Filme “Lima Barreto, ao Terceiro Dia” estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 29 de setembro
Longa chega ao circuito nacional no ano de centenário da morte do escritor e traz Luis Miranda como protagonista
Ator Luis Miranda em cena de “Lima Barreto, ao Terceiro Dia”, de Luiz Antonio Pilar. Crédito: Felipe O´Neill
No dia 29 de setembro chega aos cinemas das principais capitais do Brasil o filme “Lima Barreto, ao Terceiro Dia”, uma obra de ficção inspirada na peça homônima de Luís Alberto de Abreu. Dirigido por Luiz Antonio Pilar, o longa aborda os três dias da última internação hospitalar do escritor Lima Barreto, no manicômio D. Pedro II, em 1919, no Rio de Janeiro, após uma forte crise de alucinação. Seu nome de batismo era Afonso Henriques de Lima Barreto. Como jornalista e escritor, publicou romances, sátiras, contos, crônicas e muitas obras em periódicos, principalmente em revistas populares ilustradas e anarquistas do início do século XX.
O roteiro traz Lima Barreto em duas versões: aos 42 anos, interpretado por Luis Miranda, e mais jovem, aos 30, na pele do ator Sidney Santiago Kuanza, fruto da sua memória e alucinações constantes. Além disso, durante toda a narrativa, é possível perceber três momentos distintos: o real, onde Lima conversa com um doente mental que divide com ele o quarto no hospital; o passado, o qual ele relembra diversas vezes o período que era jovem e escrevia o romance “O Triste Fim de Policarpo Quaresma”, uma de suas principais obras, e, por fim, temos o momento da ‘ficção’, onde os personagens deste mesmo romance ganham vida e são mostrados em cena de uma forma curiosa, fantasiosa e caricata. O trailer pode ser conferido no link.
Em uma mistura entre o tempo presente e o passado, as duas versões de Lima conversam, se confrontam, se ajudam e se intrigam diante do caos interno e das inúmeras perguntas sem respostas que o escritor tinha diante da vida. Assuntos atuais, como questões políticas e socioeconômicas, racismo e o papel da literatura no mundo são alguns pontos abordados durante os seus delírios consigo. Após a sua última internação abordada no filme, ele veio a falecer pouco mais de dois anos depois, em 1º de novembro de 1922.
“Lima Barreto, ao Terceiro Dia” ganhou no Cine PE 2021, festival de cinema realizado em Recife, o prêmio de Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte. O longa conta com distribuição da Pipa Pictures (de “Jovens Polacas”, “Christabel”, “Noites de Alface” e “Delicadeza é Azul”), e coprodução da Globo Filmes, Canal Brasil e Telecine.
Link com fotos, cartaz e trailer para download.
SOBRE O CANAL BRASIL
O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade — desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.
SOBRE A GLOBO FILMES
A Globo Filmes atua como produtora e coprodutora de filmes brasileiros com foco na qualidade artística e na diversidade de conteúdos que valorizam a nossa cultura, maximizando a audiência no cinema e demais janelas. Desde 1998, participou de mais de 400 filmes, levando ao público o que há de melhor do cinema brasileiro; comédias, romances, documentários, infantis, dramas e aventuras. Fazem parte de sua filmografia recordistas de bilheteria, como ‘Tropa de Elite 2’ e ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ — ambos com mais de 11 milhões de espectadores –, sucessos de crítica e público como ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’ e ‘Carandiru’, e longas premiados no Brasil e no exterior, como ‘Cidade de Deus’ — com quatro indicações ao Oscar — e ‘Bacurau’, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. Mais recentemente, com o reaquecimento da indústria pós-pandemia, lançou títulos como ‘Marighella’, ‘Turma da Mônica: Lições’ e ‘Medida Provisória’.
Por Anna Barros