Top 5: Cinema Brasileiro

Top 5: Cinema Brasileiro

A mim coube enumerar o Top 5 do Cinema Brasileiro nessa semana de celebração pelo aniversário de 5 anos do Poltrona de Cinema!

Então vamos lá!!

5-  Tropa de Elite

tropa de eliteJose Padilha mostrou a realidade nua e crua do serviço de inteligência da polícia, da Polícia Militar, das milícias e do tráfico de drogas. É um filme que aborda a realidade principalmente a carioca da vida como ela é. Imperdível. Um dos campeões de bilheteria. Sua sequência, o Tropa 2 também é um marco na cinematografia nacional. O filme colocou Wagner Moura definitivamente no cenário dos grandes atores brasileiros. Vários bordões cairam na boca do povo como: Missão dada é missão cumprida e Pede pra sair.

 

4- Cidade de Deus

cidade de deusO genial Fernando Meirelles retrata uma favela carioca e suas mazelas sob uma ótica sensacional com um show de enquadramentos e de montagem. O filme concorreu a vários Oscars e muitos pensam que Simon Doyle criou o seu Quem quer ser um milionário inspirado em Cidade de Deus.

Filme mostra a violência e consegue descobrir poesia nos undergrounds da vida.

Vários atores despontaram.

 

3- Que horas ela volta?

que horas ela voltaO filme de Anna Muylaert que concorre à indicação brasileira de Melhor Filme Estrangeiro é um soco no estômago. Ele fala da relação servil de Val com seus patrões e como a vinda de sua filha, Jessica, do Recife, que ela não via há dez anos, muda a sua trajetória e a faz questionar valores e também a maneira que ela estava tocando a sua própria vida. Regina Casé soberba!

É imperdível! Toca a nossa alma de forma profunda e eterna. Vale a pena ser visto e revisto!

 

 

2- O Pagador de Promessas

o pagador de promessasO filme fala de uma promessa feita por Zé do Burro que acaba sofrendo a intrnasigência sa Igreja que não quer deixá-lo cumpri-la só porque ele a fez num terreiro de candomblé. O  objetivo era que seu burro fosse salvo e ele foi. E ele quer entrar na igreja com uma pesada cruz. É impedido pelo vigário e então entram outras questões. Grupos do candomblé se aproveitam para lutar por sua causa, a mídia sensacionalista acaba cobrindo a tentativa de se cumprir a promessa num enorme estardalhaço e a Igreja não aceita que ele cumpra a promessa feita a Santa Bárbara o que evidencia o grande sincretismo religioso na Bahia. Zé do Burro acaba morto pela polícia e o povo acaba entrando com seu sorpo à força junto com a cruz para que a promessa seja cumprida post mortem.

Único filme brasileiro até hoje a ganhar a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1962. Baseado em texto do dramaturgo  Dias Gomes. Filmaço!

 

1- Central do Brasil

central do brasilPara mim, o melhor filme feito até agora. Walter Salles genial foi muito feliz. O filme fala de relação filho-pai, de relação filha-pai, de compaixão, solidariedade e de amor. Um resgate aos melhores sentimentos do ser humano e aos piores também porque também fala de decepções em todas as esferas de relacionamentos.

Amo esse filme e não me canso de ver. E Fernanda Montenegro deveria ter ganho o Oscar de Melhor Atriz desbancando a americana Gwyneth Paltrow. Seu desempenho em Central é espetacular, atemporal, eterno, magnífico, colocando-a no panteão das grandes atrizes na esfera mundial.

O menino Vinicius é ótimo também. Grande descoberta de Walter Salles que tem outros filmes maravilhosos como Abril Despedaçado e Diáríos de motocicleta!

Aniversário do Poltrona de Cinema

Aniversário do Poltrona de Cinema

poltrona de cinema 2O Poltrona de Cinema nasceu há cinco anos, mais precisamente no dia 24 de novembro. Para celebrar  essa data especial, nossos colunistas farão um Top 5 de seus Melhores Filmes categorizados. Todos os dias, até o dia 30, teremos a seleção deles.

Hoje estará a cargo de Anna Barros, sexta de Gabriel Araújo, sábado, de Eduardo Guimarães, domingo, de Arita Souza e Thiago Simão e segunda, de Beatriz Yamada.

O blog surgiu a partir de uma ideia de minha prima Daniela Mendes, ganhou corpo, cresceu e hoje conta com colunistas e colaboradores especiais na época do Oscar como Renata Barros, Flavia Barbieri,  Pablo Bazarello, Thaty Moura, Paula Hermógenes dentre outros.

É com muita felicidade que toco esse projeto do Poltrona e agradeço a todos os colunistas e leitores que passaram e passam por aqui comentando e trazendo ótimas sugestões e contribuições. Teremos também surpresas! Fiquem ligados!

Bons filmes a todos!!

Literacine: Sangue Quente / Meu namorado é um Zumbi

Literacine: Sangue Quente / Meu namorado é um Zumbi

livro sangue quente

” O amor nos torna humanos”

R é um jovem vivendo uma crise existencial – ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos.

Digamos que R possa ser considerado um zumbi fora dos padrões, um achado em meio a tantos zumbis descritos nas narrativas do gênero.

R é um jovem vivendo uma crise existencial – ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, e está cheio de pensamentos e saudades. Mesmo não tendo recordações, nem identidade, nem pulso, R tem sonhos.

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Nosso protagonista não se lembra de nenhum fato de sua vida, seu nome, momentos importantes, nem de todos a sua volta, nada! Ele acorda e encontra-se morto, mas R possui algo diferente, um fio bem tênue que o faz sentir algo sobre uma espécie de consciência, um morto com sentimentos.

“Estou morto, mas isso não é tão ruim. Aprendi a conviver com isso. Desculpe não me apresentar da forma correta, mas não tenho mais um nome.(…)O meus talvez começasse com R, mas isso é tudo que sei.”

O livro fala sobre estar vivo, estando morto, e a tênue linha que os separa. Ambos não esperavam que iriam se apaixonar, é rica a forma que o autor descreve seus personagens e como R narra todo o enredo.

“(…)Ela se encolhe para perto da janela. Um grito de terror começa a aparecer na garganta dela. Isso não está dando certo.– Segura – falo para ela, soltando um suspiro. – Manter… você segura.”

A diagramação da editora LeYa, tradução e capa, refletiram o contexto verdadeiro do que iremos encontrar na leitura de Sangue Quente.

Sinopse do filme

Meu namorado é um zumbi filme

Em um cenário pós-apocalíptico,  o zumbi R (Nicholas Hoult) passa por uma crise existencial e criando laços de amizade com uma humana chamada Julie (Teresa Palmer), uma de suas vítimas por quem acaba se interessando amorosamente.  O problema é que este relacionamento acaba causando uma reação em cadeia em outros mortos-vivos, mas o general Grigio (John Malkovich) não está interessado neste tipo de mudança e sim no total extermínio da ameaça zumbi.

Este filme é uma mistura improvável entre comédia romântica e filme de mortos-vivos.  Os trailers e cartazes apostaram numa veia cômica, deixando a história de amor em segundo plano. Já o diretor Jonathan Levine, conhecido pelos dramas intimistas, apostou em um outro caminho, não poupando as cenas com perseguições e cadáveres. Felizmente, diante de tamanha diversidade, Meu Namorado é um Zumbi conseguiu extrair o melhor de todos os mundos.

Título Original: Warm Bodies                         Ano de Lançamento: 2013

007 contra Spectre

007 contra Spectre

Por: Gabriel Araújo (@gabriel_araujo1)

Spectre_posterSessão de Matinê: “007 contra Spectre”

O aguardo novo filme da saga 007 enfim chega aos cinemas. Após o fantástico ‘Skyfall’, de 2012, Daniel Craig volta a viver James Bond numa produção que certamente divide opiniões. ‘007 contra Spectre’, no caminho rumo ao fim da linha de Craig como o agente mais famoso das telonas (resta um filme em seu contrato), pode ser interpretado de várias maneiras distintas, com a certeza de que, porém, não supera o longa anterior.

Obviamente há falta de ação na nova empreitada de Bond. Em comparação aos outros três de Craig, este é, de fato, o menos movimentado, o que não significa que seja ruim. Um filme de James Bond sempre consegue suprir os gostos de todos, com suas doses de ação, aventura e, claro, o velho humor britânico.

No 24º filme da mais longa saga do cinema, 007 vai ao México em ação pessoal para assassinar um mafioso com um obscuro anel com a inscrição de um polvo, que vem a ser conhecido como símbolo da rede Spectre (não citada nos filmes desde 1971, em ‘Os Diamantes são Eternos’), na qual Bond se infiltra em uma reunião em Roma (local sempre belo para as filmagens), comandada por Ernst Stavro Blofeld (Christoph Waltz), o vilão da vez.

