Por: Gabriel Araújo (@gabriel_araujo1)
Sessão de Matinê: “Até que a Sorte nos Separe 2”
Deu certo? Que se faça de novo, pois. Com esse pensamento, é lançada a segunda parte do longa “Até que a Sorte nos Separe”, onde o bom Leandro Hassum volta a interpretar Tino, que no primeiro filme ficara milionário vencendo na Mega-Sena ao lado de sua mulher, Jane (no original, Danielle Winits; agora, Camila Morgado), e perdera todo o dinheiro em 10 anos, fazendo manobras para que a família não ficasse sabendo do acontecido. A continuação? No fundo, acaba sendo da mesma maneira, com roteiro semelhante.
Desta vez, pobres e desempregados, vivendo em um pequeno apartamento na Tijuca, Tino e Jane recebem uma fortuna novamente. O empresário Olavo Mendes (“Olavinho”), de 105 anos, dono de uma rede de lojas que faliu e tio da moça, morre. Apesar de ter perdido muito dinheiro, ainda resta uma parte de sua fortuna, que fica de herança para Jane e sua mãe, Estela (Arlete Salles). Exatos 100 milhões de reais, divididos entre as partes. E um desejo no testamento: que suas cinzas fossem jogadas no Grand Canyon, nos Estados Unidos.
Com a situação, Tino e sua família viajam a Las Vegas. Lá, ele novamente perde tudo, agora em uma mesa de pôquer, e de sobra ainda fica devendo 10 milhões de dólares para a máfia mexicana, que obviamente quer o dinheiro a qualquer custo. Sem contar para a família, Tino outra vez conta com a ajuda de seu escudeiro Amauri (Kiko Mascarenhas) para contornar a situação.
Algumas falhas são perceptíveis no filme. Logo no início, a cabeça de Jane é bizarramente cortada de cena para mostrar que ela é uma nova mulher, em razão da troca de atrizes no papel. Danielle Winits, gravando a novela “Amor à Vida”, da Rede Globo, não pôde participar das filmagens, ficando por conta de Camila Morgado a interpretação da mulher do protagonista. Neste ponto, a comédia ganha com Morgado, que faz um trabalho mais interessante que o de Winits no quesito humor.
O abuso de piadas sem graça – como “vai se Ferrari” para se referir ao carro, “Sparrow um pouco” para falar com um dublê de Jack Sparrow e “Oprah, tudo bem?” para o ‘clone’ de Oprah Winfrey – irritam. Acaba fazendo quem assiste de bobo, para dar risada de algo absurdamente tosco. E a excessiva exploração da língua presa do personagem Douglas (Victor Leal) é engraçada, mas cansativa. Além do mais, é necessário permanecer no cinema até o fim dos créditos para se chegar ao final da trama, mesmo.
Quanto às muito anunciadas participações especiais, Jerry Lewis, ícone do humor norte-americano, não faz nada além de uma ponta, duas cenas, um minuto na tela. Mas é óbvio que é um ganho ter alguém famoso internacionalmente como Lewis no cinema nacional, apesar do pouco tempo em cena. Já Anderson Silva nada mais é que… Anderson Silva, ainda que insista não ser. Até arrisca algumas falas, mas claramente não tem gingado algum para o cinema. É só mais alguém para se destacar, novamente nada especial.
De resto, o enredo poderia ser mais forte. Praticamente se repete o que acontece no primeiro filme, só que agora em Las Vegas. Como se fosse muito fácil ganhar 100 milhões e perder. E ganhar mais 50 milhões e perder. Se vê algo repetitivo, sem inovação. Mas se fez sucesso no original, por que não apostar novamente?
E vem dando certo, já que foi a maior estreia nacional de 2013. 550 mil pessoas assistiram à película apenas em seu primeiro fim de semana, superando “De Pernas pro Ar 2” (523 mil) e “Minha Mãe é uma Peça” (410 mil). Claramente porque o filme inicial é bom, engraçado, e Leandro Hassum é um comediante hilário e bem querido pelo público.
É de se apostar que, apesar de algumas críticas negativas para a segunda parte, se faça um terceiro filme, afinal é uma produção que caiu no gosto do povo. Se houver, mesmo, que ao menos traga alguma novidade no roteiro, pois nesse filme a salvação foi o humor de Leandro Hassum agregado a Camila Morgado. Repetir novamente a história de alguém que ganha uma fortuna e a perde pode dar certo, mas que é cansativo, ah, é.
Nota: 2,5/5
Sinopse:
Juntos novamente, Tino e Jane mais uma vez estão em dificuldades financeiras. O saldo bancário do casal é salvo graças ao inesperado falecimento de tio Olavinho, que deixou para eles uma herança de R$ 50 milhões. Como o último desejo do tio foi que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon, Tino e família aproveitam a viagem para dar uma esticada até Las Vegas.
LEGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL
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BOOOOOOOOOMMMMMMMMMMMMMMMM
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Republicou isso em Blog do Rogerinho.
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Obrigada, Rogerinho! Boa quinta! Grande abraço, Anna.
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