimento; e as ruas americanas de tons mais quentes e divertidos. Tudo analisado pelos olhos de Eilis.

 

Destaque para os produtores e figurinistas que conseguem traduzir através de roupas e maquiagens, a sutileza das transformações da heroína. O filme tem um feitiço delicado e um charme discreto, próprio dos que são parte da história de sucesso do cinema.

 

O filme concorre por Melhor Filme, Melhor Atriz – Saoirse Ronan e Roteiro Adaptado.

 

A Dona da Poltrona – Estreias da Semana

A Dona da Poltrona – Estreias da Semana

Olá, geeks!!

Vamos às estreias da semana do dia 18 de fevereiro. Bem, o filme mais aguardado é O Quarto de Jack. Vamos aos filmes!!
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1- O Quarto de Jack
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O filme tem a interpretação de Brie Larson como favorita a vencer na categoria de Melhor Atriz. Também concorre a Melhor Filme. Ao mesmo tempo uma narrativa tensa sobre cativeiro e liberdade, uma viagem imaginativa por dentro das maravilhas da infância, e um profundo retrato de um laço familiar e sua fortaleza, O QUARTO DE JACK é uma linda e transcendente experiência baseada no premiado best-seller de Emma Donoghue.
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O Quarto de Jack conta a extraordinária história de Jack (Jacob Tremblay em uma performance de sucesso), um espirituoso menino de 5 anos que é cuidado por sua amada e devota Ma (Brie Larson). Como toda boa mãe, Ma se dedica em manter Jack feliz e seguro, cuidando dele com bondade e amor, e fazendo coisas típicas como brincar e contar histórias. Sua vida, entretanto, é tudo menos normal – eles estão presos – confinados em um espaço de 10 m² sem janelas, o qual Ma chamou eufemisticamente de “O QUARTO DE JACK”. Ma criou todo um universo para Jack dentro de O QUARTO DE JACK, e ela não parará por nada para garantir que, mesmo neste ambiente traiçoeiro, Jack seja capaz de viver uma vida completa e satisfatória. Mas, enquanto a curiosidade de Jack sobre a situação em que vivem cresce, e a resiliência de Ma alcança um ponto de ruptura, eles ensaiam um arriscado plano de escape, o que os leva a ficar face-a-face com o que pode ter se tornado a coisa mais assustadora: o mundo real. Em O QUARTO DE JACK estrela Joan Allen (três vezes ganhadora do Oscar) e William H. Macy, nomeado ao Oscar.
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2- O Abraço da Serpente
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O filme colombiano concorre na categoria Melhor Filme Estrangeiro.O filme tem ritmo e tensão dos clássicos do cinema. A fotografia em preto e branco é simplesmente sensacional.
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Théo (Jan Bijvoet) é um explorador europeu que conta com a ajuda do xamã Karamakate (Nilbio Torres) para percorrer o rio Amazonas. Gravemente doente, ele busca uma lendária flor que pode curar sua enfermidade. Quarenta anos depois, a trilha de Théo é seguida por Evan (Brionne Davis), outro explorador que tenta convencer Karamakate a ajudá-lo.
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3- O Lobo do Deserto
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Indicado ao Oscar como Melhor Filme Estrangeiro representando a Jordânia e foi filmado como um faroeste. ‎O Lobo Do Deserto conta a história de Theeb, um menino de uma tribo beduína que embarca numa perigosa jornada pelo deserto árabe atrás de seu irmão. Para sobreviver, ele terá que aprender sobre confiança, traição – e ser adulto.
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A história ocorre simultaneamente à Revolta Árabe(1916-1918) quando nacionalistas árabes litaram contra o Império Otomano pela independência da região.
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Umberto Eco nos deixa

Umberto Eco nos deixa

umberto ecoNesta sexta, dia 19 de fevereiro, o mundo ficou menos inteligente com a morte de Umberto Eco. De sua obra inesquecível, ficou o filme O Nome da Rosa em que foi baseado.

Esse maravilhoso filme foi o estopim da carreira de Christian Slater que fez a sua estreia.

 

https://youtu.be/lvJ_yGPvdtM

Maratona do Oscar: Amy /Anna Barros

Maratona do Oscar: Amy /Anna Barros

amyAmy é o grande favorito a vencer o Oscar de Melhor documentário. O filme foi dirigido por Asif Kapadia, o mesmo de Senna.  Asif foi feliz porque ele mostra uma Amy antes da fama, ainda adolescente mostrando às amigas Lauren e Juliette todo o seu vozeirão. Ali estava a Amy pura e dócil que com a separação dos pais, começou a se enfiar no mundo das drogas e a ter um ar triste. Amy jamais aceitou a separação dos pais e tinha verdadeira idolatria pelo pai.

