Tim Maia – livro, filme, vida

Tim Maia – livro, filme, vida

Por: Gabriel Araújo (@gabriel_araujo1)

Sessão de Matinê: “Tim Maia”

Estou com muitaCaptura de Tela 2014-11-13 às 19.34.27 vontade de assistir a “Tim Maia”. Não sei o motivo, aliás, de ainda não tê-lo feito. Promoverei uma novidade e analisarei um filme sem ter visto sequer seu início. Tudo porque li “Vale Tudo – o Som e a Fúria de Tim Maia”, de Nelson Motta. Uma das biografias mais legais que já conheci. Inovarei mais: a resenha, hoje, será 90% literária. Depois comentamos o filme, ok?

O livro é um primor, como deve ser sua versão cinematográfica. Tim Maia era um vulcão em erupção constante. Não parava. Bebia, cheirava, fumava, engordava, não se cuidava. Conhecer sua história além do básico pelas linhas belíssimas de Nelson Motta, um exímio jornalista e, acima de tudo, grande amigo de Tim, é um prazer. É viajar sem que nenhuma das drogas que o Síndico tanto usou se faça necessária.

O livro é divertido. É uma paulada. O filme há de ser assim. Li várias críticas que chegaram à essência de Tim com o filme: além do músico genial, o ser polêmico. Pois Tim Maia é tudo. É quase inimaginável. É quase ‘imbiografável’. Mas Nelson Motta o fez. Mauro Lima o fez. E provam com qualidade que, querendo, não importa o personagem: as histórias, que estão aí para contarmos e desvendarmos, podem ser reveladas sem papas na língua.

Espero não ser como Tim em seus shows e não faltar às sessões de ‘Tim Maia’, o filme. Não preciso de muito para entender a genialidade de um músico transportada para as telas de cinema. O Síndico é como… bem… do Leme ao Pontal: não há nada igual. O descobridor desvendou bem mais do que “apenas” sete mares na vida, e o dia 15 de março de 1998 marcou não só a morte de um grande músico, mas também de um folclore que não se vê mais nas artes brasileiras. Viva, Tim Maia!

No mais, leiam Nelson Motta. Assistam Mauro Lima. Ouçam Tim Maia. São ordens! Mas, confesso, me falta cumprir uma… Voltamos com mais, logo, logo.

Sinopse:
Cinebiografia do cantor Tim Maia, baseada no livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”. O filme percorre cinquenta anos na vida do artista, desde a sua infância no Rio de Janeiro até a sua morte, aos 55 anos de idade, incluindo a passagem pelos Estados Unidos, onde o cantor descobre novos estilos musicais e é preso por roubo e posse de drogas.

A Dona da Poltrona: As cenas mais românticas do cinema

A Dona da Poltrona: As cenas mais românticas do cinema

Olá Poltroneiros, 

Crédito da foto: Reprodução da Internet.
Crédito da foto: Reprodução da Internet.

Essa semana, irei falar das cenas mais românticas do cinema. Sim, sou romântica. E como vocês já perceberam, sim amo Cinema. Espero que gostem e se não concordarem, a coluna está aberta aos comentários. Gosto de filmes de romance e os priorizo na minha seleção de filmes. Eis os filmes:

5- Julie Ormond e Harrison Ford no remake de Sabrina em que ele vai atrás dela em Paris e diz que sem ela, não pode viver. O take final mostra os dois, Sabrina e Linus, se beijando com a Torre Eiffel de fundo. Impossível existir cidade mais romântica que Paris. E esse filme é tão bom quanto o original com Audrey Hepburn, Humphrey Bogart e William Holden. Um dos melhores papéis de Harrison Ford.

4- Diane Keaton e Jack Nicholson em Alguém tem que ceder, na cena final, em que eles finalmente se entendem em Paris. Paris é Paris. De novo, a cidade é um cenário deslumbrante para aqueles que amam. Diane prefere Jack ao Keanu, muito mais jovem. Erica, vivida por Keaton, consegue arrebatar o coração de Harry, vivido por Nicholson.

