
A historia de Dra Alice Howland (Julianne Moore) é baseada no diagnóstico precoce do Mal de Alzheimer. O filme já começa com uma Julianne Moore linda, pouco aparentando uma mulher de 50 anos. A interpretação está impecável. Os conflitos pelos quais ela passa com a doença, principalmente por ser professora de linguística, onde sua preocupação com as palavras é um fator determinante em sua vida; e também por ser uma doença genética.
O filme mostra todas as questões da doença: os métodos que ela encontra pra não esquecer, o relacionamento com a família, o trabalho e a coragem que ela tem para assumir tudo isso. É emocionante.
Interpretando com delicadeza e mostrando uma fortaleza em cada ato, Moore mostra que veio com força para essa disputa. Indicada quatro vezes ao Oscar, fica difícil não levar dessa vez. Apesar que, quando vi Rosamund Pike em “Garota Exemplar”, fiquei bastante balançada. Mas Moore é Moore. É forte nos detalhes, no naturalismo, nas expressões e na leveza de atuar.
Um roteiro simples, óbvio, direção básica sem muita relevância, atores coadjuvantes atuando muito bem, porém sem muito destaque e o que parece é que tudo foi construído para a Julianne Moore. A impressão que dá é: vamos preparar o terreno pra você desempenhar seu melhor papel. E ela conseguiu.