Por: Gabriel Araújo (@gabriel_araujo1)
Sessão de Matinê: “Tim Maia”
Estou com muita
vontade de assistir a “Tim Maia”. Não sei o motivo, aliás, de ainda não tê-lo feito. Promoverei uma novidade e analisarei um filme sem ter visto sequer seu início. Tudo porque li “Vale Tudo – o Som e a Fúria de Tim Maia”, de Nelson Motta. Uma das biografias mais legais que já conheci. Inovarei mais: a resenha, hoje, será 90% literária. Depois comentamos o filme, ok?
O livro é um primor, como deve ser sua versão cinematográfica. Tim Maia era um vulcão em erupção constante. Não parava. Bebia, cheirava, fumava, engordava, não se cuidava. Conhecer sua história além do básico pelas linhas belíssimas de Nelson Motta, um exímio jornalista e, acima de tudo, grande amigo de Tim, é um prazer. É viajar sem que nenhuma das drogas que o Síndico tanto usou se faça necessária.
O livro é divertido. É uma paulada. O filme há de ser assim. Li várias críticas que chegaram à essência de Tim com o filme: além do músico genial, o ser polêmico. Pois Tim Maia é tudo. É quase inimaginável. É quase ‘imbiografável’. Mas Nelson Motta o fez. Mauro Lima o fez. E provam com qualidade que, querendo, não importa o personagem: as histórias, que estão aí para contarmos e desvendarmos, podem ser reveladas sem papas na língua.
Espero não ser como Tim em seus shows e não faltar às sessões de ‘Tim Maia’, o filme. Não preciso de muito para entender a genialidade de um músico transportada para as telas de cinema. O Síndico é como… bem… do Leme ao Pontal: não há nada igual. O descobridor desvendou bem mais do que “apenas” sete mares na vida, e o dia 15 de março de 1998 marcou não só a morte de um grande músico, mas também de um folclore que não se vê mais nas artes brasileiras. Viva, Tim Maia!
No mais, leiam Nelson Motta. Assistam Mauro Lima. Ouçam Tim Maia. São ordens! Mas, confesso, me falta cumprir uma… Voltamos com mais, logo, logo.
Sinopse:
Cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”. O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas.

