Poltrona Cabine: Pantera Negra/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Pantera Negra/ Cesar Augusto Mota

A Marvel Studios está rindo à toa e bastante empolgada, e não é para menos, pois 2018 representa o ano da celebração de uma década do universo cinematográfico da Marvel. O saldo é positivo, com mais sucessos do que fiascos, apresentou super-heróis icônicos ao público, dentre eles o Homem de Ferro, e agora vai lançar seu 18º filme, mas com uma abordagem diferente dos demais. ‘Pantera Negra’, criado em 1966 por Stan Lee e Jack Kirby, chega às telonas com um filme composto por negros em sua maioria no elenco e importantes mensagens implícitas. Mas o longa não fica restrito à questão da representatividade, há muito mais.

A história se passa em Wakanda, a nação tecnologicamente mais avançada do planeta e situada na África. T’Challa (Chadwick Boseman), após a morte do pai, retorna para seu povo para ser coroado rei e ocupar seu lugar de direito como tal. Mas um velho conhecido inimigo reaparece, Erik Killmonger (Michael B. Jordan), travando um poderoso duelo e colocando em risco uma série de coisas, como a condição de rei de T’Challa, a segurança de seu povo e seus seguidores, bem como o destino de Wakanda. Para sair vencedor e proteger sua nação, o jovem T’Challa terá que fazer um pacto e conseguir unir todos os seus aliados, além de liberar e usar todos os poderes do Pantera Negra.

O roteiro, assinado por Joe Robert Cole e Ryan Coogler, que também dirige o longa, traz um prólogo simples e preciso em seus detalhes para explicar todo o universo do personagem antes da temível batalha de T’Challa com seu rival, rompendo um pouco com a fórmula que é comum aos heróis do universo Marvel. É mais do que mostrar a infância do protagonista, seu treinamento desde cedo e o surgimento de um conflito e sua revolução rápida, há também a ilustração de um herói que reflete sobre seu papel diante de sua nação, a importância do legado de Wakanda, além do que fazer para se tornar um líder melhor, como se relacionar com as pessoas com as quais ele confia e como manter un idas todas as tribos componentes do reino.

Outras coisas que tornam ‘Pantera Negra’ um filme diferente é o alto tom de seriedade empregado na trama, com pouca margem para cenas de humor, mas também com espaço para abordar questões políticas, culturais, a construção de uma sociedade aberta às diferenças e uma relação mais plural e aberta com o mundo, povoado por guerras, doenças, corrupção e, sobretudo, intolerância. O longa faz o espectador não só se inserir na história, como nos debates propostos, e de fato funciona, o público sai da sala de exibição não apenas comentando sobre a história que se passou em Wakanda, como todos os assuntos discutidos e a importância de cada um na sociedade contemporânea.

O elenco entrega atuações convincentes e espetaculares, Chadwick Boseman constrói um protagonista que funciona, ele nos faz enxergar todas as suas virtudes, vulnerabilidades, além de conseguir fazer o público comprar suas ideias e o que ele faz para se tornar a melhor versão de si mesmo para seu povo. Michael B. Jordan também é outra grata surpresa, ele apresenta um vilão de atitudes questionáveis, mas ao mesmo tempo compreensíveis, há motivações em suas ações e isso o espectador consegue assimilar. E não poderia deixar de fazer menção honrosa ao núcleo feminino do filme, com participações inspiradoras e que vão inspirar milhões de mulheres pelo mundo, seja pela maneira de lutar, com coragem, amor ou força, e Danai Gurira; Letitia Wright e Lupita Nyong’o fizeram muito bem.

E não poderia deixar de falar do aspecto técnico, como locações e uso dos efeitos especiais. As externas realizadas e que reproduziam Wakanda ilustraram a cultura africana de um jeito que convencesse o público que a nação em questão respeita seus antepassados e tradições, mesmo que inserido em uma metrópole futurista. Já as cenas feitas na Coréia do Sul aliada aos efeitos em CGI trouxeram um dinamismo tamanho às cenas de ação que acabou por ser um deleite aos olhos da plateia, como um bom filme da Marvel é capaz de proporcionar.

Um filme muito bem construído, de cunho forte, com humor no momento certo e que se faz necessário no momento atual em que vivemos. ‘Pantera Negra’ é um ótimo entretenimento para o público, mas que também nos faz pensar sobre a diversidade, que deve ser encarada como algo comum e que não deve haver uma segregação, o conhecimento precisa ser compartilhado e as barreiras rompidas. Abaixo aos muros e que muitas pontes se construam e que a união entre os povos se torne uma bandeira pelo mundo. Sim à pluralidade e não à segregação!

Avaliação: 5/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Marvel Studios libera novo pôster de Pantera Negra

Marvel Studios libera novo pôster de Pantera Negra

A Marvel Studios divulgou um novo pôster de ‘Pantera Negra’ para o lançamento em IMAX. A imagem destaca os personagens do longa. Confira:

A imagem que possui um toque artístico, com traços mais próximos de uma pintura, mostra o protagonista em destaque, além de Lupita Nyong’o como Nakia e Letitia Wright como Shuri.

Na trama, T´Challa (Chadwick Boseman) é o novo Rei de Wakanda, após a morte de seu pai. Ele retorna para seu lar, a nação Africana isolada e extremamente tecnológica, para assumir o trono e suceder seu lugar por direito como o Rei. ‘Pantera Negra’ é tem roteiro e direção de Ryan Coogler (Creed: Nascido para Lutar).

Pantera Negra estreia no dia 15 de fevereiro de 2018 no Brasil.

Pantera Negra, nova produção da Marvel, ganha comercial inédito

Pantera Negra, nova produção da Marvel, ganha comercial inédito

Uma das mais novas produções da Marvel promete alavancar grandes índices de audiência nos cinemas em 2018. Enquanto não chega a data de estreia, ‘Pantera Negra’, que conta com Chadwick Boseman no papel de protagonista, tem seu mais novo comercial divulgado.

A peça tem como foco a sucessão de do trono de Wakanda e os desafios diante de T’Challa. Confira abaixo:

Além de Chadwick Boseman, ‘Panetra Negra’ conta em seu elenco com Michael B. Jordan, Forest Whitaker, Danai Gurira e Lupita Nyong’o. A direção é de Ryan Coogler, com estreia marcada para 15 de fevereiro de 2018.

Por: Cesar Augusto Mota

‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar’ bate recorde e supera ‘Mulher-Maravilha’ em estreia

‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar’ bate recorde e supera ‘Mulher-Maravilha’ em estreia

Um dos filmes mais aguardados do ano chegou e já superou muitas expectativas. ‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar’ estreou na última quinta-feira (06) e já superou neste fim de semana a arrecadação de outro grande sucesso, ‘Mulher-Maravilha’. Enquanto o filme da DC faturou US$ 105 milhões na primeira semana, em junho, o longa da Marvel arrecadou US$ 117 milhões até o momento.

O filme estrelado pelo jovem inglês Tom Holland alcançou o posto de terceira maior abertura nos Estados Unidos, ficando atrás de “Guardiões da Galáxia Vol. 2”-US$ 146,5 mi- e “A Bela e a Fera”- US$ 174,8 mi.

A franquia ‘Homem-Aranha’, da Marvel, estreou em 2002, sob a direção de Sam Raimi e protagonismo de Tobey Maguire, com uma trilogia até o ano de 2007. Nos anos de 2012 e 2014 foram lançados respectivamente os filmes O Espetacular Homem-Aranha e O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro, com Andrew Garfield dando vida ao Cabeça de Teia. O faturamento desses cinco filmes atingiu o valor de US$ 3,963 bilhões.

‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar’ já está em cartaz no Brasil. Confira nossa crítica aqui.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Homem-Aranha: De Volta ao Lar/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Homem-Aranha: De Volta ao Lar/ Cesar Augusto Mota

Quando você se deparou com a participação do Homem-Aranha no filme “Capitão América: Guerra Civil”, já teve uma ideia do que estaria por vir. E após o anúncio da Marvel de que o Cabeça de Teia teria um filme solo, a expectativa e a ansiedade tomaram conta. Enfim, chegou o dia da estreia das novas aventuras do famoso super-herói aracnídeo, mas será que realmente é um filme bom? Vale a pena pagar ingresso?

Você logo de cara já é surpreendido com aquela possante abertura da Marvel, e com a música-tema do Homem-Aranha, para já te colocar no clima da história, antes de sermos remetidos à rotina de Peter Parker durante a adolescência. Sim, trata-se de um filme diferente, que mais se concentra na figura de Peter Parker, sem tirar a essência do super-herói, mas focando em dramas pessoais e no lado humano do protagonista.

Muita gente pedia e foi atendido: Peter Parker jovem, na escola, alvo de gozações de seus colegas, nutrindo uma paixão por Liz (Laura Harrier), mas sem coragem de se declarar e um aluno bastante aplicado. Sem esquecer os erros de adolescente que ele comete e a fase de descobertas pela qual ele passa, ele vai aos poucos lidando com responsabilidades e com o desafio de ser o Homem-Aranha e de como controlar seus poderes.

Trata-se de um personagem que consegue refletir o comportamento de muitos jovens de hoje, boa parte dos adolescentes vai se identificar com o Peter Parker desse filme, afinal, quem nunca enfrentou esses problemas relatados e a fase de descobertas, sem muitas vezes saber o que fazer ou não ter a certeza de que esteja fazendo o certo? Esse Homem-Aranha funciona, e cria uma empatia enorme com o espectador, e o ator Tom Holland tira isso de letra, caia como uma luva no personagem e entrega um Homem-Aranha bem redondinho.

Os personagens secundários, principalmente Ned (Jacob Batalon), trazem muito bom humor e alívio para Peter em momentos tensos e chaves da trama, além das inserções estratégicas de Tony Stark e Abutre, interpretados por Robert Downey Jr e Michael Keaton. Enquanto o primeiro serve como grande patrono e possível suporte para novas missões com s Vingadores, o segundo é um vilão que não é assassino, mas que tem uma  curta e grossa visão de mundo e age contra a lei, como se vingar da empresa Star Industries, que tirou sua empresa de linha e passa a usar peças alienígenas para produzir armas e vender para criminosos. Mas para isso, contará com a ajuda de Shocker, Escorpião e o Construtor, com personalidades e propostas bem definidas. Um vilão que sem dúvida chama a atenção e traz uma carga maior de dramaticidade à história.

O trabalho do diretor Jon Watts é consistente, com uma história sólida e que se sustenta, com boas doses de drama, humor e ação, bem como boa evolução. O uso da tecnologia e o jogo de luzes são eficientes em boa parte das cenas, há a impressão de que desvaloriza um pouco o Homem-Aranha e que ele perdeu uma parte de sua essência, mas em nada compromete, o Cabeça de Teia diverte, é cativante, mas o foco é mesmo em Peter Parker, para que o espectador entenda um pouco sua personalidade e faça conexão com o Homem-Aranha, para entender seus pontos fortes e fracos, não é só um super-herói, mas um ser humano como nós. E o trabalho da direção de arte também merece ser exaltada, com a modernização da escola dos anos 1960 com os dias atuais, além de boas referências do diretor John Hughes de longas dos anos 1980 e a excelente trilha sonora, arrasadora.

“Homem-Aranha: De Volta ao Lar” é um filme para todas as idades, uma mescla de diversão, maturidade, vivência de Peter Parker e as agruras pelas quais passa o Homem-Aranha. Vale a pena conferir, parabéns ao Universo Marvel e Sony Pictures, sem dúvida um dos melhores filmes de super-herói do ano, ao lado de Mulher Maravilha, e só temos a ganhar com isso.

Já ia esquecendo: não saia da sala, há duas cenas pós-créditos imperdíveis, você vai rolar de rir. Aproveite!

 

 

Por: Cesar Augusto Mota