Os filmes para serem lembrados (e esquecidos) de Joel Schumacher/Por Edu Guimarães

Os filmes para serem lembrados (e esquecidos) de Joel Schumacher/Por Edu Guimarães

Joel Schumacher é um diretor de renome em Hollywood. Em sua filmografia, composta de 23 filmes, conta com excelentes filmes, como Tempo de Matar e Por um Fio. Infelizmente, Schumacher ficou mais marcado pelos seus fracassos do que pelos sucessos.

Joel Schumacher nasceu em 1939 em Nova York. E sabe como poucos diretores dirigir diversos tipos de filmes sem perder o foco nos seus projetos: passando de suspense à filmes de guerra, thrillers e musicais.

Entre os vários filmes que já dirigiu, vale à pena destacar alguns.

Seu primeiro filme de sucesso foi Garotos Perdidos, de 1987, que tinha no elenco os jovens Kiefer Sutherland e Jason Patric e contava a história de um grupo adolescentes caçadores de vampiros que enfrentam uma gangue de vampiros adolescentes; em 1990, dirigiu o suspense Linha Mortal, com um elenco recheado de promessas hollywoodianas: Julia
Roberts, Kiefer Sutherland, Oliver Platt e Kevin Bacon e tinha uma trama excelente, focada em um grupo de estudantes de medicina que tenta descobrir o que acontece após a morte; O Cliente, de 1994, com Susan Sarandon e Tommy Lee Jones, era em minha opinião o melhor filme sobre advogados até o lançamento de Tempo de Matar, em 1996, com Samuel L. Jackson, Matthew McConaughey, Sandra Bullock, Kevin Spacey e Oliver Platt; em 8 mm, de 1999, Schumacher trabalha com Nicolas Cage, contando a história de um investigador que entra no submundo do sexo da Califórnia; em 2002 dirigiu o claustrofóbico Por Um Fio, com Colin Farrell, Katie Holmes, Forest Whitaker e a voz de Kiefer Sutherland; e em 2007 trabalhou com Jim Carrey no suspense Número 23.

Mesmo com esta grande lista de filmes memoráveis, os filmes pelos quais Schumacher irá ser sempre lembrado serão Batman Eternamente e Batman & Robin.

Pode até ser por imposição da Warner Bros, produtora dos filmes, que Schumacher tornou Gotham City um circo colorido e a história acabou se tornando um remendo de vilões fracos e personagens sem graça nenhuma. Mas nada disso supera o uniforme do Batman e do Robin com mamilos.

Infelizmente, Schumacher foi colocado no cargo de diretor dos filmes após a Warner achar que Batman e Batman o Retorno, filmes dirigidos por Tim Burton, estarem muito escuros e sombrios e resolveram mudar o rumo do personagem, tornando ele mais “colorido” e humano.

Batman Eternamente, que tinha no elenco Val Kilmer, Chris O’Donnell, Tommy Lee Jones, Jim Carrey e Nicole Kidman ainda tentou manter um pouco o clima dos filmes de Burton, mas com mais cores e humor. Infelizmente a tentativa não deu resultado. Já o filme seguinte, Batman & Robin, mesmo com um elenco de peso, formado por George
Clooney, Arnold Schwarzenegger, Uma Thurman, Chris O’Donnell e Alicia Silverstone, não agradou o público e teve a pior crítica possível, chegando a ser comparado com a série da década de 60 do Homem Morcego, estrelada por Adam West.

Cenas como o Batman puxando um bat cartão de crédito, o Batmovél com mais luzes que uma boate e close na bunda de Clooney, O’Donell e Silverstone são apenas alguns dos exemplos que levaram aos fã a fazer esse tipo de comparação.

Inclusive, George Clooney chegou a declarar após o filme que não faria nenhum papel interpretando um gay, porque já tinha feito Batman, uma vez que seu personagem usava roupa de borracha com o desenho de mamilos.

Por sinal, apesar de esconder muitos detalhes de sua vida pessoal, Schumacher é homossexual assumido, mas nunca deixou vazar para a imprensa quem é seu namorado.

Meu medo agora é que após dois filmes pesados de Batman dirigidos por Christopher Nolan e mais um a caminho, a Warner resolva amenizar novamente o personagem.

Se fizerem, espero que não chamem Joel Schumacher novamente. Porque ele tem uma grande filmografia, com filmes excelentes e não precisa de mais filmes ruins na vida.

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