184- Os miseráveis

184- Os miseráveis

É um musical maravilhoso com destaque para Anne Hathway e Hugh Jackman. Baseado na história de Victor Hugo e num musical da Broadway.

É o grande azarão da noite do Oscar. Não deve nada a Lincoln, apesar de ser outro estilo. Ainda não vi Argo.

Já tinha visto o filme com Gerard Depardieu, mas esse suplanta.

Quem tem fé vai amar também. Melhores momentos: a conversão de Jean Valjean, o encontro com Cosette e a cena final que é surreal.

Melhor papel de Hugh Jackman que tem Daniel Day Lewis em atuação soberba, à sua frente.

Super Recomendo!

Sinopse: Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe).

http://youtu.be/BvvUVvqavOo

183- Lincoln

183- Lincoln

O início do filme é muito chato. Cochilei duas vezes. Mas depois, engrena. Daniel Day Lewis e Sally Field arrebentam!

É um filme histórico com um pecadinho quanto aos votos de Connecticut que foram favoráveis à Emenda 13 que abolia a escravidão.

Daniel Day Lewis humaniza Abraham Lincoln e acho muito difícil que ele não leve o Oscar de Melhor Ator.

Até chorei no final porque o filme me toca pessoalmente. Quanto a Melhor Filme, ainda não vi Argo para comparar, mas não cravo. Teme elementos muito caros aos americanos.

Quando Molly enfrenta Lincoln também é um show de interpretação, de ambos.

O ponto alto é a votação, mas quando Lincoln visita os estragos da guerra, mexe bastante também.

Lincoln foi o primeiro presidente americano assassinado.

Está no páreo, mas não cravo Melhor Filme. Farei ainda as minhas apostas.

Recomendo que assistam antes do Oscar, que vai acontecer no dia 24 de fevereiro.

Sinopse: Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.

http://youtu.be/RWN8unqa2v4

 

Brasileirando

Brasileirando

Viver o Cinema – Por Sabrina Salton

Tem gente que ainda tem preconceito com um monte de coisas né? Eu sei! Infelizmente o mundo é assim e com os filmes as coisas não são diferentes. Há muito preconceito com determinados tipos de filmes e assuntos abordados. Conheço várias pessoas que dizem não gostar de filmes brasileiros, documentários, curtas, sem ao menos ter assistido algum desses. Como não consigo mudar a cabeça de ninguém posso pelo menos escrever sobre isso.

Um dos motivos de preconceito ao cinema nacional pode vir de tempos atrás e será impossível descrevê-lo em apenas poucas linhas. Para quem deseja saber mais sugiro um bom livro como o Cinema Brasileiro – Das origens à retomada, do autor Sidney Ferreira Leite. Assim como o próprio nome diz as páginas nos propõe uma discussão sobre nosso cinema passando pela relação do Estado com o Cinema Novo, período da ditadura militar e o recomeço no início dos anos 90.

Hoje em dia há quem diz que o cinema nacional está completamente diferente e prova disso são as altas bilheterias que alguns conseguem alcançar, porém êxito comercial no audiovisual não é prova de qualidade. Vimos alguns filmes se transformarem em verdadeiros blockbusters brasileiros, principalmente nos últimos dez anos, mas será que com isso podemos comemorar o retorno do cinema nacional?

A excessiva vontade de mostrar a realidade brasileira inflou muitos egos e reduziu nossos filmes à apenas um. As mesmas histórias sendo contadas pelas mesmas perspectivas não chamam mais atenção. O cinema brazuca nosso de cada dia precisa de ares novos, além daqueles gravados em favelas pacificadas. Não são todos iguais, mas acredito que o tema já está batido.

