Maratona do Oscar: Foxcatcher/Anna Barros

Maratona do Oscar: Foxcatcher/Anna Barros

Crédito da foto: Reprodução da Internet.
Crédito da foto: Reprodução da Internet.

Foxcatcher é um dos melhores filmes da temporada. Não entendi o porquê de não estar entre os melhores filmes. Seu diretor, Beneth Miller,concorre. Escolheram esse ano oito e poderiam tê-lo colocado num total de dez. O filme é perturbador. Para aqueles que gostam de esportes, é indispensável. Na verdade é mais um thriller psicológico.

Os três atores estão simplesmente maravilhosos: Steve Carrell ( indicado a Melhor Ator), Mark Ruffalo(Indicado a Melhor Ator Coadjuvante) e Channing Tatum, que deveria também ter uma indicação de Melhor Ator.

Mark Schultz é um campeão de luta olímpica da Olimpíada de Los Angeles, que sempre treinou com seu irmão David, até despertar a atenção de um bilionário excêntrico, amante do esporte e treinador, John Dupont. Dupont consegue convencer Mark a treinar em seu centro de esportes na sua fazenda, Foxcatcher. Ele consegue a princípio e se sagra campeão mundial de 1985, mas não imagina a encrenca que entraria: conheceria as drogas, passaria a ser arrogante e a deixar os treinos de lado. Até que Dupont resolve trazer o irmão dele, David, pois seu objetivo é ganhar a medalha olímpica de 1988 para os Estados Unidos, em Seul, e Mark estava botando seu sonho a perder.

O perfil de Dupont é perturbador. Tem uma relação conturbada com a mãe, é obcecado pelos treinamentos e pelo sucesso da equipe e extremamente autoritário. Carrell está fabuloso com prótese do nariz e tudo o mais. Irreconhecível.

Nesse meio tempo, um documentário é feito por um cineasta, a pedido de Dupont, exaltando as suas qualidades como técnico e explorando as imagens dos irmãos. Quando mark, quase perde a seletiva para disputar a Olimpíada, e seu irmão o salva, ele começa a se rebelar contra Dupont e não ter mais a relação amistosa e de gratidão que tinha no começo. Acaba sendo expulso da equipe. Seu irmão continua porque levou sua mulher e filhos para lá e construiu todo um modo de vida.

Channinng arrasa e Mark Ruffalo tem um desempenho excelente. Ruffalo é bom, sem ser bobo, é contido, e explora todas as nuances do drama esportivo e familiar em que se encontra sem ser piegas e sem cair na mesmice. Não deu sorte esse ano porque há também performances inesquecíveis nesse categoria como as de JK Simmons, em Whiplash, e Ethan Hawke, em Boyhood.

O final é surpreendente, chocante até. Na verdade, o título em português deveria ser a história que chocou a América e não o mundo.

Super recomendo!

 

 

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