Poltrona Cabine: Deadpool 2/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Deadpool 2/ Cesar Augusto Mota

O anti-herói mais popular do cinema está de volta. Após um primeiro filme que arrecadou US$ 763 milhões e com um protagonista que quebrou a quarta parede e todos os protocolos, a Fox Filmes dá sinal verde para a chegada de uma continuação de Deadpool, que muitos odeiam amar e outros adoram odiar. Mas será que ‘Deadpool 2’ vai conseguir repetir o sucesso do seu antecessor e arrancar mais risadas do público?

A sinopse do novo longa, dirigido por David Leitch (Atômica) é um tanto confusa, assim como sua história. Após os acontecimentos do filme original, Wade Wilson (Ryan Reynolds) vai confrontar criminosos pelo mundo, ao mesmo tempo em que busca conciliar sua vida amorosa com Vanessa (Morena Baccarin). Quando sua amada fica novamente em perigo por conta de suas ações, Deadpool atende aos apelos de Colossus (Stefan Kapicic) e tenta participar das ações dos X-Men. Daí ele entra na rota de Cable (Josh Brolin), um mutante que veio do futuro para eliminar o jovem Russell (Julian Dennison), que é um perigo potencial. Nosso controverso protagonista então resolve montar sua própria equipe para salvar o garoto da morte certa.

Porém, em se tratando de Deadpool, nada fica claro mesmo, a controvérsia e a confusão predominam. O roteiro prima em colocar o mercenário tagarela nos holofotes e apresentar piadas regadas com muito sarcasmo e humor negro, com sangue jorrando e membros decepados e regenerados rapidamente. Mas esses recursos são utilizados repetidamente, cansando o espectador, e os personagens secundários não ganham a profundidade que deveriam e merecem, como os integrantes do X-Force, que ajudam o personagem central a deter Cable, o vilão, na busca por Russell.

Dentre todos os personagens de apoio, Dominó, vivida por Zazie Beetz, é a que mais ganha espaço na tela e mais chama a tenção do público, por seu carisma, personalidade ácida, habilidade e também por contar com a sorte em momentos-chave. O vilão só existe para ser o principal contraponto de Deadpool e não mostra a que veio, e os outros integrantes da X-Force são apresentados rapidamente e logo esquecidos, uma baita bola fora dos roteiristas.

Se faltam história e profundidade nos personagens, ganhamos com o carisma e o jeito bem humorado do protagonista, Ryan Reynolds, que está perfeito como Deadpool e não perde a força do primeiro filme, com suas perfeitas tiradas, sejam com os personagens do Universo Marvel, como também as sátiras que faz com os heróis da DC. Ele brinca com todos, consigo mesmo, dialoga com o público e também transmite importantes mensagens, sobre a importância de ser herói, da família e dos amigos, mesmo que para alcançar tudo isso tenha de jogar sujo. O filme não possui apenas uma veia cômica, ele também consegue ser sério e nos momentos precisos, quando o bem está quase perdendo para o mal e o protagonista vivendo seus momentos mais vulneráveis.

‘Deadpool 2’ passa no teste, que é o de fazer o público cair na risada e se divertir com as piadas do mercenário tagarela, mas poderia ter entregado muito mais, além de ter apresentado uma história mais consistente e que não recorresse tanto ao humor negro, uma das muletas utilizadas pelo roteiro. E não saia rapidamente, você será agraciado com duas hilárias cenas pós-crédito surpreendentes e que beiram à insanidade. Fique até o fim. E vamos torcer para uma parte 3, Deadpool tem potencial, e isso comprovamos muito bem.

Cotação: 3,5/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Bruna Marquezine brilha no Festival de Cannes

Bruna Marquezine brilha no Festival de Cannes

Bruna Marquezine brilhou no Festival de Cannes, neta segunda dia 14 de maio. A atriz passou pelo tapete vermelho e acompanhou algumas produções na Riviera Francesa. Acompanhada de Izabel Goulart, Bruna Linnzmeier e Mariana Ximenes que lançaram o filme O Grande Circo Místico.

