Cinema e Fórmula 1

Cinema e Fórmula 1

Por: Gabriel Araújo (@gabriel_araujo1)

Sessão de Matinê: “Cinema e Fórmula 1”

Demorei, mas voltei. Depois de bom tempo longe das colunas no Poltrona de Cinema, principalmente por motivos escolares, retorno unindo o útil ao agradável: duas de minhas paixões. A Fórmula 1 e o cinema. Como muitos sabem, escrevo, além dessa Sessão de Matinê, a coluna Rookie Text no site Grande Prêmio, o maior do país tratando-se de automobilismo, do portal MSN e capitaneado por Flavio Gomes e Victor Martins.

Pois bem. Aproveitando que a Fórmula 1 chega, no próximo fim de semana, a 900 corridas em sua história, no GP do Bahrein, em Sakhir, venho comentar justamente as produções cinematográficas de sucesso com o tema. Não são muitas, até porque automobilismo é algo difícil de se levar para a telona e vira e mexe gera filmes fraquíssimos.

Alguns, porém, mudam o curso normal das coisas e mostram que, sim, a disputa sobre rodas é um bom ponto. Deixemos de lado obras como Velozes e Furiosos e foquemos na F-1. Cito três filmes que muito me agradam: Grand Prix, já histórico, Senna, documentário sobre o tricampeão, e Rush, recente obra prima sobre o campeonato de 1976.

1642712_4Por ordem cronológica, o início é com Grand Prix. Lançado em 1966, foi, por muito tempo, considerado por especialistas o melhor filme da história sobre a Fórmula 1. Até o lançamento de Rush, aliás. Dirigido por John Frankenheimer e vencedor do Oscar 1967 em melhor montagem, edição de som e mixagem de som, usa um misto de ficção e realidade para cativar. Narra a história de Pete Aron, piloto da Jordan-BRM que sofre um acidente em Mônaco, fere seu companheiro de equipe e é demitido. Ainda envolve um toque de triângulo amoroso entre Aron, Scott Stoddard (o outro piloto) e sua mulher Pat. Realmente muito bom. Muita qualidade.

Passemos a Senna. Indispensável paSENNAra o brasileiro que gosta de Fórmula 1 e obviamente, ao menos uma vez na vida, já ouviu Galvão Bueno gritar “Ayrton Senna do Brasil!”. Dos três filmes do post, é o documentário da vez. Apesar de vangloriar Ayrton, traça um bom perfil sobre sua vida, competitividade, sede de vencer e ser o melhor. Bem interessante, mesmo para os que não gostam, como eu, da chatice dos fãs mais apimentados de Senna, principalmente após sua morte, e consideram Michael Schumacher o melhor piloto da história. É bom, vá lá, até para os piquetistas. Vale a pena.

21023527_20130730205450537Por fim, o agora sim melhor filme de F-1 de todos os tempos: Rush. Estrelado por Daniel Brühl e Chris Hemsworth, dirigido por Ron Howard. Concorreu a muitos prêmios desde seu lançamento, no ano passado. Até mesmo o Oscar. É sobre a temporada de 1976, a rivalidade entre o centrado Niki Lauda, magistralmente interpretado por Brühl, e o playboy James Hunt. Não trata-se de um documentário. É um filme como qualquer outro, que narra fatos reais, mas mexe com o espectador, com inúmeros detalhes e uma ótima capacidade de cativar. Excepcional, excelente, fantástico.

Espera-se que a Fórmula 1, o automobilismo em geral, seja um gênero mais procurado após Rush. Quando se tem vontade de construir um filme bom, não é a dificuldade do tema que o impede. Quem quer, faz. Rush é a prova disso. Uma produção com a F-1 é bacana, emocionante de assistir. Mexe com os instintos. Vale a pena.

E, claro, que sigamos acompanhando não só o cinema, mas também os carros. Prova 900 da F-1 neste domingo no Bahrein. Façam suas apostas. Quem será o vencedor? Depois de Stirling Moss (#100), Jackie Stewart (#200), Ronnie Peterson (#300), Niki Lauda (#400), Nelson Piquet (#500), Jacques Villeneuve (#600), Giancarlo Fisichella (#700) e Fernando Alonso (#800)… Hamilton? Vettel? Massa? Rosberg? É esperar para ver. Quem sabe a história não vira um filme…

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