Por: Gabriel Araújo (@gabriel_araujo1)
Sessão de Matinê: “Missão Impossível – Nação Secreta”
O tempo parece ter feito bem a Ethan Hunt. Como parece não passar para Tom Cruise. Não à toa, 19 anos e quatro filmes após o primeiro “Missão Impossível”, o melhor longa da sequência saiu. “Nação Secreta” é uma ótima dose de ação com pitadas de humor. Segue a receita que levou ao sucesso da série, mas acrescenta ingredientes importantes para deixar o prato principal ainda melhor.
Na produção, dirigida por Christopher McQuarrie, o agente Hunt vai atrás do Sindicato, uma rede secreta de assassinos fortemente treinados e anti-IMF, que o localiza e o instiga a destruí-la. Tudo sem a chancela de seu próprio governo, que acredita que a organização é feita para encobrir as ações de Hunt. Ou seja: Ethan precisa lutar contra o Sindicato, descobrir seus planos e brigar para que a IMF se mantenha viva.
O filme é recheado de cenas de ação. Já não é novidade que Tom Cruise, na grande maioria das vezes, recusa os dublês para cenas de perigo. Em “Nação Secreta” não é diferente, e a tão comentada “cena do avião” é uma coisa espetacular. Ele fica fora de um gigantesco Airbus A400M durante a decolagem. É a sequência perfeita para iniciar um filme e preparar o espectador para grandes emoções.
Aos 53 anos, Cruise tem o fôlego do Ethan Hunt de 1996, acrescida a experiência. Os dois últimos MI marcam uma ‘reguinada’ ao topo do ator, após dois longas bem fracos na série (especialmente o terceiro, ruim). Mas não é apenas o galã que brilha em “Nação Secreta”. Toda a equipe está de parabéns.
Simon Pegg é genial. Benji, além de ótimo em suas atribuições de agente, garante o humor do filme. E que humor. Divertidíssimo, na dose ideal, divide o papel de estrela com Cruise e Rebecca Ferguson, muito bem como Ilsa Faust, uma agente tripla (em sua agência, no Sindicato e com Hunt), o que já evidencia sua participação como personagem importante e por vezes não confiável. Jeremy Renner e Ving Rhames já são cartas marcadas e fazem bem seus papéis novamente.
O filme é muito bom, e os locais de filmagem foram escolhidos a dedo: Áustria e Inglaterra dão um ar europeu ao longa, e quem já esteve no Velho Continente consegue senti-lo novamente. Passagens no Marrocos também são boas, e diferenciam as sequências do filme, como uma espécie de compasso, uma divisão de trabalhos entre Europa e África.
Missão Impossível – Nação Secreta é um grande acerto. Em IMAX deve ser espetacular. Não deixa de lembrar os anteriores, mas fica um patamar acima, especialmente pela ótima utilização do humor e takes de ação de tirar o fôlego. São 19 anos e quatro filmes de diferença. Mas a missão impossível nunca foi tão boa.
Nota: 4,5/5
Sinopse:
Ethan Hunt descobre que o famoso Sindicato é real, e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis…