Maratona do Oscar: Creed/Anna Barros

Maratona do Oscar: Creed/Anna Barros

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Assisti ao filme para resgatar aquela paixão que eu tinha pela franquia Rocky e para analisar a performance de Sylvester Stallone, o franco favorito a levar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante no próximo dia 28 de fevereiro. E Stallone está sensacional. Ele é a própria figura do treinador-pai, a docilidade em pessoa que aceitar treinar Donnie, o filho de seu primeiro rival nos ringues, Apollo Creed, que é revoltado e não conheceu seu pai, que morreu lutando.

Stallone reencarna seu primeiro técnico e consegue reviver seu personagem mais famoso de maneira marcante.

Acho que seu grande rival é Mark Ruffalo por Spotlight, mas creio que se a escola da Academia se der pelo coração, será por Sylvester Stallone que fez grande sucesso, ficou na draga e ressurgiu das cinzas com vários papéis, sendo esse o papel que o redime de vez podendo fazer com que leve a estatueta dourada.

O filme é filho da franquia Rocky e Stallone se sente à vontade para lidar com vários clichês dentro do boxe e na vida que ele mesmo criou. Ele se movimenta e se sai muito bem.

Há três grandes cenas de luta com tomadas diferentes em todas elas. Na primeira, de fora, na segunda em plano-sequência e na terceira é mais detalhada, similar às lutas clássicas da franquia Rocky com zoom e pancadas. Esses planos indicam a evolução da luta de Creed.

Stallone está um monstro me cena e quebra todos os seus estigmas de apenas fazer filmes de ação, de luta. O papel é uma métafora de sua vida e ele se sai muito bem. É muito favorito apesar de Ruffalo estar espetacular em Spotlight, um outro tipo de filme.

Creed é original e ainda consegue ser uma metalinguagem porque quando Donnie assiste à clássica luta de seu pai, Apollo, com Rocky, a plateia participa com ele e é uma memória afetiva muito boa.

Torço por Ruffalo mas se Stallone ganhar, estará bem entregue.

 

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