Jodie Foster estreou bem como diretora.
A atriz, que iniciou a carreira em Taxi Driver aos 12, fez um ótimo trabalho em seu primeiro filme, encarregada da direção.
Jogo do Dinheiro é um daqueles thrillers que te prendem até o fim.
O longa traz George Clooney como o apresentador de um programa pastelão sobre finanças e a bolsa de valores e, assim que o seu estúdio é invadido e feito de refém por um investidor zangado, ele conta com a ajuda da sua produtora, interpretada por Julia Roberts, para sair com vida da situação.
A crítica à sociedade capitalista e a sina de ganhar dinheiro foi o fator que me conquistou.
Com o passar da trama, se percebe que o inimigo é mesmo outro e inevitavelmente, o sentimento é transferido pra fora das telas, criando um questionamento persistente sobre quem realmente está tirando nosso dinheiro, direta e indiretamente.
Como sempre, Clooney e Roberts estão impecáveis. É clichê, mas os dois foram uma ótima escolha. Química perceptível e fluidez bem agradável de se assistir.
Jodie fez um bom trabalho visual e um bom trabalho intelectual ao criar uma crítica, não só ao poder do dinheiro na sociedade atual, mas também na abordagem à banalização do jornalismo, dentro da busca incansável da atenção do público alvo: nosso protagonista, Lee Gates, faz de tudo para ter a atenção do telespectador, da forma mais sensacionalista possível.
Talvez, o único defeito seja acabar apelando para clichês hollywoodianos de filmes de ação. Assim que o verdadeiro vilão é nomeado, a trama se rende a vícios cinematográficos e torna-se um pouco cansativo, trazendo a tona um sentimento de “já vi isso antes”.
Em resumo, um bom filme para se assistir. Uma boa história, uma trama intensa e divertida, e duas horas que, definitivamente, não serão desperdiçadas.
Cotação: 4 poltronas/5
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