Esse filme francês é muito interessante e me colocou a pulga atrás da orelha em relação ao Oscar de Melhor Atriz. O desempenho de Julianne Moore em Para sempre Alice é formidável, mas Marion Cottlilard está simplesmente fantástica fazendo uma personagem que sofre de Depressão, está prestes a perder o emprego e precisa convencer os colegas a aceitarem-na de volta. Para isso, precisam abrir mão de bônus que receberiam do dono da fábrica, o que gera tensão porque todos precisam do dinheiro para determinada coisa em suas vidas.
Marion tem a dose certa de sua personagem sem sentimentalismo e exageros. Nos pegamos torcendo por ela e vivendo com ela seu drama e o de sua família. Além do filme também mostrar a percepção de uma pessoa deprimida, suas recaídas, seu modo de agir e seu tratamento. Para completar a dose de compaixão de alguns colegas em prol de sua causa.
O final é surpreendente mostrando a ética da personagem, mesmo que sua ação acabe sendo contra ela mesma e a prejudique, de certa maneira.
Gostei muito do filme. Vale a pena assistir para comparar as atuações. Também vi Livre com Reese Whitespoon que será tema de outra resenha.
Sinopse:
Sandra (Marion Cotillard) perde seu emprego pois outros trabalhadores da fábrica preferiram receber um bônus ao invés de mantê-la na equipe. Ela descobre que alguns de seus colegas foram persuadidos a votar contra ela. Mas Sandra tem uma chance de reconquistá-lo. Ela e o marido (Fabrizio Rongione) têm uma tarefa complicada para o final de semana: eles devem visitar os colegas de trabalho e convencê-los a abrir mão de seus bônus, para que o casal possa manter o seu emprego.