Falar de filmes brasileiros bons é muito difícil, porque são muitos. Eu aprecio de verdade nosso cinema  e hoje comento aqui dois que me marcaram e acho que realmente valem a pena serem assistidos e comentados. Em Os Famosos e os Duendes da Morte, por exemplo, podemos sair um pouco do tema “nacional do tiroteio” em um filme verdadeiramente brasileiro, apesar de ser do sul do país. A trama, dirigida por Esmir Filho, envolve esse novo mundo da internet onde um menino fã de Bob Dylan deseja sair da pequena cidade onde mora, mas no fundo, o que ele pretende é preencher aquele vazio que sentimos, uma vez ou outra, entre idealizações e projeções na tela.

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O filme traz à tona o suicídio e também a depressão de adolescentes influenciados pela cultura pop em uma cidade fria e do interior. Alguma identificação?

seteJá o longa metragem Bicho de Sete Cabeças narra o inferno vivido nos manicômios do Brasil (e acredito que do mundo). Por ignorância de seu pai Neto (Rodrigo Santoro), usuário de maconha, é internado em um manicômio onde ele conhece uma realidade totalmente cruel. Onde seria a cura é encontrada a loucura e o mais triste é saber que isso realmente acontece e não fazemos nada para mudar. Bicho de Sete Cabeças é do ano de 2000 e representa a nova safra de filmes dessa década tão produtiva no país. Temos muitos novos diretores e roteiristas por aqui batalhando pelo seu espaço e é muito legal ver e saber disso. Acredito que nosso cinema, assim como um todo, tem ainda muito a crescer e melhorar, mas caminha a passos largos perante a sua grande evolução.

Dica da Semana: Os Famosos e os Duendes da Morte

Cinema e Esporte / Gabriel Araújo

Cinema e Esporte / Gabriel Araújo

FILMES… DE TIMES!

Gosto muito de filmes dos clubes. Sim, aquelas produções específicas de cada equipe para falar sobre um título, uma fase boa – ou até mesmo ruim -, enfim, algo histórico para a agremiação. Acredito que muda bastante o conceito para os outros filmes esportivos, especialmente futebolísticos, sendo algo muito mais direcionado a um determinado grupo, os torcedores daquele time, e sem ficção na maioria das vezes.

Como bom e fanático corinthiano, muito me atraem as películas de meu time. Tenho algumas em DVD. Fiel conta a saga pela segunda divisão em 2008, o ressurgimento de uma grande equipe, e também a queda no ano anterior. 23 anos em Sete Segundos é meu favorito: documentário a respeito do título paulista de 1977, quebrando um jejum de mais de duas décadas sem erguer uma taça. Todo Poderoso comemora o centenário do alvinegro. 4x Timão narra a conquista dos quatro primeiros títulos brasileiros da equipe: 1990, 1998, 1999 e 2005. Obviamente, foi produzido antes do penta, em 2011, que acabou sendo tema de outra película. Muitos filmes, percebe-se. Ainda aguardo o do mágico ano de 2012, com Libertadores e Mundial na conta. Acredito ser o time que mais produz filmes assim.

O São Paulo também os faz bem, exemplos de Soberano – 0 1 e 0 2. O primeiro conta os seis títulos nacionais da equipe do Morumbi; o segundo, relata o Mundial de 2005, mas teve desempenho muito fraco nos cinemas. Mesmo assim, neste 2013 outro deverá ser lançado.

Palmeiras e Santos, claro, não ficam atrás. PalestraItália.doc , série documentária, fala do estádio alviverde. Libertadores 1999 está disponível no “YouTube”, o título revela o tema. E o ótimo e palestrino jornalista Mauro Beting já revelou que está ajudando a produzir uma trilogia sobre o verde, falando, entre outros assuntos, do 1993 (12 de junho, argh) e da própria conquista sul-americana de 99. Já o Peixe tem como principal produção o filme do centenário – 100 anos de futebol arte.

Outras equipes grandes – e até mesmo menores – também têm seus filmes, mas ficarei apenas nos do meu estado, SP, para chegar à conclusão de que eles são quase sempre muito bons. São produzidos com a visão do apaixonado, direcionados, como já disse no início, à torcida. Levam muitas vezes a pessoa às lagrimas de tão emotivos, de tão bons para a história relatar. Valem muito a pena!

