Framboesa de Ouro/Por Eduardo Guimarães

Framboesa de Ouro/Por Eduardo Guimarães

Neste domingo, dia 27, acontecerá a premiação mais importante da industria cinematográfica: a entrega do Oscar.

Mas a premiação mais divertida acontece no sábado, dia 26: a entrega da Framboesa de Ouro.

Eis os indicados e os meus palpites: 


Pior filme
A Saga Crepúsculo: Eclipse (apesar da paródia ser pior que o original, Eclipse leva)
O Último Mestre do Ar
Os Vampiros que Se Mordam
Sex and the City 2
Caçador de Recompensas

Pior ator
Jack Black – As Viagens de Gulliver
Gerard Butler – Caçador de Recompensas
Robert Pattinson – A Saga Crepúsculo: Eclipse (prêmio para o vampiro que brilha no sol)
Taylor Lautner – A Saga Crepúsculo: Eclipse
Ashton Kutcher – Par Perfeito e Idas e Vindas do Amor

Pior atriz
Jennifer Aniston – Caçador de Recompensas e Coincidências do Amor
Miley Cyrus – A Última Música (apesar da forte concorrência, ela leva)
Kristen Stewart – A Saga Crepúsculo: Eclipse
Megan Fox – Jonah Hex
Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon – Sex and the City 2

Pior ator coadjuvante
Billy Ray Cyrus – Missão Quase Impossível (como a filha leva este ano, nada mais justo que pai ganhar um também)
George Lopez – Missão Quase ImpossívelIdas e Vindas do Amor e Marmaduke
Dev Patel – O Último Mestre do Ar
Jackson Rathbone – O Último Mestre do Ar e A Saga Crepúsculo: Eclipse
Rob Schneider – Gente Grande

Pior atriz coadjuvante
Cher – Burlesque
Liza Minnelli – Sex and the City 2
Nicola Peltz – O Último Mestre do Ar
Barbra Streisand – Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família
Jessica Alba – The Killer Inside MeMacheteIdas e Vindas do Amor e Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família (ganha pela quantidade de filmes ruins)

Pior diretor
Jason Friedberg e Aaron Seltzer – Os Vampiros que Se Mordam
Michael Patrick King – Sex and the City 2
M. Night Shyamalan – O Último Mestre do Ar
David Slade – A Saga Crepúsculo: Eclipse
Sylvester Stallone – Os Mercenários (o maior vencedor da Framboesa vai ganhar mais um para colocar na sua estante)

Pior roteiro
O Último Mestre do Ar
Entrando Numa fria Maior Ainda com a Família
Sex and the City 2
Os Vampiros que Se Mordam (dobradinha pior filme/pior roteiro)
A Saga Crepúsculo: Eclipse

Pior casal ou elenco
Jennifer Aniston e Gerard Butler – Caçador de Recompensas
O rosto de Josh Brolin e o sotaque de Megan Fox – Jonah Hex
Todo o elenco de O Último Mestre do Ar
Todo o elenco de A Saga Crepúsculo: Eclipse (aposta fácil)
Todo o elenco de Sex and the City 2

Pior sequência, versão ou paródia
O Último Mestre do Ar
Fúria de Titãs
Sex and the City 2
Os Vampiros que Se Mordam (como Crepúsculo leva no pior filme, a paródia leva este)
A Saga Crepúsculo: Eclipse

Pior uso da tecnologia 3D
Cats and Dogs 2: The Revenge of Kitty Galore
Fúria de Titãs
O Último Mestre do Ar
Nutcracker 3D
Jogos Mortais 7 3D (nada mais inútil do que um filme de terror 3D)

O mistério do samba

O mistério do samba

O filme faz uma bela homenagem à Velha Guarda da maior vencedora do Carnaval carioca, a Portela, que há 31 anos não ganha um título.

Imperdível!

Esse post é em homenagem ao meu irmão José Carlos, portelense, e ao meu querido amigo Pedro Migão, que ama a azul e branco de Oswaldo Cruz.

