Novo filme de Win Wenders Submissão estreia nesta quinta, 19

Novo filme de Win Wenders Submissão estreia nesta quinta, 19

Dirigido por Win Wenders, SUBMERSÃO, estreia nesta quinta-feira, dia 19 de abril em Barueri, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Jaboatão dos Guararapes, Londrina, Maceió, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Paulo, Teresina .

Uma história de amor que nos leva a dois mundos extremamente diferente de nossos dois protagonistas. Danielle Flinders (Alicia Vikander) e James More (James McAvoy). Eles se encontram por acaso em um remoto hotel na Normandia, onde ambos se preparam para uma perigosa missão. Eles se apaixonam quase contra sua vontade, mas logo reconhecem um ao outro como o amor de suas vidas. Quando eles têm de se separar, descobrimos que James trabalha para o Serviço Secreto Britânico. Ele está envolvido em uma missão na Somália para caçar uma fonte de terroristas suicidas se infiltrando na Europa. Danielle ‘Danny’ Flinders é um bio-matemático trabalhando em um projeto nas profundezas do mar para provar sua teoria sobre a origem da vida no planeta. Logo, ficam em mundos muito opostos, James é feito refém dos terroristas e não tem como contatar Danny, e ela tem de ir ao fundo do mar em um submergível, sem mesmo saber se James está vivo.

A direção desse thriller romântico é de Wim Wenders (O Sal da Terra, Asas do Desejo), que é baseado no romance Submersão, de J.M. Legard, com um roteiro de Erin Dignam (The Last Face). SUBMERSÃO é estrelado por James McAvoy (X-Men: Dark Phoenix, X-Men: Apocalipse, O Último Rei da Escócia, Desejo e Reparação) e pela vencedora do Oscar Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa, Ex Machina: Instinto Artificial). Cameron Lamb produziu o longa, junto de Wim Wenders e Uwe Kiefer para a Neue Road Movies na Alemanha, Jean-Baptiste Baptiste Babin para o Backup Studio na França e Juan Gordon para a MorenaFIlms na Espanha.

Uma complicada história que abrange algumas das preocupações mais profundas da vida, Submersão é baseado no romance de J.M. Ledgard. Um jornalista que cobriu a sociedade e a política através da África para a revista The Economist, Ledgard se inspirou em suas experiências vivendo e trabalhando na Somália.

“Eu estava muito interessando na nossa falta de perspectiva do planeta em que vivemos”, ele diz. “É muito maior do que achamos que é, muito mais complicado do que pensamos. E ao mesmo tempo é muito mais duro e desafiador. Sempre fui obcecado pelos oceanos, e a ideia de que claramente existe muito mais vida no oceano do que na superfície, particularmente a vida microscópica das bactérias, vírus e algas em uma profundidade muito grande. Essa quantidade de vida pesa mais do que todo o resto da vida no planeta e é mais antiga, mais resistente e mais forte. E, não importa o que aconteça com os humanos, essa vida vai continuar em frente. Claro que sabemos agora que evoluímos a partir do fundo do oceano, onde a vida começou, no fundo do oceano.

“Naquela época da minha vida estava na África”, ele continua. “Estava noticiando muito sobre terrorismo e passando muito tempo com homens da Al-Qaeda que provavelmente não conseguiria conhecer hoje, se quisesse manter minha cabeça no lugar. Então a história é baseada nessas duas experiências”.

Ledgard criou um romance altamente intrincado, onde três mundos distintos se envolvem. “O romance tem três frentes”, ele diz. “Uma se passa na África, e é sobre um espião britânico que é sequestrado por um grupo jihadista. A segunda frente é sobre uma professora do Imperial College, de Londres, que é uma bio-matemática, o que significa que ela estuda o volume de vida microscópica nos oceanos. E a terceira frente é o encontro desses dois personagens em um hotel na França, e forma a parte central da história. Eles vivem uma paixão avassaladora. Então, é sobre ciência, crenças e amor”.

Sinopse:

Danielle (Alicia Vikander) é uma exploradora do oceano que descobre um novo desafio: uma terrível, porém pioneira, descida ao abismo Ártico. James (James McAvoy) é um empreiteiro acusado de ser um espião e interrogado por jihadistas africanos que irá se unir à moça para ajudá-la em sua missão.