POLTRONA DE OPINIÃO: O mundo negro de Alex Proyas

POLTRONA DE OPINIÃO: O mundo negro de Alex Proyas

Por Eduardo Guimarães

E as férias acabaram pessoal. Espero que vocês tenham aproveitado bastante. Eu aproveite para rever alguns clássicos e voltar com fôlego total para 2013.

alex proyasE vamos começar falando de um diretor que tem uma filmografia pequena, mas muito interessante: Alex Proyas.

Egípcio, nascido em 1963, Proyas começou sua carreira dirigindo vídeo clipes de nomes consagrados da música, como INX, Sting e Yes.

Seus filmes têm por característica uma ar dark e uma trilha sonora extremamente forte. E seus primeiros trabalhos se tornaram Cult, principalmente por terem uma atmosfera sombria e alternativa.

Na telona, sua estreia aconteceu com o filme Spirits of the Air, Gremlins of the Clouds, de 1989. Infelizmente não existem muitas informações sobre o filme. Mas a resenha básica diz que dois irmãos que vivem em um mundo pós-apocaliptico onde dois irmãos encontram um estranho que traz mudanças para suas vidas. Todas as criticas que consegui achar sobre o filme falam que ele é muito bom.

Em 1994 Alex Proyas dirigiu talvez o seu maior e mais trágico filme: O Corvo (The Crow, crowde 1994, com Brandon Lee, Rochelle Davis, Ernie Hudson e Tony Todd). O filme é a adaptação da HQ underground O Corvo, de James O’Barr. Tanto o filme quanto as HQs contam a história de Eric Draven (Lee), que volta dos mortos para vingar seu assassinato e o de sua namorada Shelly na noite anterior ao Halloween, conhecida como  Noite do Demônio. O filme teve um orçamento de US$ 6 milhões e foi sucesso de critica e bilheteria no mundo todo. Além de contar com uma das melhores trilha sonoras que já ouvi.

Infelizmente foi neste filme que Brandon Lee, filho da lenda do cinema e das artes marciais Bruce Lee, acaba morrendo, por causa de um terrível descuido de um dos membros da produção do filme. Muitas teorias surgiram em torno da sua morte, principalmente porque seu pai também teve uma morte misteriosa. Mas esse será o assunto de uma próxima coluna.

dark cityO próximo trabalho de Proyas foi Cidade das Sombras (Dark City, de 1998, com Rufus Sewell, William Hurt, Kiefer Sutherland e Jennifer Connelly). O filme conta a história de uma cidade que é sempre noite e onde estranhas criaturas fazem experimentos com os seres humanos. O filme tem um ar noir e lembra muito os primeiros filmes de Tim Burton.

Em 2002 foi lançado Dias de Ensaio (Garage Days, de 2002, com Kick Gurry, Maya Stange, Pia Miranda e Russel Dykstra). A história gira em torno de uma banda de garagem de Sidney, que tenta sobreviver no mundo do rock. É o filme mais fraco de Proyas.

Os seus dois trabalhos seguintes foram grandes produções: Eu, Robô (I, Robot, de 2004, com Will Smith, Brigdet Moynahan, James Cromwell e Bruce Greenwood), que é baseado eu robo - Pressagioem uma história de Isaac Asimov e nas três Leis da Robótica criadas por ele; e Presságio (Knowing, de 2009, com Nicolas Cage, Rose Byrne e Liam Hemsworth), que conta a história de uma mensagem deixada por uma garota em uma capsula do tempo na década de 50 que cai nas mãos de um professor universitário, que tem que impedir uma tragédia de proporções globais.

Proyas está parado desde então. Por enquanto não temos noticias de nenhum trabalho agendado para ele. Mas espero que ele volte logo, porque seus filmes sempre foram marcados por uma visão alternativa e negra do mundo, o que sempre me atraiu.

@guimaraesedu