Enquanto isso, em Londres, M (Ralph Fiennes) tem o MI6 desafiado pelo novo chefe de segurança britânico, Max (Andrew Scott), um antipatizante dos 00. Praticamente sozinho na tarefa, Bond se junta à filha do Mr. White (de Casino Royale e Quantum of Solace), Madeleine Swann (Léa Seydoux) para concluir sua missão de exterminar Spectre.

É interessante como o novo 007 aborda os filmes anteriores, fazendo conexões entre os outros três longas de Daniel Craig, desde os vilões aos aliados, e assim desperta a atenção pessoal de Bond, que mesmo numa trama em que aparentemente não teria importância, vistas as ações do comando de Londres, leva a si o protagonismo da tarefa, como deve ocorrer.

O roteiro é cuidadoso, e chega a lembrar de filmes antigos do agente, com situações desconexas da realidade, uma marca do século passado que parecia ter sido adaptada ao mundo real e moderno com Daniel Craig. É tão cuidadoso que em determinados momentos abandona algumas personagens e as cenas de ação tão conhecidas das produções.

Monica Bellucci, apesar do enorme ‘bafafá’ em torno de sua participação, faz uma aparição curta como Lucia Sciarra. Não espere muito. Já Christoph Waltz é outro ponto discreto – talvez o vilão mais escondido de toda a saga, só aparecendo com constância a partir da metade do filme, mas sem chegar aos pés, por exemplo, do Silva (Javier Bardem) de Skyfall.

Depois da beleza que foi o filme de 2012, muito provavelmente o melhor de todos os 24, uma expectativa foi criada sobre Sam Mendes por algo semelhante, e por isso muitos podem se sentir insatisfeitos com Spectre. A leve queda, porém, é compreensível. Pode ser comparada à música: dificilmente um artista emenda dois álbuns antológicos. Muitos nem chegam a dois discos geniais. Que 007 reencontre o caminho – se possível, fechando com chave de ouro a era Daniel Craig, que apresentou a melhor interpretação de Bond entre todos.

Musicalmente o filme é uma decepção. Músicas históricas marcaram a saga de 007, como ‘Live and Let Die’, de Paul McCartney, e mesmo ‘Skyfall’, de Adele. O escolhido para o novo tema foi Sam Smith, que parece acreditar ser o rei do falsete e faz uma canção que em nada combina com James Bond, ‘Writing’s on the Wall’. Se ganhou a “disputa” com Noel Gallagher para isso, era melhor ter ficado em casa. Consegue competir com ‘Die Another Day’ (Madonna) em ruindade. Alguns não devem nem ter vontade de continuar a ver o filme com uma música tão fraca logo na abertura – o que não anula a qualidade musical de Sam Smith, como o tema de 2002 não anulou a de Madonna.

Aos fanáticos por 007, que gostam até de Roger Moore lutando sobre o teleférico do Pão de Açúcar ou de Pierce Brosnan surfando num tsunami, 007 contra Spectre será um prato bem servido – não tão bom quanto Skyfall, mas melhor, por exemplo, que Quantum of Solace. Já aos que esperam sempre mais e mais de James Bond, com um filme melhor que o outro em sequência, provavelmente haverá decepção.

Nota: 3,5/5

Sinopse:
Uma enigmática mensagem do passado de James Bond (Daniel Craig) o coloca numa investigação sobre uma misteriosa organização criminosa. Enquanto M (Ralph Fiennes) enfrenta duras batalhas políticas para manter o serviço de inteligência funcionando plenamente, Bond dedica-se a desvendar o que é Spectre.

Últimas Notícias : Alice através do Espelho estréia em 2016!

Últimas Notícias : Alice através do Espelho estréia em 2016!

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Foi divulgado o primeiro trailer de Alice Através do Espelho, sequência de Alice no País das Maravilhas, de 2010. Baseado na clássica obra de Lewis Carroll, o longa tem Tim Burton desta vez apenas como produtor (Oh My God!). A direção foi para as mãos de James Bobin.

Mia Wasikowska retorna como a personagem principal, acompanhada por Anne Hathaway (Rainha Branca), Helena Bonham Carter (Rainha Vermelha), Rhys Ifans (pai do Chapeleiro) e Sacha Baron Cohen (Time).

Alice Através do Espelho estreia em 26 de maio.