42-O nome da rosa

42-O nome da rosa

Seguindo sugestão do leitor Alejjandro Furlan, a resenha será desse belíssimo filme baseado no livro homônimo do gênio Umberto Eco. com Sean connery e que revelou Christian slater.

A fotografia é belíssima e o filme fala dos bastidores da Igreja e o cenário de uma batalha entre franciscanos e dominicanos. Um filme crítico e indispensável, mesmo para uma pessoa católica como eu.

Sean Connery brilha.

Vale a pena observar que a Igreja dominava a informação tamanha a biblioteca que possuía e poucos frades tinham acesso à ela, que escondia textos de Aristóteles, visto que a Igreja não permitia que textos que não se contextualizasse com a sua doutrina fossem lidos. O filme é altamente filosófico e critica a Inquisição, um dos piores períodos da Igreja, no mesmo nível das Cruzadas.

Para quem gosta de História é um prato feito. O nome da rosa é porque faz uma metáfora com o grande poder da palavra.

Sinopse:

Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.

Ficha técnica:

título original: (Der Name Der Rose)

lançamento: 1986 (Alemanha)

direção:Jean-Jacques Annaud

atores:Sean Connery, Christian Slater, Helmut Qualtinger, Elya Baskin.

duração: 130 min

gênero: Ficção

41-Diários de Motocicleta

41-Diários de Motocicleta

Um dos melhores filmes de Walter Salles. Conta a história do jovem Che Guevara, antes de ele se tornar médico. Sua viagem pela América Latina junto com o amigo, o bioquímico Alberto Granado, que faleceu semana passada em Cuba.

Gael Garcia Bernal está brilhante nesse filme extremamente sensível. Saí do cinema refletindo porque eu tinha decidido fazer Cirurgia Plástica. O filme mexe muito com a gente. É porque às vezes se pensa que a especialidade é fútil, mas ela ajuda muito gente, tanto na parte recosntrutora, quanto na estética.

A cena do leprosário é simplesmente sensacional. Chorei muito nesse momento em que os doentes torcem para que Che consiga atravessar o Rio, mesmo sendo asmático.

Às vezes me sinto um pouco Che porque sou sincera demais ao conversar com os pacientes, mas com tato em muitas situações.

A música Otro lado del rio de Jorge Drexler ganhou o Oscar de Melhor Canção e é simplesmente sensacional.

Também é interessante ver que Ernesto Guevara prezava a família, tinha uma paixão que acabou perdendo e que se aventurava nos bailes. Num deles se envolveu com uma mulher casada e quase se meteu em apuros. Desmistifica um pouco a figura do Che. Mostra um Guevara humano, com sentimentos que todos nós podemos ter, a qualquer momento.

Quem não viu, veja o filme que nos traz orgulho de sermos brasileiros e de termos um ícone dessa natureza em nosso continente.

Todos os estudantes de Medicina devem assistir apesar de Che ter desistido da Medicina para ser guerrilheiro. mas quem é médico, nunca deixa de ser e em várias batalhas, ele cuidava dos feridos. Isso pode ser visto melhor no filme Che, com Benício del Toro.

Che Guevara foi jornalista também e cobriu o Pan-americano de 1967, no México, para conseguir alguns trocados.

Sinopse

Che Guevara (Gael García Bernal) era um jovem estudante de Medicana que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna). A viagem é realizada em uma moto, que acaba quebrando após 8 meses. Eles então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares. Porém, quando chegam a Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passam a questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia apenas uma pequena parte da população.

título original: (The Motorcycle Diaries)

lançamento: 2004 (EUA)

direção:Walter Salles

atores:Gael García Bernal, Susana Lanteri, Mía Maestro, Mercedes Morán.

duração: 128 min

gênero: Drama

40-Moulin Rouge

40-Moulin Rouge

Adoro o filme. Lembro-me que fiquei chocada com as músicas antigas inseridas nesse musical colorido e fasciannte. Um conto de fadas entre uma prostituta e um escritor com um fim trágico. Mais Shakespeare, impossível. Mas era o diretor Baz Luhrman quem assinava essa produção australiana belíssima. E ressuscitou a bela canção Your song, de Elton John.

O filme também abalou o casamento de Tom Cruise e Nicole Kidman, na época. Suspeita de ela ter se envolvido com Ewan Mcgregor.

A produção é linda e o cenário, Paris, não poderia ser mais bonito, na região de Pigalle. Satine tenta forçar a barra por achar que ele era um produtor de espetáculos rico e descobre, após se apaixonar, que Christian é um simples escritor. O musical que escreve, à la indiana, pré-Quem quer ser um milionário, conta a história de amor deles, o que acaba levando à desconfiança o magnata com o qual ela tem um caso.

Um dos mais belos musicais e filmes de amor da História do cinema.

A escrita seduz uma mulher. Definitivamente. Mais até do que a beleza. E Satine, mesmo fria, e usando os homens, acabou sendo seduzida pelo que Christian falava e escrevia. Ele conseguiu furar o bloqueio de amor que ela se obrigou a ter ao se apegar ao materialismo e à exploração de sua sensualidade.

A trilha sonora é maravilhosa. Vale a pena ser embalado por ela!

