Na véspera da premiação do Oscar, no dia 27 de fevereiro, foram entregues o Independent Spirit Awards que consagrou a produção Spotlight – Segredos Revelados.
Os vencedores foram:
Melhor Filme
Spotlight – Segredos Revelados
Melhor Diretor
Tom McCarthy (Spotlight)
Melhor Atriz
Brie Larson (O Quarto de Jack)
Melhor Ator
Abraham Attah (Beasts of No Nation)
Melhor Atriz Coadjuvante
Mya Taylor (Tangerina)
Melhor Ator Coadjuvante
Idris Elba (Beasts of No Nation)
Melhor Roteiro
Tom McCarthy & Josh Singer (Spotlight)
Melhor Filme de um Estreante
The Diary of a Teenage Girl – dir. Marielle Heller
Melhor Roteiro de Estreante
Emma Donoghue (O Quarto de Jack)
Melhor Edição
Tom McArdle (Spotlight – Segredos Revelados)
Melhor Direção de Fotografia
Ed Lachman (Carol)
Melhor Documentário
O Peso do Silêncio
Melhor Filme Estrangeiro
Son of Saul (Hungria)
Prêmio John Cassavetes – para filmes feitos com menos de US$ 500 mil
Krisha
Cada vestido mais lindo que o outro. E a tendência desse ano foi o decote que apareceu em muitos vestidos! Vejam a opinião do Poltrona quanto às mais bem vestidas dessa noite.
1- Alicia Vikander que concorre à Melhor Atriz Coadjuvante por A Garota Dinamarquesa, de Louis Vuitton.
2) Saoirse Ronan que protagonizou Brooklyn e concorre na categoria de Melhor Atriz. De Calvin Klein. Amo CK!!!
3) Olivia Wilde, de Valentino. Parou o tapete vermelho!
Não gosto muito dos filmes de Tarantino, talvez tenha gostado apenas de Pulp Fiction. Mas há quem goste. Esse, como sempre, mescla conflitos raciais e violência. Mas a impressão que se tem é que ele quer homenagear os faroestes de Sergio Leone, clássicos. A começar pela trilha sonora maravilhosa, pule de dez para ganhar o Oscar de Melhor Trilha, do maravilhoso Ennio Morricone. Não tem como não se transportar para os westerns italianos típicos.
No longa, que se passa alguns anos depois da Guerra Civil americana, um grupo de desconhecidos é obrigado a passar a noite em uma estalagem isolada durante uma nevasca. Entre os presentes estão os caçadores de recompensa Marquis Warren (Samuel L. Jackson) e John Ruth (Kurt Russell). Este último está transportando uma foragida da justiça, Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), e logo desconfia que alguém no grupo está ali para libertá-la. Tarantino tem um dom para escolher elenco e dessa vez não foi diferente. A começar pelo sensacional desempenho de Jennifer Jason Leigh que a faz concorrer ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.
Tarantino sempre abusa de metalingugaem em seus filmes e dessa vez fez citações aos grandes mistérios da escritora inglesa Agatha Christie e de Sherlock Holmes, além de ter uma pitada de Robert Altman.
Todos Os Oito Odiados têm um histórico de matanças e outros crimes, mas cativam o espectador como só os anti-heróis tarantinescos são capazes. Além de nomes, eles têm apelidos, como O Caçador de Recompensas e A Prisioneira (um hábito do cineasta – personagens como Mr. White, Mr. Orange, A Noiva e Mamba Negra povoam o universo de pesadelo de Tarantino). A Prisoneira é muito espancada e vítima de violência de todos os personagens criando um clima pesado, sem ao menos se saber ao certo qual foi o crime que ela cometeu.
O filme lembra muito outro filme de Tarantino, Cães de Aluguel, de 1992.
Não é um grande filme, mas é banhado a muito sangue, outro traço típico de Tarantino, que gota de abusar de monólogos e narrativas que surpreendam o espectador por mais que seus filmes tenham sempre um lugar-comum e a presença constante de Samuel Lee Jackson cujo Major Marquis Warren é o verdadeiro protagonista.
Jennifer explora todo o seu potencial de pessoa fugitiva, mas ao mesmo tempo vítima dos demais, sem cair em caricatura ou maniqueímo. Seu desempenho é muito bom mas ela esbarra em atuações exuberantes de suas outras concorrentes como Alícia Vikander, Roone Mara e Kate Winslet.
A categoria é peso-pesado mas Os Oito Odiados entra para a filmografia de Jennifer com grande destaque.