Gostaria de aproveitar minha última participação no blog este ano para fazer uma recomendação que estava devendo há muito tempo, ao mesmo tempo em que recordo uma triste efeméride para fãs de esporte – e especialmente de automobilismo – como eu.
Há exatos dez anos ontem, o heptacampeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher sofreu um grave acidente de esqui em Méribel, na França, e o mundo das corridas nunca mais foi o mesmo. Michael teve graves lesões e nunca mais voltou ao convívio normal de antes; as notícias sobre ele são pouquíssimas desde então.
Na falta de Michael no dia-a-dia, cabe a nós recordarmos sua brilhante carreira e celebrar uma vida fantástica. A Netflix lançou há cerca de dois anos um excelente documentário como perfil do heptacampeão, simplesmente batizado de “Schumacher”. São diversas entrevistas e muitas imagens de arquivo que podem ser vistas aqui.
Recomendo também o texto publicado pelo jornalista Flavio Gomes logo após o lançamento do documentário, que pode ser lido aqui.
Já é tarde para uma resenha, mas nunca é tarde para que você assista (ou reveja) este filme. Fica a dica para o ano novo: recordar um dos maiores pilotos de todos os tempos. Keep fighting, Michael.
Michael Caine recebe seu segundo Oscar em 2000 (Reprodução/Oscars)
Um dos maiores atores da história do cinema anunciou neste sábado (14) que decidiu se aposentar. Sir Michael Caine, 90 anos e uma carreira brilhante, disse à BBC Radio que deixará de atuar após “The Great Escaper”, seu novo longa que ainda não tem nome ou data de estreia no Brasil.
“Os únicos papéis que posso conseguir agora são de homens de 90 anos, ou talvez 85. Você não tem protagonistas aos 90 anos, você tem meninos e meninas bonitos”, Caine afirmou na entrevista. “Eu vivo dizendo que vou me aposentar. Bom, agora eu vou, mesmo.”
Caine venceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante duas vezes – em 1987, por “Hannah and Her Sisters”, e em 2000, por “The Cider House Rules”. Também conta com quatro indicações à estatueta de Melhor Ator, com nomeações em todas as décadas entre 1960 e 2000 (feito que divide com Jack Nicholson), além de três prêmios BAFTA (dois honorários) e três Globos de Ouro.
Se tornou comandante da Ordem do Império Britânico em 1992 e recebeu o título de “sir” em 2000, condecorado por seus serviços ao cinema britânico. Após mais de cem filmes, chegou a hora de parar.
“Percebi que já estive em um filme em que fui o protagonista e recebi críticas incríveis. O que posso fazer que vai superar isso?”, disse Caine. “Então pensei que talvez seja melhor parar com tudo isso.”
A mídia norte-americana reporta que neste domingo, apenas 17 dias após seu lançamento, “Barbie” atingiu a histórica e aguardada marca de 1 bilhão de dólares em bilheterias globalmente, mais uma vez ressaltando o estrondoso sucesso do longa estrelado por Ryan Gosling e Margot Robbie.
A marca torna Greta Gerwig a primeira mulher a ter dirigido sozinha um filme bilionário.
Anna Boden, de “Capitã Marvel”, havia atingido a marca em 2019, mas comandou o filme em parceria com Ryan Fleck, assim como Jennifer Lee, da franquia “Frozen”, que dirigiu a animação ao lado de Chris Buck.
Na semana passada, Gerwig já havia ultrapassado Patty Jenkins, de “Mulher Maravilha” (2017), com o melhor desempenho solo de uma mulher nas bilheterias em todos os tempos, quando “Barbie” bateu a marca de 824 milhões de dólares em ingressos vendidos.
O filme de Gerwig já é uma das maiores bilheterias de todos os tempos e segue em cartaz – inclusive no Brasil. Um sucesso impressionante.
Vista da Floresta Amazônica (Foto: Divulgação/Ministério do Meio Ambiente)
Amanhã, 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Uma data simbólica instituída pela ONU em 1972 que, uma vez por ano, torna ainda mais relevantes debates e questionamentos que há muito deveriam fazer parte do nosso dia a dia na busca pela preservação da natureza e, por que não?, da salvação do próprio planeta Terra e da humanidade.