3- Anne Hathway e Jim Sturgess na cena final em que finalmente sabemos o que aconteceu com eles naquela dia pós-formatura. O filme é em flashback. Dexter se recorda do que aconteceu após o desenrolar da trama. O beijo deles é simples, mas assinala uma futura amizade que acaba se transformando num amor eterno. O filme é pior que o livro, de David Nicholls, mas quem viu, jamais o esquece. Dexter e Emma entram para a galeria das mais belas histórias de amor do cinema.

2- Tom Cruise e Renee Zelweeger em Jerry Maguire na varanda da casa de Dorothy após um jantar em que ele arrebenta a alça do vestido preto dela. Tinha que ter um filme com Tom Cruise e essa cena é muito linda, sensível. Para ver e rever. Um dos melhores filmes de Tom Cruise, tanto que ele concorreu ao Oscar de Melhor Ator na ocasião. Jerry custa a reconhecer que ama Dorothy. A sequência em que ele se declara no final também é linda.

1- Julia Roberts e Richard Gere na cena de piano no hotel, em Uma Linda Mulher. Mais romântica, impossível. Os dois não querem admitir que estão apaixonados. E Richard Gere toca piano de verdade no take anterior. Simplesmente inesquecível. Edward e Vivian também formam um casal para recordar. É a versão moderna da Cinderela.

Até mais,

Anna.

A Dona da Poltrona: Antonio Banderas

A Dona da Poltrona: Antonio Banderas

Olá!!!

Crédito da foto: Reprodução da Internet.
Crédito da foto: Reprodução da Internet.

Antonio Banderas nunca ganhou um Goya: o Oscar Espanhol. Foi indicado quatro vezes. Mas no dia 8 de fevereiro de 2015, esse erro será corrigido. Ele ganhará um Goya honorário em reconhecimento à sua carreira. O anúncio foi feito na última segunda-feira, dia 20.

Bem, eu gosto de Antonio Banderas porque ele se parece com meu pai quando jovem. Meu pai era de família portuguesa, do norte, de um lugar chamado Trás-os-Montes, que fica perto da Espanha. Talvez tenha a ver, a semelhança de traços. Mas, posto isso, vamos falar de filmes dele que eu penso ser interessantes.

A Máscara do Zorro é clássico, com Catherine Zeta Jones. Apenas entretenimento. Antonio Banderas foi muso de Almodóvar e fez alguns filmes com o cineasta também espanhol. O último A pele que habito que é uma espécie de thriller de terror em que ele faz um cirurgião plástico vingativo e sádico.

Banderas foi a voz do fofinho Gato de Botas em todos os filmes da saga Shrek, um dos melhores desenhos infantis. Na verdade, de infantil, Sherk não tem nada. Seu desempenho com a voz do gato marcou porque imprimiu-lhe personalidade.

Há outros papéis interessantes como o Che, de Evita, em que contracenou com Madonna. Madonna inclusive se apaixonou por ele, sem ser correspondida. Dizem as más línguas que “Take a bow” foi feita para Banderas. O clip é sugestivo pois mostra um toureiro espanhol.

Antonio Banderas contracenou com grandes astros do cinema: em Philadelfia, onde foi o marido de Tom Hanks, este último ganhou o Oscar de Melhor Ator. Tom vive um soropositivo. E também no fracassado Entrevista com Vampiro, em que atuou ao lado de Brad Pitt e Tom Cruise. O filme é baseado na obra de Anne Rice.

Dentre tantos filmes, acredito que seu melhor desempenho tenha sido em Mulheres à beira de um ataque de nervos, também de Almodóvar. E outra igualmente boa performance foi em A Casa dos Espíritos, filme baseado no livro homôninimo de Isabel Allende.

Em Nunca fale com estranhos, ele é um homem de caráter duvidoso e protagoniza cenas sensuais com Rebecca de Mornay. Banderas é um homem bonito, viril, que talvez tenha sido estigmatizado em Hollywood por ter um físico latino. Faltaram-lhe papéis mais consistentes.

A meu ver, ele merece um Goya por todo o seu trabalho e por ter aberto caminho para atores espanhóis em Hollywood, a meca do cinema mundial. Depois dele vieram Penélope Cruz e o excelente Javier Bardem. Vale a pena ver algum de seus filmes. Eu indicaria começar por Zorro e depois partir para os dramáticos como Evita, Mulher à beira de um ataque de nervos e A Casa dos Espíritos. Divirtam-se!!

Forte abraço!
Até a próxima semana!
Anna.