Bruna foi garota-propaganda da grife Choppard no domingo, dia 13. Depois de seus compromissos cinematográfico e comerciais em Cannes, a atrzi embarcou para Paris para abraçar seu namorado, o jogador Neymar que comemorava o aniversário do companheiro de PSG Marquinhos e a presença de seu nome na tão aguardada lista do técnico Tite.

 

Crédito da foto: Getty Images

 

Por Anna Barros

Poltrona Cabine: Vingança/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Vingança/ Cesar Augusto Mota

Em meio a uma enorme onda de escândalos envolvendo abusos e assédio sexual, está prestes a ser lançado um filme que toca nesses pontos e outros importantes e cada vez mais debatidos na nossa sociedade, como o empoderamento feminino e a violência contra a mulher. De quebra, elementos como muita nudez, violência e conteúdo gore, contido no subgênero terror, como muito sangue e vísceras humanas à mostra. Da estreante diretora Coralie Fargeat, ‘Vingança’ (Revenge) produção francesa filmada no Marrocos, traz Matilda Lutz (O Chamado 3) como protagonista em uma narrativa envolvente e ao mesmo tempo perturbadora para os espectadores.

A trama nos mostra Jen (Lutz) , uma jovem bela e sedutora que está aproveitando uma viagem romântica com Richard (Kevin Janssens,) que é interrompida subitamente pelos amigos de caça dele, Stan (Vincent Colombe) e Dimitri (Guillaume Bouchède), que chegam à casa, situada no meio do deserto, mas sem serem convidados. Após uma festa que virou o dia, com muita dança e bebida, Jen acaba por ser violentada por Stan e com a concordância de Dimitri, que nada fez para evitar o ato violento, e de quebra, Jen teve que enfrentar a ira de Richard, seu amante, resultando em um enorme ato de fúria, empurrando-a abaixo de um precipício. Mas, para o azar deles, Jen sobrevive e volta mais forte do que nunca, com sangue nos olhos e disposta a fazer vingança contra seus agressores.

O roteiro toca em assuntos pertinentes, citados no início do texto, além de quebrar um forte paradigma, de que a vítima foi culpada pelo ocorrido e que ela mereceu sofrer todo o tipo de violência e assédio. Jen, que gosta de usar roupas curtas e provocantes, em nossa sociedade seria tachada de diversos adjetivos pejorativos, mas na verdade, se tratava de uma jovem que queria apenas se divertir. Pode sua dança e seu jeito provocante terem dado a entender que ela queria seduzir e ter algo mais sério com Stan, amigo de Richard, mas não são justificativas para que a protagonista sofresse toda a violência vista durante a trama. É um filme que vem em um bom momento, após a explosão de movimentos como o ‘MeToo’ e o ‘Times Up’, voltados contra a cultura sexual e a diferença de gênero em Hollywood e advindos após a era Harvey Weinstein para fazer o homem repensar seus atos em relação a mulher.

O enredo mostra uma protagonista que inicialmente não está bem definida, mas que vai sendo construída durante a história e que sofre grandes transformações, e um elemento importante fará ela encontrar seu ponto mais alto e a trará mais energia na luta contra seus opositores. Os antagonistas, todos eles possuem uma clara postura machista, perceptível desde o início da trama e que vai se acentuar quando se derem conta que Jen sobreviveu e quando vão em sua caçada. Uma história bem estruturada, com poucos personagens, e com personalidades e desejos bem definidos, que fazem o espectador se envolver e acompanhar com toda atenção e ao mesmo tempo com angústia, pois não se sabe o que pode acontecer a cada sequência e tendo em vista a atmosfera violenta criada desde o início. As atuações são convincentes e que beiram ao verossímil.