Sinopse

Christian (Ewan McGregor) é um jovem escritor que possui um dom para a poesia e que enfrenta seu pai para poder se mudar para o bairro boêmio de Montmartre, em Paris. Lá ele recebe o apoio de Henri de Toulouse-Latrec (John Leguizamo), que o ajuda a participar da vida social e cultural do local, que gira em torno do Moulin Rouge, uma boate que possui um mundo próprio de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Ao visitar o local, Christian logo se apaixona por Satine (Nicole Kidman), a mais bela cortesã de Paris e estrela maior do Moulin Rouge.

título original: (Moulin Rouge)

lançamento: 2001 (EUA)

direção:Bazmark Luhrmann

atores:Ewan McGregor, Nicole Kidman, John Leguizamo, Jim Broadbent.

duração: 126 min

gênero: Musical

As palavras importam/Por André Kfouri

As palavras importam/Por André Kfouri

Consegui, finalmente, ir ao cinema.

Foi necessário encontrar um horário não muito convencional (23h10), e um conveniente serviço de compra de ingressos pela internet. Mais sobre isso no fim do post.

Fui ver “Bravura Indômita”. Amigos, que filme.

Li bastante a respeito da adaptação dos irmãos Coen do romance que o americano Charles Portis escreveu em 1968.

Sei que, em algum momento da infância, vi o primeiro filme baseado no livro, que rendeu a John Wayne seu único Oscar de melhor ator. Mas não me lembro bem e certamente não o vi com interesse que tenho hoje.

Saber que Ethan e Joel Coen não viram o filme de 1969 me deixou ainda mais intrigado.

Não pretendo estragar a experiência de ninguém, mas não dá para falar sobre o filme sem , bem… falar sobre o filme.

“Bravura Indômita” é sobre a história de Mattie Ross (Hailee Steinfeld, adorável), uma menina de 14 anos que contrata um agente da lei para levar à Justiça o assassino de seu pai.

O papel principal, vivido por Wayne no filme de 69, é do agente federal Rooster Cogburn. Jeff Bridges está espetacular na pele do velho bêbado e sarcástico, que tem de lidar com a menina brilhante e obstinada.

As duas atuações já valem o filme, e levarão a conversas sobre qual é melhor. Mas a fotografia caprichada do vasto território dos faroestes americanos também merece atenção.

Nada disso, porém (e é claro que é questão pessoal), é tão importante quanto os diálogos, que foram transplantados diretamente das páginas escritas por Portis há 43 anos.

É um tipo de inglês que não se fala mais. Uma linguagem que provoca, pelo menos em mim, um interesse semelhante ao que se vê em produções brasileiras de época, em que se recupera um português longínquo. As interações entre os personagens são fascinantes.

Uma coisa que farei é alugar o DVD para rever o filme sem legendas. No cinema, fiquei o tempo todo tentando ignorá-las, mas é impossível. O que não impediu que o poder das palavras atravessasse a tela.

Gosto muito dos irmãos Coen. “Fargo” (1996) é um desses filmes que, quando estão na TV, eu paro para ver. “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007) é brilhante.

O último trabalho deles também é. E de uma forma parecida com o que fizeram em “Onde os Fracos…”, em que você acaba torcendo pelo vilão.

Em “Bravura Indômita”, você torce por Mattie Ross como se ela fosse sua filha.

Por André Kfouri.

39-Um lugar chamado Notting Hill

39-Um lugar chamado Notting Hill

Gosto muito de Hugh Grant e Julia Roberts e amo esse filme. Ele retrata o amro de Will e Anna. Ele, emotivo e introspectivo. Ela, impulsiva e irascível. Um contraponto entre os papeis de homem e mulher, visto que ela toma todas as iniciativas, já que ele é tímido. E o maltrata bastante.

Um dono de livraria inglês e alienado se apaixona por uma atriz hollywoodiana, num conto de fadas pra lá de moderno.

O contraponto se vê até no figurino, ele, de rosa, e ela, de azul. Até que ela abre seu coração na cena da livraria que ele possui, dizendo que é apenas uma menina esperando que o homem que ela ama, corresponda aquele sentimento. Ele a corta por medo de sofrer, já que é mais sensível que ela.

Bacana a cena em que ela abandona os filmes de ficção científica com roteiros sofríveis e faz um filme que ele sugere, de um famoso dramaturgo inglês, Henry James.

A amizade entre os personagens também é bonita, nesse filme tipicamente inglês. Os amigos ajudam William Thacker a lutar por Anna após ela lhe oferecer de presente um quadro de Chagall autêntico que fala do amor, como o pintor vê o amor.

O “roommate” de Will, Spike rouba a cena em cenas simplesmente hilariantes.

A cena de amor entre Will e Anna é bem sublime, delicada. Ela mais uma vez parte pra cima, visto que ele não quer explorar a fragilidade que ela passa após romper com o namorado que é ator e batia nela.

Pena que Anna não confie, a princípio no amor que ele sente.

As cenas das estações do ano são bem interessantes pois mostram a passagem do tempo.

E a música she é simplesmente maravilhosa e tocante!

Um lugar chamado Notting Hill é um filme obrigatório pra quem gosta de comédia romântica e de Londres, cenário perfeito.

Sinopse

Will (Hugh Grant), pacato dono de livraria especializada em guias de viagem, recebe a inesperada visita de uma cliente muito especial: a estrela de cinema americana Anna Scott (Julia Roberts). Dois ou três encontros fortuitos mais tarde, Will e Anna iniciam um relacionamento tenro, engraçado e cheio de idas e vindas.

título original: (Notting Hill)

lançamento: 1999 (EUA)

direção:Roger Mitchell

atores:Julia Roberts, Hugh Grant, Richard McCabe, Rhys Ifans.

duração: 122 min

gênero: Comédia