Favorito ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, O Filho de Saul traz de novo as telonas os horrores sofridos pelos judeus nos campos de concentração da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
O filme Húngaro dirigido por László Nemes também foi selecionado para a amostra competitiva do Festival de Cannes.
Saul, um judeu confinado nos campos de concentração, é designando pelos alemães a um papel de Soondekomando, ou seja, participa do grupo de pessoas que retiram os corpos exterminados das câmaras de gás para leva-los a cremação. Um dia ao realizar seu árduo trabalho, Saul encontra o corpo vivo de um menino ao meio de dezenas de cadáveres.
O garoto logo é executado por um oficial alemão e seu corpo é enviado para a autopsia. Saul, então, corre contra o tempo e as adversidades do local para resgatar o corpo do menino e conceder-lhe um funeral digno.
O longa é filmado de uma maneira inusitada. As câmeras são posicionadas grudadas ora no rosto de Saul, ora atrás dele, mostrando o que ele vê e causando uma sensação de aprisionamento. Dessa maneira podemos ver o horror da guerra como os que a vivenciaram no momento.
O Filho de Saul pode ser assustador para quem não está preparado para se deparar com a realidade de episódios odiosos da história da humanidade como esse.
Porém, é uma lição quando nos mostra que mesmo em meio a uma barbárie, ainda há amor entre as pessoas.
Nota: 5/5. Filmaço!
Por Vitor Arouca. com colaboração de Luis Fernando Salles