Além do roteiro e das atuações, outros pontos altos são a fotografia e a montagem, que contribuem para o clima gore da história, com uma perfeita textura de sangue e do corte da pele, trazendo mais realismo às cenas mais violentas e uma atmosfera subversiva. O filme vai num ritmo cadenciado e sem pressa, construindo a trama e seus personagens, mas se intensifica do meio para o fim da história com muitos rastros de sangue, perseguições e planos-sequência que instigam o espectador a ficar ainda mais tenso e horrorizado com o que vê. Filmes sobre estupro e assédio contra a mulher já foram feitos por homens, e agora um novo é produzido sob uma perspectiva diferente, por uma mulher, que quebra velhos dogmas e mostra que as mulhere s estão cada vez mais fortes, são mais ouvidas e que devem ser levadas mais a sério, diferente do apresentado em filmes como ‘A última casa à esquerda ( Wes Craven), ‘Doce vingança’ (Meir Zarchi), ‘Sob o domínio do medo’ (Sam Peckinpah) e ‘Millennium: Os homens que não amavam as mulheres’ (Niels Arden Oplev).

Um filme forte, alucinante, necessário e instigante, ‘Vingança’ vem para colocar o dedo na ferida de fortes males ainda enraizados no meio social e para refletirmos sobre como podemos combatê-lo e até mesmo evitá-lo. Quem gosta de filmes com temáticas sérias e ainda curte muito sangue e cenas violentas, esse é um prato cheio, recomendo fortemente.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Festival de Cannes 2018: Cate Blanchett lidera marcha feminina por igualdade de gênero na indústria

Festival de Cannes 2018: Cate Blanchett lidera marcha feminina por igualdade de gênero na indústria

Em um ato simbólico, 82 mulheres, dentre elas diretoras, atrizes e roteiristas, realizaram uma marcha no tapete vermelho do Festival de Cannes para protestar pelos mesmos direitos na indústria cinematográfica e igualdade de gêneros.  A iniciativa se deu antes da exibição de Girls of the Sun, filme da diretora Eva Husson, uma das três mulheres na disputa pela Palma de Ouro, juntamente de outros 15 diretores homens.

O número de integrantes, 82, não se deu por acaso. De acordo com Cate Blanchett, duas vezes vencedora do Oscar e presidente do Júri da edição 2018 do evento, essa é a quantidade de filmes dirigidos por mulheres que concorreram na cerimônia ao longo de 71 anos, enquanto 1.645 produções foram comandadas por homens.  Apenas um longa dirigido por uma mulher femininas ganhou a Palma de Ouro até hoje, ‘ O Piano’ (1993), de Jane Campion.

Blanchet fez um importante discurso, traduzido simultaneamente do inglês para o francês pela cineasta Agnes Varda.

“Mulheres não são minoria no mundo, ainda assim, o estado atual da nossa indústria nos diz o contrário”, clamou a atriz. “Esperamos que os nossos governos garantam que a leis de equiparidade de pagamento para trabalhos equivalentes sejam aplicadas. Exigimos que nosso ambiente de trabalho seja diverso e equilibrado, para melhor refletir o mundo em que vivemos. Um mundo que nos permita, tanto à frente como por trás das câmeras, a todas nós, a prosperar ombro a ombro com nossos colegas homens”.

Também participaram do manifesto, organizado pelo movimento5020×2020, em parceria com o Time’s Up, as demais juradas do sexo feminino da edição 2018, Ava DuVernay, Léa Seydoux, Kristen Stewart e Khadja Nin, além de atrizes como Claudia Cardinale e Marion Cotillard.

Por: Cesar Augusto Mota

Filmes para ver no dia das mães

Filmes para ver no dia das mães

Para quem vai curtir o dia das mães com a  família, porém fica em dúvida sobre o que fazer após o almoço, o blog Poltrona de Cinema te ajuda separando alguns bons filmes para você curtir nesse dia especial:

Lado a Lado

https://m.youtube.com/watch?v=1jmB_9efwVg

 

Para sempre Alice

https://m.youtube.com/watch?v=ikwYmKkvI6o

 

Erin Brockovich