Maratona do Oscar: Garota Exemplar/Paula Hermógenes

Maratona do Oscar: Garota Exemplar/Paula Hermógenes

Crédito da foto: Reprodução da Internet.
Crédito da foto: Reprodução da Internet.

Sombrio e atípico, o novo thriller de David Fincher (Seven, Fight Club) tem seu roteiro adaptado do romance homônimo de Gillian Flynn.

Vamos a ele:  Nick Dunne (Ben Affleck) chega em casa um dia e encontra sua esposa Amy (Rosamund Pike) desaparecida.  A busca que se segue e todos os eventos subsequentes, que não devem ser revelados aqui, aproximam o espectador da complexa realidade suburbana escondida atrás de bairros americanos típicos planejados repletos de casas bonitas com jardim gramado e cerquinhas brancas.

O equilíbrio entre realidade e horror é a praia do Sr. Fincher, sempre interessado em dissecar a natureza humana e desafiar o espectador a se perguntar do que pessoas aparentemente comuns são capazes.  Na primeira parte do filme a dúvida é: foi ele mesmo?  Ele seria capaz?  Já na segunda, a situação muda – e é aí que Rosamund Pike brilha.
Enquanto a atuação de Ben Affleck é apenas correta (menos convincente que em Argo), Pike se revela uma atriz  imensamente versátil e imprevisível neste filme. Ao longo de mais de dez anos de carreira, Pike teve grandes papeis em pequenos filmes, ou pequenos papéis em grandes filmes (como “Orgulho e Preconceito”, “Fúria de Titãs”).

Sob a direção de Fincher ela se destaca em todos os aspectos e tem atuação à altura de sua indicação ao Oscar.  Se não fosse um ano aparentemente perfeito para Juliane Moore, arriscaria dizer que as chances de Rosamund Pike são reais na disputa pela estatueta dourada.

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