Ela começou a galgar a carreira e com ela os conflitos surgiram, principalmente depois que ela conhece seu marido Blake Fielder. O amor dos dois, obsessivo e conturbado foi responsável pela grande fase criativa de Amy mas a fez se entregar mais ao álcool e às drogas pesadas. E dali se vê seu declínio até a sua morte por overdose de álcool.
Antes disso, Amy conhece a fama e apesar de amar cantar no estúdio e no palco, não consegue lidar com ela. Vê apensas suas amgias como pessoas verdadeiras, além da mãe e percebe como seu pai explorava seu sucesso, querendo sempre tirar casquinha dele.
Na primeira crise, antes do estouro de Back to Black, seu pai, Mitch, não deixou que a internassem numa clínica de reabilitação como seu produtor, empresário e amigos queriam e isso pode ter ampliado o abismo que existia entre a Amy mulher e a Amy cantora. Ela não conseguia lidar com as tristezas e sofrimentos da vida, a ponto, de, nas vezes em que ficou em abstinência de drogas e álcool, achar a vida um porre sem elas.
Quando Blake vai para a prisão seu mundo desaba. Ela se afunda mais e acaba o traindo com outro homem, levando-no a pedir o divórcio por adultério. Blake foi o grande amor de sua vida e seu ponto destruidor. Esse amor surreal a fez se distanciar de todos e a começar a arruinar sua carreira. Foi chamada pra um festival em que simplesmente não conseguiu cantar. A turnê foi devidamente cancelada e ela decidiu ir ao casamento de seu ex-empresário. Três dias antes foi encontrada morta em seu apartamento por seu guarda-costas. O filme fala da derrocada de uma artista esplêndida aos 27 anos e o quão devastador pode ser a entrega de uma pessoa às drogas. Além de cocaína, Amy foi viciada em crack e heroína, essas últimas apresentadas por Blake, no melhor estilo Meu bem, meu mal.
O documentário é triste mas à medida que mostra a vida de Amy, intercala suas principais canções mostrando como a sua vida influenciava diretamente as suas canções. Essa parte é bem sensível de Asif e própria para os fãs da voz da cantora e de sua música.
Uma das partes mais bonitas é quando ela faz dueto com seu ídolo, Tony Bennett. Ele consegue perceber seu valor extraordinário e ela consegue resgatar a Amy menina, da adolescência ao exalar toda a sua doçura frente ao seu ídolo.
Acabamos por refletir a que ponto um artista com aquele potencial se deixa derrotar e manipular pelas artimanhas e circunstâncias da vida. O documentário é linear, bonito e profundo. Ficamos pensando nele por alguns dias e vêm a dúvida: se ela não tivesse se envolvido com Blake, estaria viva?
Amy ganhou o Bafta 2016 como Melhor Documentário e é muito favorito a levar a estatueta dourada. A conferir no próximo dia 18 de fevereiro.
Super indico! Para ver e se emocionar!!
O Despertar da Força Hispânica

O Despertar da Força Hispânica

 

del toroAinda sem título oficial, o oitavo filme da saga Star Wars poderia se chamar O Despertar da Força Hispânica. Isso porque a saga intergalática recrutou Benício del Toro. A nova aquisição divide a cena com Oscar Isaac que defendia o pavilhão hispânica e põe fim a meses de rumores nas redes sociais.

Rumores que o próprio Del Toro alimentou ao insinuar que queria fazer parte da saga. Ele confessou ao El Pais que se recoradava do filme de estreia em 1977 e que havia se convertido em um grande fã.

Supostamente não poderia dar detalhes do filme para que ficasse no mesmo halo de segredo que envolveu o episódio VII, O Despertar da Força.

Del Toro de 48 anos tem uma alma difícil de controlar, inclusive nas entrevistas. Não falou nada sobre a trama do filme quem sabe por desconhecimento ou por pular de propósito, sem embargo, e a sua paixão pelo novo projeto abriu seu coração para dividir o que será seu próximo trabalho.

“É uma história que se desenvolve em vários níveis, tanto espiritual, uma metáfora do bem e do mal”, se lembrou elevando seus pensamentos além dos sabres de luz, das naves espaciais e da música de John Williams que tanto gosta.

A estreia está marcada para 15 de dezembro de 2017 e não se sabe qual será o papel de Del Toro, apenas que as filmagens jpa começaram nos estúdios Pinewood, em Londres.

Credito da foto: Getty Images

 

Por Anna Barros