Inspirado pelos belíssimos concertos da Semana do Meio Ambiente realizados pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), que pude assistir no sábado, separei alguns filmes com a temática ambiental para que possamos também assisti-los nesta semana, aguçando um assunto que não é apenas importante, mas também urgente.
Aproveito para, além dos filmes listados abaixo, também recomendar a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental 2023, que acontece em São Paulo até o próximo dia 14 de junho, com entrada gratuita e mais diversos filmes muito relevantes sobre o assunto. As informações e serviço, incluindo programação, pode ser encontrada aqui.
Uma Verdade Inconveniente (Davis Guggenheim, 2006) Um documentário já clássico que relata a campanha do ex-vice-presidente norte-americano Al Gore para conscientização da população quanto ao aquecimento global. Vencedor do Oscar de melhor documentário naquele ano, está disponível no YouTube. Muita gente que passou pelos ensinos fundamental e médio no Brasil desde seu lançamento provavelmente ao menos ouviu falar sobre este filme. Uma sequência, “Uma verdade mais inconveniente”, foi lançada em 2017.
Lixo Extraordinário (Lucy Walker, 2010) Outro documentário, este estrelando o artista plástico brasileiro Vik Muniz. Nele, Muniz se junta a catadores de lixo no aterro sanitário do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, “para garimpar tesouros” que viram arte, conforme a própria sinopse indica. Disponível no Netflix e Globoplay.
Em Busca dos Corais(Jeff Orlowski, 2017) Eu estava no cursinho pré-vestibular quando a Netflix lançou este documentário, em meados de 2017, e ele imediatamente se tornou menção obrigatória em várias aulas – de Biologia (naturalmente) a Redação. O filme traz mergulhadores e cientistas documentando o desaparecimento dos recifes de corais.
Seremos História? (Fischer Stevens, 2016) Quem melhor do que uma estrela de cinema para relatar as mudanças climáticas ao grande público? Só uma estrela de cinema pessoalmente engajada com a causa – como Leonardo DiCaprio, ativista ambiental que levantou o tema em seu discurso de vencedor do Oscar de melhor ator em 2015, faz neste filme – em que também aparecem personalidades como Barack Obama, Papa Francisco e Ban Ki-Moon. Disponível no Disney+.
Aproveitando este feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador, o Poltrona de Cinema prepara uma lista de bons filmes relacionados ao tema. Curta o fim de semana prolongado nesta segunda-feira com grandes obras sobre o trabalho, que viajam por diversos gêneros, da comédia ao drama, sem deixar de lado as críticas sociais aguçadas.
“Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin Um clássico atemporal, o filme de 1936 de Charlie Chaplin é uma lembrança imediata quando falamos de trabalho e cinema. As cenas do operário interpretado por Chaplin na linha de produção de uma fábrica estão na memória de qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha assistido ao filme completo. Esta pode ser uma boa oportunidade – até porque “Tempos Modernos” está disponível no YouTube.
“Norma Rae”, de Martin Ritt Filme de 1979 pelo qual Sally Field venceu o Oscar de melhor atriz. O longa também recebeu indicações às estatuetas de melhor filme e melhor roteiro adaptado, além de conquistar a de melhor canção original. Baseado na história real da líder trabalhista norte-americana Crystal Lee Sutton, que comandou uma campanha por melhores condições em uma indústria têxtil local.
“American Factory”, de Steven Bognar e Julia Reichert Filme de 2019 que levou o Oscar de melhor documentário e também rendeu um Emmy a seus diretores, foi um lançamento da produtora do ex-presidente dos EUA Barack Obama e da ex-primeira dama Michelle Obama. Um retrato dos conflitos trabalhistas na era contemporânea, focando especialmente nas diferenças Estados Unidos-China. Está disponível na Netflix.
“ABC da Greve“, de Leon Hirszman Para não deixarmos de falar do trabalhador brasileiro, um famoso documentário de 1990 que aborda as primeiras greves fora de fábricas no país. O espectador certamente reconhecerá por lá o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O diretor Leon Hirszman também é responsável por outro importante filme de temática operária e grevista, “Eles não usam black-tie“, longa de 1981 adaptado de peça de Gianfrancesco Guarnieri. Os dois estão disponíveis no GloboPlay.