Direção: Wim Wenders
Elenco: James McAvoy, Alicia Vikander, Alexander Siddig
Gênero: Suspense, Romance
País: EUA
Ano: 2017
Duração: 112 min
Classificação: a definir

 

Por Anna Barros

 

Poltrona Resenha: Tomb Raider: A Origem/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Tomb Raider: A Origem/ Cesar Augusto Mota

Se tornaram cada vez mais comuns lançamentos de filmes baseados em games, como ‘Need for Speed’, ‘Resident Evil’, ‘Terror em Silent Hill’, ‘Hitman: Assassino 47’ e ‘Lara Croft: Tomb Raider’. Boa parte deles teve boa aceitação, principalmente Tom Raider, com Angelina Jolie fazendo uma perfeita combinação entre seu talento, habilidades físicas e sua beleza. Agora surge um reboot da franquia, baseado nos jogos Tomb Raider (2013) e Rise of Tomb Raider (2015), com Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa) no papel principal e Roar Uthaug (A Onda) na direção. Será que a versão 2018 será um deleite para os olhos dos fãs ou uma decepção?

Diferente da primeira versão, na qual Lara Croft era arqueóloga e caçadora de tesouros, ‘Tomb Raider: A Origem’ nos traz uma protagonista com uma vida bem simples, de entregadora de lanches em Londres e disposta a encontrar seu lugar ao sol. O pai, Richard, vivido por Dominic West (The Square-A Arte da Discórdia), está desaparecido há sete anos, desde que partiu para uma viagem no Oceano Pacífico, mas ela acredita que ele ainda esteja vivo e renega sua herança. Após receber uma pista do possível paradeiro de Richard Croft, Lara parte em uma eletrizante aventura pela ilha de Yamatai e vai se deparar com os mistérios em torno do arquipélago e da rainha Himiko, que deixou registros históricos recheados de rastros de terro r e destruição.

O roteiro claramente pega emprestado alguns elementos presentes no game de 2013, como a lenda de Himiko e alguns enigmas a serem resolvidos, como abrir um portal que dá acesso à câmara dos mortos e as armadilhas mortais presentes para quem tentar ter acesso ao local. Porém, a narrativa não funciona, enquanto no jogo Lara Croft é uma super-heroína, forte e resistente física e psicologicamente e motivada pelo pai e os amigos a sobreviver e cumprir seus objetivos, no longa nos deparamos com uma personagem movida pela lembrança afetiva do pai e nem tanto empolgada na jornada na qual se dispôs a trilhar. O único problema de Lara na trama é a relação com o pai, interrompida com a nova missão e posterior sumiço, n&atil de;o há uma evolução da personagem central. A melancolia de Lara e sua constante apreensão são demasiadamente exploradas e outras camadas que poderiam ser mais bem trabalhadas são esquecidas.

Em relação ao quesito atuação, falta carisma, empolgação e, principalmente, vibração nas ações da personagem de Alicia Vikander. A atriz não se mostra confortável na pele da personagem, além de apresentar problemas nas expressões faciais em cenas mais tensas. Os personagens secundários ainda dão uma certa sustentação à história, como Lu Ren e Mathias Vogel, interpretados por Daniel Wu (Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos) e Walton Goggins (Maze Runner: A Cura Mortal), respectivamente. Enquanto o primeiro é uma espécie de braço direito de Lara, o segundo é um vilão diferente, que não quer conflitos corporais e disposto a atingir seu s ideais. Mesmo que soe estranho, há uma novidade na trama, o antagonista, e nada mais, Dominic West tem uma interpretação razoável como pai de Lara, mas não consegue promover grandes reviravoltas na história com seu personagem e interferir no rumo de Lara de uma forma mais contundente.

Se o roteiro e as atuações não são tão empolgantes, os efeitos especiais e a montagem são pontos fora da curva, os espectadores conseguem se empolgar com as sequências de ação que surgem na tela, além dos cenários interessantes retratados, próximos aos constantes nos games. São elementos compensadores em uma trama que carece de consistência, com abuso de clichês na construção da personagem central e excesso de diálogos para explicar a ida de Lara à ilha de Yamatai, recurso que poderia ser suprimido.

Um filme vazio, sem expectativas e carecedor de grandes reviravoltas. ‘Tomb Raider: A Origem’, tentou pegar carona no sucesso de uma franquia rentável no mundo dos jogos eletrônicos e que tentou alavancar a franquia com a imagem de uma atriz consagrada e vencedora do Oscar. Parece uma combinação certeira, mas que acaba não dando muito certo, lamentavelmente.

Avaliação: 3/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota