Dia 1º de dezembro foi celebrado o Dia Mundial de Combate à AIDS. Como associar isso ao cinema? Como ainda estamos na semana de comemoração dos Cinco Anos do Poltrona de Cinema nada como colocar esse tema de conscientização na roda. Então, selecionei meu Top 5 de melhores filmes que abordam a AIDS.
A abordagem é secundária porque o filme fala de cinco histórias. A que fala da AIDS é a que nos remete aos tempos atuais. Nesse período Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com Aids e morrendo, ou seja, o longa mostra que independente de tudo que acerca a doença, todo o cenário que a envolve, incluindo aí até o preconceito com os portadores do vírus HIV, ainda há tempo para solidariedade, amor e compaixão. Mesmo em segundo plano porque as histórias todas têm como base o livro As Horas, de Virgina Woolf, a história que aborda a AIDS é forte, intensa.
O filme de Hector Babenco é baseado no livro do Dr Drauzio Varella que aborda o trabalho voluntário do médico num dos maiores presídios da América Latina. Lá ele mostra todo o amor ao trabalho e compaixão com os pacientes que atende. E mostra um outro olhar sobre a penitenciária onde há pessoas querendo melhorar de vida, sobreviver às suas mazelas e com uma grande vontade de viver. É um dos filmes que marcaram a Retomada do Cinema Brasileiro. Destaque para Luis Carlos Vasconcellos que faz o Dr Drauzio.
O filme de Sandra Werneck conta a vida de Cazuza, o genial músico que revolucionou com suas letras principalmente as de protesto e de política antes de estourar com as baladas românticas do Barão Vermelho. Além de mostrar seu lado mais humano, visceral e rebelde, tem uma interpretação soberba de Daniel Oliveira que ganhou a aprovação dos pais de Cazuza, Lucinha e João Araújo. E não poderia ser diferente ao mostrar Cazuza assumindo a doença e mostrando toda a sua luta e de sua família para enfrentar a AIDS.
O filme é tão bom que premiou com os Oscars principais dois atores da película. Mathhew McConaughey ganhou como Melhor Ator ao viver o cowboy homofóbico e Jared Leto, como a transsexual Rayon que acaba ficando amiga de Ron.
Ron descobre que tem o vírus, reluta mas acaba cedendo ao tratamento. Acaba se envolvendo com o tráfico de medicamentos alternativos que são bem mais baratos que o coquetel da AIDS. com AZT e produzem menos efeitos colaterais.
Ele cria o Clube de Compras Dallas em que os associados pagam 400 dólares por mês e podem ter acesso aos medicamentos que desejarem. Mas o clube de compras sofre ataques por parte da FDA e do médico do Hospital, que por diversas vezes confiscam o estoque de Ron, o que faz do seu negócio ora lucrativo ora miserável. O fato é que o tratamento alternativo vem mostrando sinais positivos, melhores que os testes hospitalares com AZT, o que faz com que os pacientes do hospital abandonem esse tratamento e passem a frequentar a “loja” de Ron para se tratarem. Rayon acaba morrendo, e Ron continua sua luta para que os doentes terminais tenham direito de poderem fazer uso de medicamentos ilegais e assim Ron consegue viver 7 anos após diagnosticado. O filme é sensacional e os atores estão espetaculares. Jennifer Gardner vive uma médica que acaba ficando amiga de Ron e Rayon e também está ótima no filme.
O filme é tão bom que deu o Oscar a Tom Hanks. A película aborda o preconceito que a doença trouxe assim que surgiu e ninguém sabia muita coisa dela e traz até hoje. Um promissor advogado trabalha para uma grande firma de advocacia e é demitido sumariamente quando descobrem que ele é portador do vírus HIV. Ele contrata um advogado negro que é expert em lidar com preconceitos que se vê lutando contra seus próprios medos. O filme é um show de interpretação de Tom Hanks, um dos melhores atores de sua geração, e de Denzel Washington, que faz o advogado que luta para conquistar os direitos que seu cliente merece.




