Ariano Suassuna faleceu no dia 23 de julho e nos deixa a saudade. Impossível conter as lágrimas com a perda desse genial escritor paraibano e um amante do Sport Club de Recife.
Para homenageá-lo, nada mais justo que a resenha de uma de suas mais belíssimas histórias transplantada para as telonas de cinema: O Auto da Compadecida.
O filme é divertido e contém várias situações críticas, principalmente à Igreja. Mas a Compadecida acaba salvando a dupla de malandros João Grilo e Chicó.
Há elementos circenses no filme, que é inspirado no livro de Suassuna, pois era uma das paixões do escritor. O filme beira à fábula. O tom cômico dá leveza às críticas embutidas. Selton Mello e Matheus Natchergale dão show de interpretação.
Esse filme é um dos melhores filmes já produzidos, sem dúvida. Para ver e rever.
Ariano Suassuna fazia aniversário no mesmo dia e ano do meu pai. Só por isso, já tinha um imenso carinho por ele. Além da paixão por literatura e esportes, minhas paixões também. O Céu está em festa porque ele tinha um bom humor incrível, além de um toque de classe, refinado, para falar e se expressar. É inevitável não derrubar lágrimas.
Faço minhas as palavras do crítico de cinema Pablo Villaça: se o Auto da Compadecida tivesse sido escrito em inglês, seria um dos marcos da humanidade na Literatura. É isso!
Tenho muita dificuldade de lidar com a morte. Aí vai a minha singela homenagem. Descanse em paz, Ariano.
Sinopse: As aventuras dos nordestinos João Grilo (Matheus Natchergaele), um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó (Selton Mello), o mais covarde dos homens. Ambos lutam pelo pão de cada dia e atravessam por vários episódios enganando a todos do pequeno vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba. A salvação da dupla acontece com a aparição da Nossa Senhora (Fernanda Montenegro). Adaptação da obra de Ariano Suassuna.