Irmãos Cara de Pau/Por Eduardo Guimarães

Irmãos Cara de Pau/Por Eduardo Guimarães

Os Irmãos Cara de Pau (The Blues Brothers) é o tipo de filme que marca por vários motivos.

O filme tem todos os elementos necessários que criam um clássico: elenco excelente, roteiro inesquecível, cenas marcantes, direção fantástica e uma trilha sonora que você escuta da primeira a última musica sem parar.

Se você olhar o elenco do filme Os Irmãos Cara de Pau, vai acabar se confundindo.

No elenco estão Carrie Fisher (a eterna Princesa Léia), Kathleen Freeman e Henry Gibson. Então você pode pensar que é um filme de ação. E é um filme de ação.

Mas também estão Ray Charles, Aretha Franklin e James Brown. Daí você pensa que é um musical. Mas é um musical.

E trabalham no filme James Belushi, Dan Aykroyd e John Candy. Conclusão: o filme é uma comédia. E é mesmo.

Apesar dessa mistura, o filme não se perde no roteiro, que é bem simples e direto, mas cativante.

Os personagens principais, Joilet Jake Blues e Elwood Blues (interpretados magistralmente por James Belushi e Dan Aykroyd) foram criados originalmente para o programa Saturday Night Live, berço de astros como Steve Martin, Eddy Murphy e Tina Fey, são dois pilantras que decidem pagar as dividas do orfanato onde nasceram. Mas para isso, ao invés de “arrumarem” o dinheiro de uma maneira não convencional, resolvem juntar a sua banda e promovrm um show.  Apesar de eles tentarem não entrar em confusões, mas acabam sempre arrumando encrenca: seja com a polícia, com outra banda ou com os nazistas de Illinois. E eles sempre escapam. Afinal, como disse Elwood durante o filme: “Nós estamos a serviço do Senhor”.

Isso sem contar as cenas musicais. Ver Aretha Franklin cantando Think ou Ray Charles arrepiando no piano cantando Shake a Tail Feather é de tirar o fôlego. Mas a minha preferida ainda é Sweet Home Chicago, interpretada pelos Blues Brothers.

Por sinal, a cena final de perseguição, quando a polícia, o exército e a SWAT estão atrás deles é impagável.

Já trilha sonora é um capítulo a parte. Merecia um texto somente sobre ela.  Além das músicas cantadas pelos Blues Brothers, ainda tem Cab Calloway, Aretha Franklin, Ray Charlles e James Brown. E ainda ficou de fora um dos mestres da guitarra: John Lee Hooker. Mas as 11 faixas do disco são a mais pura essência do blues.

Tudo isso, com a direção sempre perfeita do mestre da comédia John Landis deram ao filme o título mais que merecido de clássico.

Além de tudo isso, vale destacar as “participações” durante o filme: a modelo Twiggy e os diretores Frank Oz e Steven Spielberg fazem pequenas, mas marcantes aparições.

Uma pena que a continuação de 1998, Os Irmãs Cara de Pau 2000, não conseguiu manter o mesmo ritmo na história. Mas como no primeiro filme, a trilha sonora é perfeita.

A banda, The Blues Brothers, realmente existe.  Além da trilha sonora do filme, lançou dois discos: Briefcase Full of Blues (1978) e Made in America (1980), que para os fãs de blues, são discos mais que obrigatórios. E até hoje faz alguns shows pelos Estados Unidos. Infelizmente, com a morte de John Belushi em 1982, os vocais ficaram passado para John Goodman (como Mighty Mack McTeer) e James Belushi (irmão de John, como Zee Blues), além de Dan Aykroyd. Mas em alguns shows já assumiram os vocais outros mestres do blues, como Eddie Floyd e Larry “T” Thurston.

E em 1998, saiu junto com a continuação o CD Blues Brothers 2000. Só pelo fato de uma das faixas ser interpretada pela Louisiana Gator Boys já vale a pena. Esta banda, montada exclusivamente para o filme, é formada “apenas” por B.B. King, Eric Clapton, Bo Diddley, Steve Winwood, Isaac Hayes, Dr. John,Koko Taylor e Jimmie Vaughan entre outros nomes consagrados. Além de outras musicas interpretadas por pesos pesados do blues, como Queen Mousette, Blues Travelers, Eddie Floyd, Wilson Pickett e Jonny Lang. O que acaba fazendo deste CD também um clássico.

Por tudo isso eu faço um desafio: alugue este filme. E se você não gostar, eu pago a locação.

35-Amor sem escalas

35-Amor sem escalas

Um George Clooney denso e profundo. Assim se resume o ótimo Amor sem escalas que desperta as emoções de amor e ódio.

O filme fala das relações contemporâneas e da solidão. Mexe com os sentimentos de todos pois Ryan Bingham preferia colecionar milhagens de suas viagens a trabalho ao invés de se envolver com alguém, Alex, que é similar a ele.  Ele se afasta até de sua própria família. E para piorar, seu trabalho é o de consultoria: ele demite pessoas. Ate que Natalie Keener surge ameaçando o trabalho de Bingham ao adotar um sistema de videoconferência. Eles acabam se tornando amigos.

Vera Farmiga, Anna Kendrick e George Clooney arrebentaram nos seus papeis.

Interessante ver a mudança de Bingham que acaba levando Alex ao casamento de sua irmã pois vê nela a chance de amar alguém por mais que ela seja desprentensiosa e não queria compromisso. Até que ele descobre algo surpreendente ao procurá-la de surpresa em chicago. Ela diz que o que vivem está no mundo virtual e o que tem em chicago, é o real. Alex ratifica que é uma relação sem compromisso.

É um filme para se refletir. Eu passei um dia reflexivo nesse domingo e confesso que ver George Clooney me deu uma revigorada.

Ninguém quer ficar sozinho, todos querem e precisam de uma companhia. A cena que Ryan conversa com o noivo de sua irmã é ótima!

A música é uma delícia! Vale a pena ouvir a música que toca nos créditos e prestar atenção nos diálogos.

Sinopse

Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Por estar acostumado com o desespero e a angústia alheios, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Além disto, Ryan adora seu trabalho. Ele sempre usa um terno e carrega uma maleta, viajando para diversos cantos do país. Até que seu chefe contrata a arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário deixar o escritório. Este sistema, caso seja implementado, põe em risco o emprego de Ryan. Ele passa então a tentar convencê-la do erro que é sua implementação, viajando com Natalie para mostrar a realidade de seu trabalho.

título original: (Up in the Air)

lançamento: 2009 (EUA)

direção:Jason Reitman

atores:George Clooney, Vera Farmiga, Anna Kendrick, Jason Bateman.

duração: 109 min

gênero: Comédia Dramática

O melhor de todos: A rede social

O melhor de todos: A rede social

Concordo com Arnaldo Bloch, em sua coluna em O Globo deste sábado. A rede social é o melhor dos filmes concorrentes ao Oscar. Ele viu dez filmes e eu ainda não vi todos os que concorrem, mas assisti aos principais.

E não irá ganhar o Oscar de Melhor filme porque a Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood é conservadora, tradicional, e tenta fugir do mais popular, do mais aceito pela crítica. Não sei, honestamente, se será o jabá de O Discurso do Rei que vai prevalecer, nem acrdito que estejam fazendo isso, como duas pessoas comentaram comigo, ontem, dia 18 de fevereiro, à saída de O Cisne Negro.

O filme tem ganho força porque é bem realizado, mas não foge aos padrões. Mas David Fincher irá ganhar o Oscar de Melhor Diretor. Eu cravo. E é uma das idiossincrasias do Oscar: premiar o filme e não o diretor, sem imaginar que uma coisa esteja intimamente ligada à outra.

A trama de A rede social que envolve golpimos e ética é muito bem dirigida e explorada por David Fincher, de quem sou fã.

Assistam!