Crítica a Michael Bay/Por Eduardo Guimarães

Crítica a Michael Bay/Por Eduardo Guimarães

Eu não gosto do Michael Bay. Isso é fato.

Para mim ele é um diretor fraco e repetitivo.

E além de não gostar dele pela maneira de como ele dirige os filmes, eu também não gosto por motivos pessoais, que vou explicar aqui.

Vamos começar pelos motivos técnicos.

Ele iniciou a carreira de diretor com o filme Bad Boys, estrelado por Martin Lawrence, Will Smith, Tea Leoni e Joe Pantoliano, em 1995. É um filme até que razoável, com algumas cenas de ação e de humor bem feitas. Nada muito exagerados nos efeitos especiais ou nas imagens geradas por computador, mas sim com muitas explosões. Algo que iria se tornar rotineiro nos seus próximos trabalhos.

Seu próximo filme foi A Rocha, em 1996. Este filme é a prova absoluta que um filme ruim pode ser salvo por um excelente ator. E não estou falando de Nicolas Cage ou Ed Harris. Mas sim de Sean Connery. Excelente como sempre, o eterno 007 salva este filme.

A partir dos seus próximos trabalhos, Michael Bay mostra algumas características que se tornam marcantes no seu trabalho: muitas explosões, cenas feitas em CGI e a destruição de grandes cidades, principalmente se houver um monumento histórico nela.

Armageddon, de 1998, e Pearl Harbor, de 2001, são dois filmes totalmente descartáveis. Além da poluição visual em cada take, Bay exagera no sentimento americano, principalmente em Pearl Harbor. Outro detalhe que sempre o acompanha é o fato de ele ter apenas um movimento de câmera: o close de baixo para cima, quando o herói está se
levantando.

Novamente com Martin Lawrence e Will Smith, ele lançou Bad Boys 2, em 2003. É um filme que dá vontade de chorar. O roteiro é triste, as tentativas de humor dos protagonistas são péssimas e o exagero de cenas feitas no computador cansa.

Em 2005 ele nos presenteou com A Ilha. Além de um roteiro confuso, o filme tem muitos movimentos de câmera que deixam o espectador zonzo. Infelizmente, nem os protagonistas Scarlett Johasson e Ewan McGregor conseguiram salvar o filme.

Por sinal, esta é uma das coisas que mais me intrigam em Michael Bay: ele sempre consegue excelentes atores para seus filmes. Will Smith, Sean Connery, Bruce Willis, Liv Tyler, Scarlett Johasson, Alec Baldwin entre outros nomes de peso de Hollywood já tiveram o “prazer” de trabalhar com Michael Bay.

Bom, até aqui eu posso dizer que foram os motivos técnicos pelos quais não gosto de Michael Bay.

Agora vamos para os pessoais.

Em 2007 ele levou para as telas de cinema a adaptação de Transformers.

E com a ajuda do pior roteiro possível, personagens que até agora não entendi o que faziam no filme, cenas ridículas, clichês, explosões e mais explosões, imagens demais em CGI, um sentimento exageradamente americano (ao cumulo de Optimus Prime, que no desenho é um caminhão vermelho, no filme é um caminhão azul e vermelho – cores da bandeira
americana), cenas cortadas de forma exagerada e um monte de metal retorcido (porque para mim aquilo não eram robôs, mas sim metal retorcido) e movimentos de câmera que deixam qualquer pessoa com enjôo, ele conseguiu acabar com meu sonho de ver o meu desenho preferido na tela do cinema.

E não contente de acabar com Autobots e os Decepticons no primeiro filme, em 2009 ele lançou Transformers – A Vingança dos Derrotados.

Não sei exatamente qual filme é o pior. Talvez o segundo seja o pior, principalmente por causa da cena de batalha no Egito, onde as Pirâmides e a Esfinge são destruídas.

Por sinal, na lista de Bay, além dos monumentos do Egito, ele também já destruiu o Empire State Building, Alcatraz, Miami Beach e a Represa Hoover.

E agora em 2011 sairá o filme Transformers – Dark of the Moon. Não me espantará se o filme for pior do que os dois primeiros.

Infelizmente, Bay é uma máquina de fazer dinheiro em Hollywood. Seus filmes arrecadam milhões.

Parece que ninguém mais liga para roteiros ou personagens. Você colocando explosões e imagens em CGI, milhares de pessoas irão ao cinema. O que é triste.

Por isso, que em minha opinião, o único filme dos Transformers é o longa animado de 1986. Com a épica cena de luta entre Optimus Prime e Megatron. O resto é resto.

3 comentários sobre “Crítica a Michael Bay/Por Eduardo Guimarães

  1. Como podem criticar um realizador pela negativa, que nem sequer sabem ver o ponto de vista dele.
    A maneira de como ele quer que o filme seja visto, muita gente nao entende, é triste!
    Nao adianta dizer mais nada, pois nao me iam entender também, e até diziam que eu era doido.
    Apenas digo que este senhor é brilhante a dirigir filmes, a fantasia e a imaginaçao sao para se colocar no cinema, porque para a realidade já basta o nosso triste dia a dia.

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  2. Perfeito disse tudo que sempre pensei sobre enigma de hollywood chamado Michael Bay, digo enigma pq não tem explicação o fato de filmes tão mal feitos e conduzidos como os filmes desse cara terem tanto sucesso…

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